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Todos os capítulos do Esposa da Bratva : Capítulo 21 - Capítulo 30
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21 - Até Que a Morte Nos Separe
Roman Ostrov O silêncio caiu como um peso entre nós. Ivan me olhava como se não acreditasse no que ouvia. Talvez, por um segundo, ele pensasse que ainda tinha alguma chance de me manipular, de me dobrar à sua vontade. Mas aqueles dias haviam passado. — Você vai se arrepender disso — sibilou Ivan, as palavras saindo como veneno. — Eu garanti que sua futura esposa preferisse o diabo ao invés de você. Ela te odeia, Roman. E quando você se casar com ela, não verá nada além de desprezo nos olhos dela. As palavras dele me atingiram como um soco, mas mantive a expressão inalterada. O fato de ele ter manipulado Donatella contra mim não era uma surpresa. Era o tipo de jogo sujo que Ivan sempre jogava. No entanto, o que ele não entendia era que eu não precisava do amor de Donatella, nem da aprovação dela. Tudo o que importava naquele momento era o que o casamento representava para a Bratva. Ivan deu um último olhar, cheio de ódio e promessas silenciosas de vingança, antes de sair
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22 - Sra. Ostrova - O Casamento
Donatella Romanova A empregada entrou pela terceira vez, e eu já sabia o que ela diria antes mesmo de abrir a boca. Sua voz, embora suave, carregava a urgência do momento. — Srta. Romanova, por favor, eles estão esperando... Levantei o olhar do espelho, onde meus próprios olhos, azuis e frios como gelo, refletiam a imagem de uma mulher que já havia aceitado seu destino. A mulher que eu era antes, que chorava pela perda de sua família, que sonhava com uma vida longe de homens como Roman Ostrov, não existia mais. Eu estava prestes a me tornar a esposa do homem que destruiu tudo que eu amava, e mesmo que o ódio ainda queimasse em meu peito, minha resignação era evidente. — Sra. Ostrova — corrigi, o nome soando forte em meus lábios. Agora, eu pertencia ao homem que havia tirado tudo de mim. A empregada se retirou, deixando o silêncio pesar no ambiente. Suspirei, levantando-me e alisando o tecido do vestido que parecia mais uma mortalha do que um traje de noiva. Cada passo que d
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23 - Noite de Caos
Donatella Romanova Eu tentei segurar as lágrimas, mas elas ameaçavam transbordar. As emoções eram um turbilhão que me rasgava por dentro. Eu o odiava tanto quanto o desejava, e isso me destruía. Como podia ser? O homem que arruinou minha vida, que matou minha família, agora estava ali, me tirando do chão, da única força que eu tinha, e me fazendo sentir coisas que eu jamais admitiria em voz alta.Meu corpo tremia quando senti Roman se ajoelhar diante de mim. Era uma visão surreal, o temido chefe da Bratva, o homem mais implacável que eu conhecia, agora ajoelhado aos meus pés, com os olhos fixos em mim. Era como se ele estivesse quebrando alguma regra invisível, algo entre nós dois que jamais deveria ter sido ultrapassado.— Donatella, eu vou dispensar os convidados — ele disse, a voz mais suave do que eu esperava. — Você precisa descansar.Descansar. Como se o descanso pudesse curar o caos que ele trouxe para a minha vida. Mas, naquele momento, eu não consegui responder. Apenas o enc
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24 - Linda, com a Mente F*dida
Roman Ostrov Enquanto eu caminhava pelos corredores da mansão, cada passo pesado, meus pensamentos estavam presos em Donatella. A fragilidade dela, tão evidente em cada gesto, em cada palavra, me assombrava. A maneira como seus olhos brilhavam com um misto de raiva e insegurança, como seu corpo tremia, não por medo de mim, mas pelo que ela carregava dentro de si, uma bagagem emocional que eu não conseguia ainda entender completamente. Era impossível não notar a instabilidade emocional que a envolvia como um véu. Eu vi isso em seus olhos. Havia algo muito mais profundo do que o ódio que ela exibia. Era um abismo de dor e incerteza, algo que, por mais que eu tentasse decifrar, sempre escapava pelos meus dedos. E, no fundo, eu sabia que parte disso era minha culpa. Eu sempre soube que o caminho que escolhi para a minha vida deixaria destroços, mas ver isso tão de perto, ver o que eu fiz com Donatella... isso me atingia de uma forma que eu nunca pensei que algo pudesse. A culpa pes
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25 - Noite de Núpcias
Roman Ostrov Ela tentou me apressar, seus dedos cravando-se em meus ombros, puxando-me para mais perto, como se quisesse que eu tomasse tudo dela de uma vez. Mas eu não o fiz. Não ainda. Eu senti o momento em que ela cedeu completamente. Seus músculos relaxaram sob minhas mãos, e a respiração, antes acelerada e nervosa, começou a se acalmar. Meus dedos traçavam delicadamente o contorno do seu rosto, o toque suave, reverente. Seus olhos estavam fechados, os cílios longos descansando contra a pele pálida. Ela parecia quase frágil ali, entregue, mas não quebrada. Não dessa vez. Havia emoção e desejo cru. — Donatella... — minha voz saiu baixa, quase um sussurro. — Não quero que isso seja algo que você vai se arrepender depois. Ela me encarou por um longo momento, e depois de um suspiro, seus dedos encontraram meu rosto. O toque dela era hesitante, quase tímido, como se estivesse testando os limites do que era permitido entre nós. Mas quando finalmente falou, sua voz era firme,
