O som da água batendo suavemente contra as laterais da banheira ecoava pelo banheiro, abafando o silêncio que insistia em se instalar entre nós. Minhas mãos se moviam mecanicamente pela superfície da água, sem pensar, apenas tentando me distrair da tensão sufocante que preenchia o ar. Olhei para a direita, observando Ryuu. Ele estava virado na minha direção, mas seus olhos pareciam perdidos, fixos em algum ponto acima de mim, mergulhados em pensamentos distantes.— Você não precisa ficar aqui — murmurei, a voz fraca, quase inaudível. No entanto, naquele silêncio compartilhado, minhas palavras pareciam cortar o ar e o tiraram de seus devaneios. Não queria ficar sozinha, na verdade, isso me apavorava. Mas sua presença, tão terna e constante, me deixava inquieta. Eu já conhecia seu lado cuidadoso, embora soubesse que era raro e passageiro. Ainda assim, toda essa atenção mexia comigo, me fazia questionar se ele poderia ser, de fato, o homem afetuoso que eu tanto ansiava. Um homem em quem
Ler mais