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Fabiene narrandoEu estava com o exame em mãos, Imperador estava viajando e eu estava sozinha no morro, no comando junto com Gabriel. Nervosa em saber qual era o resultado, eu penso se deveria abrir com ele ou sozinho, poucas vezes falamos sobre filho, mas toda vez que falamos ele concordava de que a gente teria um filho, só que agora o problema é que, nos últimos meses após a morte do seu pai, ele só vivia para o morro.Será que um filho seria o momento certo agora?— Fabiene – Maria fala entrando na cozinha – senti o cheiro do bolo lá fora.— Quero levar para a creche para as crianças tomarem café – eu falo – mas já estou terminando.— Gabriel mandou te entregar – ela fala colocando um envelope em cima da mesa – pediu para você guardar é o dinheiro da boca.— Deixa ai que depois coloco no cofre, preciso enviar esse dinheiro para o carregamento de droga que vem do Paraguay – eu falo para ela — Está vindo o dobro?— O triplo – eu falo para ela – consegui fazer um acordo com a
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Imperador narrandoEstava chegando no Rio de Janeiro quando sou avisado que estão invadindo o morro, eu e Gabriel acelermaos tudo que a gente pode e quando estou chegando no morro, ligo para a Fabiene.— Onde você está? – ela pergunta nervosa e já vejo pelo seu tom de voz, que essa noite dormiria no sofá – estão invadindo o morro.— Estou chegando morena.— Você sumiu, desapareceu, deixou o morro aqui nas minhas mãos, e agora volta no meio de uma invasão?— Se acalma Fabiene , assim que isso passar, eu te conto tudo. Confia em mim, nunca te dei motivos para desconfiar de mim.Ela desliga o celular na minha cara e entramos pelos fundos do moro, Gabriel me encara.— Vai falar para ela tudo que aconteceu? Ela vai ficar boladona de você ter escondido – ele fala— E deixar que fiquem ameaçando a vida dela? Jamais – eu falo – Fabiene vai entender, se não estender, pelo menos eu fiz a minha parte de cumprir com a minha promessa de proteger ela até o último dia da minha morte.Ele me en
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Fabiene narrandoEu comprei a passagem usando um documento falso para o primeiro lugar que eu vi na rodoviária, era uma pequena praia, um pouco distante do Rio de Janeiro, eu estava com sangue nos olhos, com raiva dele, com tanto ódio de Imperador.Eu sempre fui apaixonada por ele, a gente era amigos de infância e depois nos apaixonamos até que nos entregamos para o sentimento, quando seu pai morreu, fui sua companheira, estive do seu lado, não larguei sua mão quando assumiu o morro, o que era ao contrário do que sonhava para minha vida, agarrei sua mão, abracei o morro junto dele e o apoiei em tudo, ajudei ele, para no fim, ser tratada por ele que nem um lixo, para ser deixada de lado da forma que ele me deixou , que ele me traiu , que ele me enganou.Sentada na praça com os olhos cheios de lagrimas, eu continuo vendo aquele vídeo, dela tocando nele, reconhecia de longe ele, até mesmo de olhos fechados.— Está tudo bem com a senhorita? – eu olho para frente vendo um policial, olho p
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Imperador narrandoMeses se passaram e eu não tive noticias de Fabiene, o dinheiro das contas sumiram e do cofre também.Eu estava no baile e só sabia beber e me drogar, jamais achei que ficaria tão mal por causa dela, prometi o mundo a ela e não conseguia acreditar que ela tinha me abandonado após ir até lá para resolver algo que daria proteção a ela e que se fosse jogado na boca do povo, a machucaria de mais e a prejudicaria também.— Não acha que está se drogando de mais? – Samanta fala sentando no meu colo e eu a encaro— Vaza daqui – eu falo para ela— Para de besteira – ela fala beijando meu pescoço – faz seis meses que ela foi embora, fica ai só bebendo e se drogando, não aproveita o melhor da vida, daqui a pouco vai morrer e ela vai tá lá feliz, sentando para outro.— Sai de cima – falo empurrando ela— Que isso Imperador? – ela pergunta— Olha como você fala da Fabiene – eu falo para ela – ninguém fala dela dessa forma aqui dentro.— Que caó cara – Samanta fala me olha
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Fabiene narrandoNesse um ano e sete meses, eu tive o meu filho, cursei diversos cursos, abri a minha confeitaria e me casei. Eu estava saindo do banho e me olho no espelho, olho para as cicatrizes do meu corpo, mesmo passando mais de 20 anos, eu ainda tinha elas aqui. Uma por uma e eu me lembrava muito bem como conquistei cada uma delas, eram lembranças bem doloridas.— Acho que deveria me contar sobre essas cicatrizes – Eduardo fala entrando no quarto com Miguel em seu colo – já estamos juntos há um ano – eu o encaro.— São coisas que eu não gosto de lembrar, deixa o passado no lugar dele – eu falo para ele— Precisamos conversar – ele fala— Sobre? – eu questiono— Recebi um convite para assumir o comando no Rio de Janeiro – ele fala — E você aceitou? – eu pergunto para ele— Ainda não, antes vim conversar com você – ele fala – você pode abrir uma confeitaria maior lá.— Eu não sei se quero ir embora daqui, sei que é uma oportunidade única para você, mas pensa, aqui é tão
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Fabiene narrandoEduardo chegou no meio da tarde e passou o tempo todo no escritório, hoje tirei o dia para ficar em casa com Miguel, ontem deixei todos os bolos prontos e tinha funcionários na confeitaria, Eduardo foi tomar banho e eu fui no seu escritório pegar uma caneta para anotar uns pedidos e vejo um envelope na sua mesa , escrito bem grande:‘’ NO MORRO DA ROCINHA’’.Eu pego o envelope e abro ele vendo que era as fichas de todos lá, Imperador, Gabriel e até mesmo do meu irmão Rafael, quando vejo meu irmão, meu coração aperta na mesma hora.— Fabiene – Eduardo fala entrando no escritorio— Não queria mexer nas suas coisas, mas quando li no morro da rocinha me chamou atenção – eu falo guardando no envelope – porque você tem isso?— O supervisor da segurança do Rio de Janeiro – ele fala— Carlos Drummond?— Sim – ele responde – veio até aqui falar comigo, me fazer a proposta pessoalmente, os traficantes da rocinha mataram um policial, roubaram armamento que vieram dos Estado
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