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Todos os capítulos do Entregue ao Mafioso Cruel: Capítulo 81 - Capítulo 90
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Capítulo 81 - Beatrice
A expressão de Espósito permaneceu inalterada diante da minha resposta evasiva. Ele apenas assentiu, antes de se recostar no assento e desviar o olhar para a janela ao seu lado, como se estivesse me oferecendo uma espécie de privacidade silenciosa. A tensão no carro era palpável, mas ele sabia exatamente quando se retirar de cena, deixando-me sozinha com meus pensamentos.Sophia pigarreou, atraindo minha atenção. Ela parecia hesitante, mas sua voz trouxe um alívio contido:— Achei que seria melhor ficarmos no mesmo quarto esta noite. Se você não quiser ficar sozinha, claro.Olhei para ela e senti uma pontada de esperança. Será que eu realmente poderia confiar em Sophia? Será que, finalmente, eu havia encontrado alguém que pudesse chamar de amiga? A solidão era uma presença constante na minha vida, e, naquele momento, desejei com todas as forças que Sophia fosse a pessoa em quem eu pudesse me apoiar. Mas, só o tempo diria.Chegamos à casa de Espósito já tarde da noite. O cansaço havia
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Capítulo 82 - Beatrice
— Merda!… — murmurei, pressionando o rosto contra o travesseiro, tentando, em vão, sufocar o desespero que me tomava. — O que eu fiz? Como pude esquecer o quão poderoso Ryuu é?O toque firme de Sophia em meu ombro me puxou de volta. Seus dedos me sacudiram levemente até que, finalmente, levantei os olhos, sentindo o calor das lágrimas escorrendo por meu rosto. Seu olhar era firme, uma âncora em meio à minha tempestade.— Beatrice, olhe para mim — sua voz soou mais baixa, mas carregada de segurança. — Nada de ruim vai te acontecer. Nem meu tio vai permitir isso. Nós estamos aqui por você. Eu estou aqui. — Ela apertou minha mão, o calor de seu toque me reconfortando de uma maneira que eu não esperava. — Se precisar desabafar, eu estou pronta para ouvir. Seja sobre aquela noite… ou o que quer que esteja acontecendo entre você e Ryuu. Tudo fica entre nós.As lágrimas continuavam a cair, incontroláveis. Nunca imaginei que encontraria alguém como Sophia, alguém que lutaria por mim dessa man
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Capítulo 83 - Beatrice
— Não vou manter Beatrice em lugar nenhum — disse Espósito, sua voz calma, imperturbável diante da raiva de Ryuu. — Ela escolheu passar um tempo com Sophia, e eu apenas ofereci minha casa para isso.A resposta serena de Espósito só pareceu aumentar a fúria de Ryuu. Um rugido profundo escapou de sua garganta, seus olhos cravados no homem à sua frente.— Se eu não a ver no próximo minuto… — Ryuu ameaçou, com a voz carregada de um controle vacilante.— Forçá-la a voltar agora não vai resolver nada, Ryuu — insistiu Espósito. — Ela precisa de tempo, e você sabe disso.Da minha posição no topo da escada, vi a mandíbula de Ryuu se contrair, e o pulso forte que latejava em seu pescoço me deixou em pânico. Seus olhos pareciam em chamas, uma fúria que eu conhecia bem. Engoli em seco, sentindo minhas mãos suadas apertarem a de Sophia, enquanto o calor subia pelo meu corpo.— Ela te contou o que aconteceu? — A voz de Ryuu estava mais baixa, mas cada palavra parecia carregada de tensão.— Não — re
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Capítulo 84 - Ryuu
Eu estava inquieto desde que saímos da casa de Vincenzo. Assim que chegamos à garagem, joguei as chaves do carro para um dos meus irmãos e me joguei no banco do passageiro, os olhos cravados nas portas da frente daquela mansão. Eu mal conseguia me concentrar no que estava ao redor, muito menos dirigir. Deixar Beatrice para trás parecia… errado, completamente errado.Naquela manhã, acordei cedo, como sempre, mas em vez de deixá-la dormir, a impaciência me consumia. Precisava falar com ela, precisava resolver essa maldita distância que se abria mais entre nós. Não podíamos continuar assim, não podíamos adicionar mais lenha ao fogo. Eu sabia que, se isso se prolongasse, não sobreviveríamos.Quando descobri que ela havia sumido, o pânico tomou conta de mim de um jeito que não consigo explicar. Era como se o medo me apertasse a garganta, me deixando sem ar, me paralisando. Falhei com ela de novo. Como pude permitir que o perigo se aproximasse dela, como qualquer mafioso jamais permitiria?
