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Setenta e um
AmandaEstava a alguns minutos tentando controlar meus sentimentos, não parava de chorar um segundos sequer. Após sair da consulta, infelizmente André não podia descer e acabou aguardando dentro do carro, por um lado eu entendo, mas por outro lado, meus sentimentos ficam revoltados.Assim que entrei dentro do carro, encarei seu rosto.Muralha: Qual foi? Tá chorando por quê?— me olhou arqueando a sobrancelha — Fala Amanda, porra, abre a boca — limpei meu rosto, suspirando.— Eu estou feliz — sussurrei, escutei seu suspiro e ele levar a mão até seu bone passando pra trás — Mas estou triste... você poderia ter descido pra me acompanhar...Muralha: Eu não posso ficar dando bobeira, tá ligada? Ainda mais em hospital particular, não por enquanto — murmurou.— Mas no parto? Você não ira acompanhar seu filho nascer? Cinco meses de gestação — ele ficou quieto olhando meu rosto.Muralha: To sendo um péssimo pai, né?— fitei seu olhar, suspirei fundo.— Eu entendo seu lado, você tem medo de algo
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Setenta e dois
MuralhaApós chegar no local onde D7 estava, entrei, mandei uma mensagem pra liberar minha entrada e ele logo liberou. Assim que entrei, ele estava em pé segurando a maçaneta da porta.- Tú...- olhei para as pernas dele e voltei o olhar pro seu rosto - Qual foi?D7: Alguém viu que tú entrou aqui?- neguei. Era um dos AP mais baixo, tipo kitnet. Ele fechou a porta atrás suspirando - Vanessa vazou um áudio meu, caralho.- E desde quando tú conversa com ela?D7: Maior cota.- Tú estava preso.D7: Paguei fiança e arrumei uma advogada aí, A Heloísa, tá ligado? Antes de sair, fiquei sabendo que mataram os dois agentes, no áudio não tinha nada demais, pô, ou seja, nenhuma prova.- E o papo chegou dentro da facção.D7: Eu tô ligado, os dois primeiros rodaram, os dois agentes - suspirou - E Angélica, Simone está envolvida com Vanessa - engoli em seco - a maior cota de tempo, as três estavam tentando me fuder e fuder você dentro da facção - me encarou, admirei seu olhar lacrimejando.Porra, sent
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Setenta e tres
AmandaPercebi a madrugada toda André não havia dormido, ele nem se quer fechou os olhos e isso me deixava nervosa, pois ele ficava dessa maneira apenas quando estava muito neurótico, talvez ele estava certo, ser chamada pro tribunal do crime é algo bem delicado.O medo deles não ouvirem uma palavra minha, me deixava agoniada e mais nervosa ainda.Era de manhã, suspirei fundo levantando da cama. Desci a escada devagar observando André sentado na mesa.— Eu irei na farmácia — falei para ele, o mesmo tirou o olhar do celular me encarando, seu rosto sério e sem senhora expressão mostrava como ele estava cheio de pensamentos.Muralha: Qual?— Fica aqui pertinho — me aproximei dele, passei minhas pernas sentando no seu colo — Volto rápido.Muralha: Me passa a parada que é para comprar que compro pra tu...— levei meus lábios até os seus o beijando, suas mãos seguraram meu rosto enquanto nossas línguas brincava, arranhei seu pescoço levemente.— Eu te amo — falei um pouco abafado pela falta
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Setenta e quatro
AmandaAs vezes, apenas as vezes, a vida mostra como o mundo em que imaginei não existe, jamais existiu. Bom... a Amanda sempre procurou a paz, sempre se privou de brigas e sempre quis estar ao lado da família, da mãe, da irmã, e por mais difícil que seja, eram minha família, era pessoas que eu convivi desde do meu nascimento e não era tão fácil desejar meu mau a eles.Na minha cabeça passava várias perguntas e nenhuma tinha respostas.Estava em uma posição que me sentia destruída por dentro, vazia e sem sentido. Eles havia feito escolher entre minha filha e o homem que amo, abalando meu psicológico de uma forma horrível.Após D7 me tirar de lá, estava quieta, na minha, apenas exugando minhas lágrimas que não paravam de cair um segundos, estava me sentindo culpada.D7: Na moral, vou começar a chorar junto, pô — disse sério enquanto pilotava o carro — Papo reto mermo, cara, sem câo — D7 estava sério, seu rosto expressando o ódio.— Eles me fizeram escolher entre minha filha e o homem q
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Setenta e cinco
MuralhaAlguns dias havia passado e aqueles machucados estavam infeccionando, papo reto. Parada estava doendo pra caralho, limitava muito movimentos.- Qual foi, D7, essa parada tá doendo - murmurei sério, estava sentado em um banco pequeno dentro da sala. Estava serinho mermo, rapá, parada estava me fazendo até gemer de dor.D7: Se não deixar curar, irá encher de bicho - neguei serinho.- Tú é maior onda errada, mane.D7: Eu? Sou nada, pô, tu me viu brabo aquele dia, tá ligado, fiz o tribunal do VK rolar e ele desceu de cargo, os superiores do crime ficaram puto com essa atitude dele - suspirei fundo.- Deixa esse papo de lado, esquece essa parada, morô?D7: To ligado, tranquilo - observei ele caminhar na minha frente - Tá pronto, amor, fiz a parada tudo certinho, coloca a camiseta com cuidado aí - levantei do banco observando no espelho que tinha na parede da sala, minhas costas estava com uns cortes, analisei meu rosto que estava ficando com hematomas e minha boca cortada. Com ajud