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26 - Colapso Emocional
Roman Ostrov Antes que qualquer outro comentário fosse feito, retirei o meu próprio casaco e me aproximei de Donatella, cobrindo-a rapidamente. Puxei o casaco sobre seus ombros e inclinei-me ligeiramente, minha voz baixa e firme ao seu ouvido. — Não precisamos fazer disso um espetáculo, doçura. Ela permaneceu em silêncio, mas seus olhos brilhavam com aquela mistura de raiva e frustração que agora eu estava começando a entender. Donatella estava testando os limites, mas eu não a deixaria exposta diante de Ivan ou de qualquer outro. Olhei para Lucy, a empregada, que nos observava atentamente. — Sirva o desjejum no deck externo — ordenei, mantendo minha voz firme, mas calma. — Senhor, está muito frio lá fora — ela avisou, a preocupação evidente em sua voz. — Perfeito — respondi, um sorriso surgindo em meus lábios. — Assim, garanto que minha esposa continuará vestida durante toda a refeição. Lucy hesitou por um momento, mas logo assentiu e saiu para preparar a refeição. D
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27 - Fofa, mas psicótica
Roman Ostrov Eu me aproximei, cruzando os braços, e o encarei com seriedade. — Diga logo — a impaciência transbordava na minha voz. Dmitry respirou fundo, como se estivesse se preparando para revelar algo que eu não gostaria de ouvir. — Roman, a saúde de Donatella está muito debilitada. E não estou falando apenas do estado emocional, mas físico também. Ela frequentava o hospital com uma frequência absurda, várias consultas por semana. A maioria dessas consultas não era com especialistas comuns... — ele fez uma pausa, ponderando o impacto do que viria a seguir — ...mas com um psiquiatra. Minha respiração ficou pesada. Isso explicava muita coisa. Eu já sabia que algo estava muito errado com Donatella, mas ouvir a confirmação de que ela estava sob tratamento psiquiátrico tornava tudo ainda mais complicado. — Psiquiatra? — perguntei, mais para processar a informação do que para realmente questionar. — Ela estava sendo tratada mentalmente? Dmitry assentiu, com o olhar sério.
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28 - O Monstro em Cada Um
Roman Ostrov O local era um armazém desativado nos arredores da cidade, um lugar onde ninguém questionaria os gritos que estavam prestes a sair. O silêncio era espesso, o ar carregado com um cheiro de ferrugem e umidade. Eu entrei no prédio com passos firmes, o som das minhas botas ecoando pelo chão de concreto. O desgraçado do psiquiatra estava acorrentado a uma cadeira no centro da sala, as luzes artificiais iluminando seu rosto pálido e suado. O medo estava estampado nos olhos do homem assim que me viu. Eu me aproximei devagar, os dedos estalando levemente enquanto me preparava. Dmitry tinha feito bem seu trabalho ao deixá-lo aqui, bem longe dos olhares curiosos da Bratva, e agora cabia a mim arrancar a verdade daquele verme. — Sabe por que está aqui, não sabe? — perguntei, minha voz fria, carregada de uma calma que precede a tempestade. O psiquiatra apenas balançou a cabeça, o suor escorrendo por suas têmporas. Sem esperar resposta, dei um passo à frente e segurei sua man
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29 - Sonhos e Ilusões
Roman Ostrov Eu saí do galpão com o gosto metálico da raiva ainda preso à minha língua, cada passo pesado, como se o chão estivesse tentando me puxar para baixo, para longe da realidade. O silêncio do armazém parecia ecoar dentro de mim, mas por fora, o mundo continuava. Dmitry estava encostado no carro, esperando, sua postura rígida, sempre atento. Quando entrei no carro, o cheiro de sangue fresco e pólvora ainda impregnava minhas roupas. Ele percebeu imediatamente, mas não fez perguntas. Dmitry sabia. Ele sempre sabia. Donatella estava no banco traseiro, dormindo profundamente, os fones de ouvido cobrindo suas orelhas delicadas. Ela parecia tão tranquila, alheia ao caos que me consumia por dentro, tão distante de tudo o que acabara de acontecer. — Dei o aparelho pra ela ouvir música — Dmitry disse, com um tom cuidadoso. — Por causa do barulho no galpão. Achei melhor não arriscar. Olhei para Donatella, seus olhos fechados, o rosto relaxado, e apenas dei de ombros. Não havi
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30 - Briga de Marido e Mulher
Donatella Romanova Enquanto eu me trocava para o jantar, minha mente vagava para as lições que Anastacia havia me ensinado desde cedo. ― Sempre diga aos homens o que eles querem ouvir, Donatella ― ela costumava sussurrar, seus olhos escuros e experientes me encarando no espelho enquanto eu tentava entender como isso funcionava. ― Eles acreditam no que você diz quando você fala com doçura, mesmo que seja mentira. Era uma regra que eu havia seguido minha vida inteira. Fingir, manipular, usar as palavras como um escudo e, às vezes, como uma arma. Mas, com Roman... algo era diferente. Não havia espaço para manipulação. Ele via através de mim. Ainda assim, parte de mim se agarrava àquilo que Anastacia me ensinara, como se fosse a única defesa que restava. Eu terminei de prender as meias 3/4 na cinta-liga, o tecido macio da lingerie vinho contrastando com minha pele pálida. O vestido vinho que escolhi tinha uma fenda lateral, uma provocação discreta. Coloquei minhas botas de couro, a
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