Imperador narrandoMeses se passaram e eu não tive noticias de Fabiene, o dinheiro das contas sumiram e do cofre também.Eu estava no baile e só sabia beber e me drogar, jamais achei que ficaria tão mal por causa dela, prometi o mundo a ela e não conseguia acreditar que ela tinha me abandonado após ir até lá para resolver algo que daria proteção a ela e que se fosse jogado na boca do povo, a machucaria de mais e a prejudicaria também.— Não acha que está se drogando de mais? – Samanta fala sentando no meu colo e eu a encaro— Vaza daqui – eu falo para ela— Para de besteira – ela fala beijando meu pescoço – faz seis meses que ela foi embora, fica ai só bebendo e se drogando, não aproveita o melhor da vida, daqui a pouco vai morrer e ela vai tá lá feliz, sentando para outro.— Sai de cima – falo empurrando ela— Que isso Imperador? – ela pergunta— Olha como você fala da Fabiene – eu falo para ela – ninguém fala dela dessa forma aqui dentro.— Que caó cara – Samanta fala me olha
Fabiene narrandoNesse um ano e sete meses, eu tive o meu filho, cursei diversos cursos, abri a minha confeitaria e me casei. Eu estava saindo do banho e me olho no espelho, olho para as cicatrizes do meu corpo, mesmo passando mais de 20 anos, eu ainda tinha elas aqui. Uma por uma e eu me lembrava muito bem como conquistei cada uma delas, eram lembranças bem doloridas.— Acho que deveria me contar sobre essas cicatrizes – Eduardo fala entrando no quarto com Miguel em seu colo – já estamos juntos há um ano – eu o encaro.— São coisas que eu não gosto de lembrar, deixa o passado no lugar dele – eu falo para ele— Precisamos conversar – ele fala— Sobre? – eu questiono— Recebi um convite para assumir o comando no Rio de Janeiro – ele fala — E você aceitou? – eu pergunto para ele— Ainda não, antes vim conversar com você – ele fala – você pode abrir uma confeitaria maior lá.— Eu não sei se quero ir embora daqui, sei que é uma oportunidade única para você, mas pensa, aqui é tão
Fabiene narrandoEduardo chegou no meio da tarde e passou o tempo todo no escritório, hoje tirei o dia para ficar em casa com Miguel, ontem deixei todos os bolos prontos e tinha funcionários na confeitaria, Eduardo foi tomar banho e eu fui no seu escritório pegar uma caneta para anotar uns pedidos e vejo um envelope na sua mesa , escrito bem grande:‘’ NO MORRO DA ROCINHA’’.Eu pego o envelope e abro ele vendo que era as fichas de todos lá, Imperador, Gabriel e até mesmo do meu irmão Rafael, quando vejo meu irmão, meu coração aperta na mesma hora.— Fabiene – Eduardo fala entrando no escritorio— Não queria mexer nas suas coisas, mas quando li no morro da rocinha me chamou atenção – eu falo guardando no envelope – porque você tem isso?— O supervisor da segurança do Rio de Janeiro – ele fala— Carlos Drummond?— Sim – ele responde – veio até aqui falar comigo, me fazer a proposta pessoalmente, os traficantes da rocinha mataram um policial, roubaram armamento que vieram dos Estado
Fabiene narrandoEu estava com o exame em mãos, Imperador estava viajando e eu estava sozinha no morro, no comando junto com Gabriel. Nervosa em saber qual era o resultado, eu penso se deveria abrir com ele ou sozinho, poucas vezes falamos sobre filho, mas toda vez que falamos ele concordava de que a gente teria um filho, só que agora o problema é que, nos últimos meses após a morte do seu pai, ele só vivia para o morro.Será que um filho seria o momento certo agora?— Fabiene – Maria fala entrando na cozinha – senti o cheiro do bolo lá fora.— Quero levar para a creche para as crianças tomarem café – eu falo – mas já estou terminando.— Gabriel mandou te entregar – ela fala colocando um envelope em cima da mesa – pediu para você guardar é o dinheiro da boca.— Deixa ai que depois coloco no cofre, preciso enviar esse dinheiro para o carregamento de droga que vem do Paraguay – eu falo para ela — Está vindo o dobro?— O triplo – eu falo para ela – consegui fazer um acordo com a
Imperador narrandoEstava chegando no Rio de Janeiro quando sou avisado que estão invadindo o morro, eu e Gabriel acelermaos tudo que a gente pode e quando estou chegando no morro, ligo para a Fabiene.— Onde você está? – ela pergunta nervosa e já vejo pelo seu tom de voz, que essa noite dormiria no sofá – estão invadindo o morro.— Estou chegando morena.— Você sumiu, desapareceu, deixou o morro aqui nas minhas mãos, e agora volta no meio de uma invasão?— Se acalma Fabiene , assim que isso passar, eu te conto tudo. Confia em mim, nunca te dei motivos para desconfiar de mim.Ela desliga o celular na minha cara e entramos pelos fundos do moro, Gabriel me encara.— Vai falar para ela tudo que aconteceu? Ela vai ficar boladona de você ter escondido – ele fala— E deixar que fiquem ameaçando a vida dela? Jamais – eu falo – Fabiene vai entender, se não estender, pelo menos eu fiz a minha parte de cumprir com a minha promessa de proteger ela até o último dia da minha morte.Ele me en