Jonas OliveiraEstava sentado no velho alpendre da fazenda, o sol se pondo ao longe, tingindo o céu de laranja e vermelho. Aquele era o meu refúgio, um lugar onde podia pensar e, ultimamente, desabafar com Pedro, meu amigo de longa data. Pedro chegou pontualmente, como sempre, trazendo uma garrafa de cachaça. Sentou-se ao meu lado e, após alguns goles, começamos a falar sobre a vida, como sempre fazíamos.— Cara, tá complicado... — soltei, quebrando o silêncio.— O que foi dessa vez? — Pedro perguntou, já sabendo que o assunto era Luana.Suspirei profundamente, sentindo o peso das palavras que estavam por vir. Olhei para o horizonte, buscando coragem na vastidão do campo.— É a Luana. — admiti. — Ter ela por perto e não poder abraçá-la, beijá-la... é uma tortura. Eu não sei mais o que fazer.Pedro assentiu, como quem compreendia a profundidade do meu dilema. Ele conhecia toda a história, desde o dia em que Luana chegou à fazenda, fugindo de seu passado sombrio. Tínhamos nos aproximado
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