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Todos os capítulos do O tenente e a babá cega: Capítulo 51 - Capítulo 60
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Que droga!
CAPÍTULO 51 Carla Eu não acredito que apanhei daquela cega, e mesmo com uma faca quente, a Anelise conseguiu me dominar e tirar de mim! Que ódio, como isso é possível? Eu já estava conquistando aquele homem, mesmo cego de amores por uma mulher que nem olhava pra ele, ele sempre me escolhia para fazer programas, estava tão perto... Não sei o que aquela cega tem no meio das pernas, que conseguiu amarrar o tenente desse jeito, mas vou pegá-lo de volta, ah vou! Saí toda dolorida daquela casa, virei o pé na porta e acho que inchou. Peguei um ônibus antes que aquela personal me esmagasse, “que mulher forte, igual aquela cega!“ Já não basta os machucados que aquele velho me deixou, agora vou ficar roxa com as begaladas da cega... Preciso encontrar o Theodoro, dizer a minha versão, antes que ele ouça àquelas duas... Fui até o hospital e falei com uma atendente. Menti que estava passando mal, fiz um escândalo e avisei para ligarem no contato de emergê
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Confiei demais
CAPÍTULO 52 Valéria Muniz — Diga, Ane... não me deixe ficar pior, sem saber o que está acontecendo! — ouvi o barulho da cadeira. — Olha, eu estava lendo, acho que tem algo errado... — Por que? — Realmente é um recibo da casa de mulheres, e o cartão é do Théo. — meu coração começou a palpitar, meu peito doeu como se tivesse recebido uma facada. — Porém... coloco a minha mão no fogo por ele, acredito que possa ser uma montagem, ou algum pagamento antigo, e não especifica o tipo de serviço prestado, nem... — Não precisa defender... acho que confiei demais. — ouvi quando ela levantou da cadeira e veio até a mim, segurando na minha mão. — Eu o conheço, confio nele. Você também deveria, essa mulher é sem caráter e baixa... a gente deveria ter chamado mesmo, a polícia! — a voz dela era firme, estava tentando me animar ou também confiou demais nele. — Você mesma leu, porque ele faria um pagamento desses? Nenhum estabelecimento aceitaria um pagamento t
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Queixa
CAPÍTULO 53 Theodoro Almeida Saí daquele hospital com tanta raiva daquela mulher, fui para casa saber como estava a Val, minha cabeça está a mil, só de pensar que aquela desclassificada pudesse ter feito algum mal a ela. — Ela está aqui? Está bem, Ane? — perguntei assim que cheguei no portão de casa. — Théo, eu não quis deixar a Valéria sozinha, eu cheguei na hora que a Carla estava esquentando uma faca no fogo, pra queimar o rosto da Val, e ela conseguiu ainda dar umas bengaladas nela, mas não tem como saber pra onde ela foi, a direção, nem nada. Se eu não tivesse chegado naquele momento, poderia, sim, ter acontecido alguma coisa. — QUE MERDA! QUAL É DAQUELA MULHER? — PORQUE PAGOU UMA PROSTITUTA, SENDO CASADO, THÉO? DEIXOU A VALÉRIA SOZINHA, ONTEM? — EU SÓ PAGUEI UMA DELAS PRA CUIDAR DAQUELA PUTA, NADA MAIS! DESCULPA AS PALAVRAS, MAS ESTOU SATURADO COM A AUDÁCIA DAQUELA MULHER, ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! — Se acalme, tá? Eu também acho que não deveria
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Na delegacia
CAPÍTULO 54 Valéria Muniz Eu nem comecei a explicar para o delegado, e quase caí de costas ao ouvir a voz da Carla, juntamente com aquele cheiro que agora me dá náuseas. — Você não tem autorização para entrar aqui! Ponha-se daqui pra fora! — Theodoro falou alto, percebi que levantou da cadeira, pelo barulho e levantei também, parecia realmente irritado com a Carla — Viemos prestar queixa de você, é melhor não piorar as coisas! — Eu vim me explicar, por favor me deixem explicar! Seu delegado, eu preciso me desculpar com a moça, realmente perdi a razão, sou uma burra! — Carla falou, parecendo apavorada, não entendi o que estava acontecendo, mas senti quando o Théo me puxou pra perto dele, abraçando meu corpo e me colocando do seu lado. — Então a senhorita é a Carla? — delegado perguntou com um tom de voz mais alto e firme. — Sim! Por favor, me permita falar, explicar o que aconteceu... — tentou ela e senti que estava mais perto, talvez por isso o Théo tenha me puxado. — Pegue os
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Tudo estranho
CAPÍTULO 55 Theodoro Almeida Eu já estava suando frio, inquieto e louco para que aquilo terminasse bem. Acho que foi a primeira vez depois de anos, que alguém me fez ficar feito um bobo, com receio de dar um passo, de falar algo que não deveria, de falhar. A minha mente entrou em colapso, era o delegado de um lado, (com o seu jeito dominador, alguém que está acima de mim)... de outro a Carla que tive vontade de inforcar, mas não poderia, por estar na delegacia, porém o pior foi a Val, que na sua doce inocência quis se vingar da Carla e ainda discutir com o delegado, pensei que teria um treco, ou na melhor das hipóteses, seríamos presos. Nem acreditei quando consegui sair lá de dentro com a Val, que ainda estava uma vespa, sem me deixar encostar nela. “Será que sempre foi assim? Ou estraguei a sua ternura, quando fui ajudar a Carla?“ — Você esqueceu a sua bengala, trouxe pra você! — entreguei pra ela antes de entrar no carro, e praticamente puxou da mi
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A guerra acabou!
