Esther curvou os lábios em um sorriso frio, mas a amargura transparecia em seus olhos gélidos, que fixavam Marcelo com uma intensidade cortante. Ela tentava se convencer de que não era nada demais, repetindo para si mesma que também havia tirado proveito desse casamento. No entanto, a verdade é que ela estava profundamente ferida, sentindo-se apenas uma ferramenta nas mãos de Marcelo.O pensamento era sufocante, mas ela se forçava a manter a postura. “Algumas coisas podem ser ignoradas. Eu não preciso me apegar a elas, né?”, pensou ela, tentando afastar a dor Afinal, ela também tinha obtido benefícios. Mas, por mais que tentasse racionalizar, a sensação de humilhação a corroía por dentro.Marcelo, por sua vez, observava as reações dela, notando a tensão que endurecia sua expressão. Ele franziu a testa, incomodado pela frieza no olhar de Esther. Com um tom impessoal, quase clínico, ele perguntou:— Quando você descobriu?— Isso importa? — Esther respondeu, sem desviar o olhar, sua voz
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