**Maria Silva** “Vamos ficar, mamãe,” os olhos piedosos de Benício me fez pensar se o tiraria dali ou não. Eu nunca pensei que estaria aqui, na casa da família de Matheus, lidando com pessoas que não eram minhas, mas que, ao que tudo indicava, eram agora a família do meu filho. Aquele ambiente me sufocava, mas Benício estava tão feliz, tão à vontade no colo de Leila, que minhas palavras saíram como um sussurro forçado. “Tudo bem, filho... vamos ficar, mas não se acostume.” “Obrigado, mamãe.” Benício sorriu, radiante. Antes que eu pudesse completar meus pensamentos, Bruno, sentado do outro lado da sala, falou: “Eu também vou ficar, mãe.” Eu olhei para ele, surpresa, tentando ignorar a lembrança incômoda ou não do que acabara de acontecer entre nós no quartinho dos fundos da mansão. Leila sorriu, como se tudo estivesse perfeitamente bem, como se não soubesse da tensão que pairava no ar. “Depois de tanto tempo você vai dormir aqui em casa, filho. Estou tão feliz,” disse Leila, ra
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