4. A propriedade Mints
JULIE DOR. Tudo simplesmente doía. Era como se um incêndio tivesse começado no fundo do meu estômago, espalhando-se rapidamente por cada centímetro do meu corpo. Embora as feridas que Scott me causou já estivessem quase todas secas, a dor física não era nada comparada à sensação constante que me sufocava. Quando o sinal da minha escola tocou, pulei da minha cadeira e agarrei a mochila, que já estava pronta. Eu sempre me preparo minutos antes do final da aula, com os dedos firmemente enrolados na alça da mochila. Conhecia cada detalhe dos horários dali, sabia exatamente quanto tempo as alunas demoravam para sair, o tempo das conversas no corredor, até as pausas para o banheiro. Mas, às vezes, o timing falhava e esses erros nunca terminavam bem. Com passos rápidos, segui em direção à liberdade representada pelas grandes portas duplas. Pegaria o ônibus para Rupert City, de onde andaria até Mints. O ônibus não passava por lá, e eu não tinha dinheiro para um táxi, então andar era minha
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