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Capítulo 85 - Beatrice
Fazia duas semanas que eu estava morando na mansão Espósito, e, aos poucos, comecei a me acostumar com a rotina. Grande parte dos meus dias era preenchida pela companhia de Sophia, especialmente quando ela não tinha aulas. Mesmo assim, às vezes eu a acompanhava até o campus. Observava as alunas correndo de um lado para o outro, preocupadas com prazos e projetos. Era estranho tentar me imaginar no meio daquilo, preocupando-me com coisas tão simples, mas que de alguma forma me pareciam reconfortantes.Nos momentos livres, Sophia e eu saíamos para comer ou encontrar seus amigos. Eles me acolheram com uma facilidade que me surpreendeu. Não havia perguntas incômodas, nem olhares curiosos para o grupo de segurança que me seguia a cada passo. Espósito, sempre atento, fez questão de garantir essa proteção. E eu, embora precisasse dessa distância de Ryuu, sabia que não podia me dar ao luxo de dispensar a segurança. Ainda era neta de Giorgio Carbone e esposa de um homem poderoso — era impossíve
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Capítulo 86 - Beatrice
— Isso é culpa minha — disse Sophia, soltando uma risada enquanto respondia às perguntas indiscretas de Petros. Percebi, então, o quanto ela aliviou uma tensão que nem notei nos seus ombros até aquele momento. — Roubei Beatrice por uma semana para me fazer companhia enquanto visito meu tio. Você conhece meu tio, não é, Petros? — Ela perguntou com aquele sorriso doce que eu já sabia ser pura estratégia.Petros ficou rígido. E eu não consegui disfarçar minha satisfação ao ver seu sorriso vacilar.— Bom, sinto muito por Ryuu. Ele deve estar sentindo sua falta — disse ele, com aquela falsa preocupação que sempre carrega.— Sim, eu também — respondi com um sorriso que, surpreendentemente, não precisei forçar dessa vez.— Claro — murmurou Petros, surpreso com minha resposta.Tanto eu quanto Sophia mantivemos nossos sorrisos tensos até que ele se afastou. Assim que Petros virou as costas, nossos rostos se fecharam.— Odeio esse cara — resmungou Sophia, empurrando as portas do ginásio com for
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Capítulo 87 - Beatrice
Eu já tinha mandado uma mensagem para Dario mais cedo, e ainda nada. Ele não respondeu nenhuma das minhas tentativas, e a essa altura, depois de uns drinques, eu já começava a sentir o efeito do álcool. Não sou de beber muito, então bastava pouco para me deixar tonta. Mesmo sabendo que talvez não fosse a melhor ideia, meus dedos já estavam ocupados com o celular de novo. A tentação era grande demais.Beatrice: Onde você está? Dario, eu sei que está me ignorando, caralho!Não me arrependi da provocação. Na verdade, ele merecia. Se me ignorou, estava pedindo por isso. Mas, no fundo, eu sabia que ele não iria responder. Então, só me restava outra opção.Beatrice: Precisamos conversar.Se havia alguém que saberia onde Dario estava, esse alguém era Ryuu. E eu precisava ter certeza de que ele não tinha interferido em nada. Precisava acreditar que, se algum dia tivéssemos uma chance real de igualdade, ele manteria sua palavra.— Uh, oh… — Uma voz suave e provocante soou perto demais do meu o
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Capítulo 88 - Beatrice
Ryuu sempre tão sério. Ele precisava relaxar, se soltar um pouco… Talvez, se tomasse uns drinques, ficaria tão leve quanto eu estava agora. Se ficássemos assim mais um tempo, eu poderia, genuinamente, adormecer nos braços dele. O corpo dele contra o meu era reconfortante, e por um momento, quis esquecer tudo e apenas me entregar àquele calor.Mas a voz de Caleb me arrancou desse devaneio.— Você é o namorado dela? — Ouvi a pergunta, e me virei, assustada, encontrando Caleb ao meu lado. Seu rosto estava carregado de uma expressão sombria, e o sorriso sarcástico nos lábios me dizia que ele sabia exatamente quem era Ryuu. Seu tom provocativo deixou claro que queria causar confusão.Senti o braço de Ryuu apertar em torno da minha cintura, me puxando para mais perto. O calor do corpo dele se espalhou pelo meu, enquanto nossos quadris se alinhavam. Podia sentir a tensão crescente em cada centímetro do toque dele.— Sou o marido dela — respondeu Ryuu, com uma calma perigosa, quase divertida.
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Capítulo 89 - Ryuu e Beatrice
&Ryuu&Beatrice e Sophia riam alto, as vozes ecoando pelo corredor enquanto cambaleavam para dentro da mansão de Espósito. Beatrice teria beijado o chão há muito tempo, se eu não estivesse ali, segurando-a firme contra o meu corpo. A cada tropeço que ela dava, eu a puxava de volta, mantendo-a em pé.Eu não tinha tocado uma gota de álcool a noite toda, e parecia que Beatrice tinha compensado isso por nós dois. Não sei como ela conseguiu chegar até aqui, mas agora estávamos diante da enorme escadaria. As duas, rindo e se equilibrando mal, voltaram para seus quartos. Continuei segurando Beatrice até ela se jogar pesadamente na cama, com o rosto vermelho de tanto riso.— Senta comigo — ela exigiu, a voz embriagada, enquanto afundava no colchão king size. Fechei a porta atrás de mim, controlado, com um clique suave. Bem diferente de como ela tinha escancarado a porta antes. Ainda bem que Espósito não estava por perto para ouvir.— Você está bêbada — declarei, firme, analisando-a. Não sabia
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Capítulo 90 - Beatrice
Acordei rígida, com a boca seca. Estava afundada sob os lençóis pesados de um dos quartos da mansão Espósito, envolta em um calor sufocante, incapaz de reunir qualquer motivação para me mexer. Só depois de alguns segundos percebi que não estava deitada no colchão… e sim sobre alguém.Forcei meus olhos a se abrirem, movendo a cabeça devagar sobre um peito nu, e fui recebida pela visão de Ryuu ao telefone, falando rápido. Uma risada profunda escapou de seus lábios, fazendo seu peito vibrar sob a minha mão. Bocejei, ainda presa aos resquícios do sono, e flexionei a mão esquerda, cujos dedos repousavam suavemente contra sua pele. Foi então que o brilho prateado da minha aliança chamou minha atenção.Ryuu, notando meu olhar, baixou os olhos para mim, os lábios curvando-se em um sorriso provocador. O humor leve que o dominava parecia ter se esvaído por um momento.— Dormiu bem? — perguntou ele, enquanto sua mão livre, a que não segurava o telefone, se mexia, e só então percebi que seus dedo
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