Vicente então começou a contar a cena:— Foi logo após eu perder meus pais. Eu era apenas um menino e, sem saber lidar com aquilo, me fechei em casa, isolado. A única pessoa que ficava do lado de fora, tentando consolar minha dor, era uma garotinha. Ela me dava forças para suportar o vazio. Um dia, depois de mais uma discussão com adultos, saí correndo de casa, sem perceber o carro que dobrava a esquina. Ela foi quem me puxou a tempo.Quando ele terminou, Zelda deixou escapar um sorriso amargo.Ele estava falando de alguém… que era ela. Mas de alguma forma, ele confundiu tudo, atribuindo a memória a Ada.Sem vontade de corrigir o erro, Zelda suspirou.— Então, sim, você deve realmente ser bom para essa garota. Seria uma ingratidão se não retribuísse o que ela fez por você.— Não… o que sinto por Ada não é amor… — Vicente tentou explicar, mas Zelda, lembrando da dor que ele lhe havia causado, interrompeu.— Não importa o que sente por ela. Só sei que, sob sua cruel influência, passei p
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