Lavínia o esperou do lado de fora, sem conseguir conter a ansiedade. Afinal... o que ele tinha conseguido? Também não conseguia deixar de sorrir, cética, pensando que ele estava tentando se aproveitar de alguma forma. — Está pronta? — ele perguntou, descendo da varanda e mostrando-lhe o envelope pardo, ao mesmo tempo que o portão da casa ao lado abria, saindo uma senhora encurvada. — Bom dia, senhor... — ela disse com a voz arrastada, aproximando-se dos dois. — A menina que morava nessa casa até ontem, o que aconteceu? — perguntou, e o pomo de Adão de Zen subiu e desceu agressivamente, mas ele logo se recompôs. — Ah... a moça que perdeu a irmã em uma fatalidade? — Você a conhece, eu te vi na casa dela duas vezes. — Sim, sim. Depois da morte da irmã, ela queria se mudar e vender a casa, você sabe... Era de se esperar que ela não quisesse continuar nesse bairro, na mesma casa onde vivia com a irmã. — Mas como isso é possível? — a mulher perguntou, indignada. — Ela nunca sentiria r
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