A lâmina gelada cortou a veia, e o sangue começou a jorrar incessantemente. Túlio ficou paralisado, observando, o rosto cada vez mais pálido. No entanto, ele sentia uma estranha leveza. Quando o sangue secar, será que a libertação virá? Devagar, puxou uma cadeira e se sentou. Com o braço apoiado na pia, ficou ali, aguardando calmamente aquele momento chegar. A tal "libertação" nada mais era do que a morte. A morte era como um sono eterno, nada a temer. Seu corpo estava cada vez mais frio, e sua consciência, mais embaçada. Túlio ouviu, em um distante fundo, passos rápidos se aproximando, seguidos de alguém chamando seu nome freneticamente. — Túlio! Túlio, por favor! Era Júlia. Ela, abraçada ao filho, olhava para os pulsos de Túlio, agora desfigurados e ensanguentados, incapaz de sequer pronunciar uma palavra de tanto medo. As lágrimas deslizavam, incontroláveis, e logo inundaram seu rosto. Com as mãos trêmulas, pegou o celular, chorando: — É a emergência? Por f
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