Amy sentou-se na beira da cama, o olhar perdido nas memórias que fluíam como um rio turbulento. Marcus ficou em pé, a poucos passos dela, os ombros tensos e os olhos fixos no rosto dela, como se cada palavra fosse uma ponte que ele temia atravessar, mas sabia que precisava.Marcus conseguia ouvir as batidas do seu coração pulsando como o tambor de uma guerra invisível, ecoando em seu peito com urgência. Não conseguia ler a expressão de Amy como antes e isso o deixava ansioso, eram quase cinco anos de diferença da doce menina de vinte anos.— Desculpe, — Amy começou, a voz baixa, quase um sussurro. Ela ergueu os olhos para ele, as lágrimas ameaçando cair. — Por ter sumido. Por não ter enfrentado tudo isso antes. Eu estava... com medo, Marcus.Ele franziu o cenho, prestes a interrompê-la, mas ela ergueu uma mão, pedindo silêncio.— Medo de não ser autêntica. De não saber quem eu era. — Ela respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. — Minhas músicas não eram minhas. Elas eram do
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