Mena puxou uma cadeira para mim na ilha da cozinha, como sempre atenciosa, e me serviu um copo de água. Seu italiano fluía animado, comentando como a casa parecia estranhamente vazia sem mim. Eu bebia devagar, deixando o frescor do líquido acalmar minha garganta seca. A cada gole, ela perguntava, com sua habitual familiaridade, se eu estava de volta para ficar.— Não — murmurei, sem a encarar, o peso da minha resposta preenchendo o silêncio que se seguiu. Não havia necessidade de explicar por que eu não estava mais morando aqui, e Mena, com sua sabedoria discreta, entendeu o recado e não insistiu.Enquanto ela cortava frutas e preparava algo no balcão, uma pergunta me veio à mente.— Para quem é a comida? — Minha voz saiu baixa, um tanto rouca, ainda me sentindo perdida naquele ambiente que um dia chamei de lar.— Para Nitta. Está de cama, parece doente.A informação me surpreendeu, mas não por muito tempo. Saber que um dos Morunaga ainda estava ali não mudaria muito meus planos. Mesm
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