Kara Jimenez Acordei com batidas na porta. Minha cabeça doía como se um caminhão tivesse passado por cima. Me levantei com dificuldade, sentindo meu corpo fraco, quase desfalecendo. Quando abri a porta, Antônia estava parada com Jasmim no colo. Instintivamente, peguei ela, a abraçando, tentando disfarçar o quanto me sentia mal, mas era inevitável. Logo Antônia, colocando as mãos na cintura, olhou para mim desconfiada e disse: — Vou fazer um chá para você, menina – voltou a pegar a Jasmim do meu colo, colocando-a no carrinho de bebê, e me arrastou com ela para a cozinha. Ao ouvir a voz de Marta vindo da cozinha, eu retraí o corpo, embora sem força nenhuma para impedir Antônia, eu implorei para ela parar imediatamente. — Eu estou bem, Antônia – ela parou e olhou para mim. Lentamente, sua mão esquerda avançou até o meu rosto – você está queimando em febre, Kara. Afinal, o que aconteceu naquela festa ontem à noite, para que você acordasse nesse estado? Eu fiz uma careta quando me
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