CLARAOs dias após aquela conversa foram cheios de reflexão. Henrique e eu não falávamos abertamente sobre a ideia de construir uma família a cada momento, mas era como se, silenciosamente, ambos estivéssemos processando o que isso significava. À medida que cada dia passava, o peso e a alegria daquela decisão se tornavam mais palpáveis. O futuro parecia mais real, mais próximo, e, ao mesmo tempo, me deixava levemente ansiosa.Naquela manhã, acordei com a luz suave do sol entrando pela janela do nosso quarto. Henrique ainda dormia ao meu lado, e eu me peguei pensando em como nossa vida tinha mudado tanto em tão pouco tempo. Os medos e as inseguranças que carregávamos juntos estavam, aos poucos, sendo substituídos por uma sensação de paz. Claro, ainda havia momentos de tensão, mas, de alguma forma, estávamos mais preparados para lidar com o que viesse.Saí da cama devagar, tentando não acordá-lo, e fui até a cozinha. Preparei uma xícara de café e, com ela nas mãos, me sentei na varanda.
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