CAPÍTULO 56 Valéria Muniz Theodoro estava me tratando muito bem, isso eu não posso negar, mas o que me causou uma forte dor no peito e uma tristeza diferente, foi o fato de eu ter criado a ilusão de que estava em uma vida dos meus sonhos, e veio uma pessoa e chacoalhou tudo, me fazendo relembrar algo que não quero viver novamente. Encostei a cabeça na cabeceira da da cama, já que tive um dia movimentado, então lembrei de ter ouvido que teria jogo hoje, me preocupei, e não deu outra, começaram os fogos de artifício e em seguida ouvi um grito que já sabia o que era, Théo teve outro surto. Sentei na cama, procurei os óculos e a bengala e segui de onde vinha o som dos gritos. — AHHHH! AVANÇAR, TROPA! — ele gritou de repente, então tive certeza que estava acontecendo alguma coisa. Levantei, contei os passos ao sair do quarto, e parada ali, me concentrei no cheiro e no som. — ELES ESTÃO SE APROXIMANDO! — ao ouvir outro grito, percebi que vinha da cozinha, eu só precisava me concentrar
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Carla na cadeia
CAPÍTULO 57 Carla — AHHHHH, ME SOLTA, ME DEIXE IR! — continuei gritando até que me levaram até as celas, cheia de mulheres presas num lugar só, sem ter onde ficar, todas sentadas no chão, ou agarradas nas grades. — Já chega de show! — Você vai me colocar aqui? AQUI NÃO TEM LUGAR, ESTÁ LOTADO! — UÉ? VOCÊ NÃO FOI CORAJOSA E COVARDE PARA BATER NUMA CEGA? AGORA ESTÁ COM MEDO? POIS VAI FICAR AQUI, ESPERANDO A SUA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA OU ALGUÉM PAGAR SUA FIANÇA. E, DIGO MAIS... SE COMPORTE, PORQUÊ ELAS NÃO ESTÃO DE BOM HUMOR! — o homem simplesmente me obrigou a entrar, me empurrou e eu fiquei ali... morrendo de raiva, sem olhar pra dentro da cela, mas vendo a mesma cena catastrófica do outro lado do corredor. Os minutos foram passando, e não foram poucos, acabei ficando com dores nas pernas, me virei para dentro da cela. Percebi que estavam todas me olhando e comentando, e eu a ponto de matar um. — TÁ OLHANDO O QUÊ? CRIATURA INFELIZ, TODA
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Na consulta
CAPÍTULO 58 Theodoro Almeida Eu não sei o que teria acontecido comigo se a Val, não estivesse ali. Alguns barulhos me tiram do meu estado normal, me levam novamente para a guerra, e normalmente não consigo sair de lá com facilidade, e ela conseguiu de novo. Essa mulher tem um brilho dentro dela, é diferente de outras pessoas. Sei que ela consegue sempre me trazer de volta, não vou mais dormir separado dela... só que o que ela disse sobre fazer terapia, é considerável. Disfarcei durante a conversa, porque tenho evitado que o quartel saiba, porém entendo que preciso, tem esse tipo de tratamento lá dentro. Cuidei para que descansasse, quando voltei do banho já havia dormido, apenas a cobri e me deitei do seu lado... “Ah, Val... mesmo brava, ainda é tão linda!“ Seu cheiro suave me faz querer ficar mais perto dela, e isso me ajuda a dormir rápido... diferente de antes, que sempre precisava de uma bebida, reparei que nunca mais bebi nada com álcool pra
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A garotinha
CAPÍTULO 59 Theodoro Almeida Quando percebi que o semblante da Val mudou tanto, segurei na sua mão, só que ela não se conteve, e nem eu quis que ficasse calada, mas sofri junto com ela, com a sua pergunta, a sua dor, também era minha... — Então... posso nunca voltar a ver? — ela perguntou com as palavras pausadas, parecia que segurava o choro, e senti meu coração apertar, não queria que ela desanimasse da sua cura. Acariciei a sua mão, será que foi tão magoada assim? Que pensa que se o problema for emocional, não alcançará a cura? “Mas e eu? Não posso ajudar nessa cura? — Calma senhora, a gente ainda precisa avaliar bem, te passar por um especialista averiguar isso, podemos fazer a cirurgia de recuperação de retina, né... realocar a retina, e com fisioterapias oculares a senhora começar a enxergar com o óculos. — Viu só, minha menina? — virei ela pra mim, tentando olhar nos seus olhos para lhe transmitir confiança, mas como? Como mostraria o meu olhar p
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Emília
CAPÍTULO 60 Valéria Muniz Fiquei muito assustada, o Théo saiu e essa mulher esnobe encostou em mim, me tratando como se eu fosse uma mendiga, mas coloquei a minha melhor roupa, aquela que Théo me deu, o que está acontecendo? Meu coração disparou, ao saber que não era bem vinda, parecia que estava pressentindo. Mas quando ouvi a voz do meu tenente, e senti a sua mão na minha, foi como poder respirar novamente, aliviou um pouco, mas a mulher insistiu: — Eu me recuso a frequentar um restaurante com pessoas que se vestem dessa maneira, esse é um restaurante sofisticado, no mínimo deveria ser exigido um esporte fino! O senhor é o dono, não é? Se quiser que pessoas como “eu” e minha família continuem frequentando aqui, terá que expulsá-los! — abri a boca em espanto, não gostaria de passar por tal humilhação, estávamos tão mal vestidos, assim? Ou seria eu acima do peso, sem muita beleza? — Théo... — puxei seu braço, querendo ir embora. — Senhorita Desi
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