CAPÍTULO 50 Valéria Muniz Era inconfundível aquele cheiro de perfume, Carla estava aqui. Era só o que faltava, essa mulher começar a incomodar... — O que faz aqui, Carla? — ajeitei meus óculos, tentando ver pelo menos um pouquinho para saber como essa bruxa era, porém só vi o seu vulto, parece magra. — Como sabe quem é? Por acaso está tirando onda com o Théo? Não é cega? — respirei fundo, tentando não me estressar com ela, “sou cega, não idiota!“ — pensei, pois ouço e sinto cheiros muito bem, além de várias outras percepções que são bem apuradas. — Acredito que não seja da sua conta, e com certeza não é esse o motivo que te trouxe até aqui, não é? Então seja direta, por favor que não tenho o dia todo! — tantos já me humilharam, essa mulher não vai conseguir, não vou deixar. — Enfim, tirou as asas pra fora! Está mostrando a cara, tirou até o pano de freira da cabeça! — me empurrou levemente, passando por mim, impregnando aquele cheiro de perfume por
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