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Setenta e seis
AmandaAbaixei meus olhos sentindo André sugar meus seios, observei pela pouca claridade que seus olhos estavam fechados e ele parecia muito relaxado. Dei um meio sorriso passando a mão por seu cabelo que estava um pouco molhado ainda, pelo seu banho tomado.— Está tão bom assim?— perguntei baixo observando o quarto escuro, passei meu olhar até a cortina, escutava barulho dos carros com as ondas da Maré.Muralha: Hurum — escutei seu susurro baixinho, soltei o ar pelo nariz em forma tranquila.Desde quando comecei a ter leite, André começou com esse fetiche, até mesmo no ato sexual ele quer sentir o gosto, pra dormir ele queria pegar meus seios e ficar sugando meu leite. Fazia alguns dias da última vez que ele havia mamado no meus seios, pela sua dor e frustração, ele ficou alguns dias no canto dele, tinha dias que escutava ele chorando, quieto e todo na defensiva, pensativo e eu respeitei.Os minutos foram passando e percebi que ele foi perdendo suas forças e acabou se redendo ao sono
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Setenta e sete
AmandaAssim que desci as escadas, D7 e André conversavam algo e quando perceberam minha presença, desviaram a atenção na minha direção. Meus olhos foram até André, ele me encarou medindo cada centímetro do meu corpo e seus olhos pararam no meus seios. Meus seios estava no meu corpo e praticamente era dele, cara.Ajeitei meu vestido no corpo caminhando até André.— O que estavam falando?D7: Vamos em um churrasco, tá ligada?— me olhou, André bateu no sofá do lado dele pra sentar e fui, assim que sentei, senti sua mão entre minhas pernas e ele apertar o outro lado da coxa com intenção de tampar ali, olhei pra ele de canto.Muralha: Você irá comigo — me olhou, seus olhos me fitaram por alguns segundos.— Dormir dia todo — desviei olhar pro D7 e voltei pro rosto do André — Estou entrando no sexto mês de gestação e tô quase morrendo, pés inchados — suspirei — Tô cansada.D7: Caralho, irmão, dormiu dia todo e tá cansada?— negou em forma de decepção.— E você não está tomando antibióticos?
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Setenta e oito
MuralhaApós passar um tempo com Amanda, havia saído da goma com intenção de encontrar Lipe na Goma dele, pô. O meu relógio no pulso marcava exatamente oito e meia da noite.Lipe: Eu fiquei todos aqueles anos esperando tú voltar lá, depois que você saiu daquele lugar, pô, fiquei sozinho — estava sentado em uma parte do sofá dele enquanto escutava sua conversa, Lipe estava morando recentemente na Barra, acabou saindo da comunidade.— Como iria voltar?— passei meu olhar por seu rosto — Ana me abandonou na rua, Felipe, fiquei sem rumo, demoro? Cresci todos esses anos no crime, rapá, quando subi pra comunidade, os únicos disposto a me ajudarem era do crime.Lipe: Conversei com a Isa e ela colocou na minha cabeça que era errado te julgar por isso, por não me procurar.— Mas procurei, mas você não estava mais lá — Ele balançou a cabeça confirmando — Naquele dia no hospital, até pensei que você iria tentar ouvir meu lado, porra.Lipe: Sinto muito por aquela reação, mas cara...— negou — eu es
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Setenta e nove
Muralha Dado: VK apareceu novamente nas comunidades, pô, segundo a ele, os cara macetaram ele, tá ligado? Por ter agido daquela forma contigo — li a mensagem dele no meu celular — Parece que ele tá todo arrebentado, tomou até bala de borracha na cara e prometeu nunca mais cruzar teu caminho — Respondi o toque dele com um dois.Encerro a mensagem bloqueando meu celular, assim que fui chamado pra ser atendido, segurei meu celular em mãos. Era segunda, de manhã brotei no hospital, hoje iria retirar os pontos da minha costas. Passei pelo corredor e percebi o movimento das enfermeiras na sala de atendimento.Isa: Eu que irei atender — escutei sua voz e ela sair da roda das enfermeiras, direcionei meus olhos por cima do ombro dela olhando todas outras enfermeiras e todas ali me olhavam — Entra nessa sala — apenas acompanhei ela, observei a mesma fechando a porta — Bom dia.— Sento onde pra tirar essa parada?— olhei pra ela.Isa: Pode ser aqui — apontou, fui até sentando — Consegue tirar a
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Oitenta
Amanda A ultrassom havia ocorrido perfeitamente e os sentimentos era perfeito ao escutar o coraçãozinho batendo, era algo mágico em acompanhar, creio Que pra André também seja e seja algo que está mudando totalmente seus pensamentos que ele tinha com seu passado, pois a energia que esse André se transformou, não era a energia do André de meses atrás.Segurei no banco entrando dentro do carro, André fechou a porta do meu lado e deu a volta entrando no banco do motorista. Suspirei observando ele sentando ao seu lado e um sorriso de lado surgiu em meus lábios.— O que você achou?— ele colocou o celular no painel ajeitando seu bone, seus olhos vieram até minha barriga, por alguns segundos ele ficou observando.Muralha: É uma parada estranha — murmurou. — Estranha?Muralha: Sim — me olhou e desviou o olhar pra direção ligando o carro, André guiou o carro pela avenida. Observei sua mão esquerda ficar na direção e sua mão direita vim até minha barriga em forma de carinho — É uma parada que
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