Todos os capítulos do Jogo do amor: Uma babá quase perfeita: Capítulo 21 - Capítulo 30
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Capítulo 21
KaraEu acordei com o choro de Jasmim e demorei mais do que deveria para me levantar. As noites pareciam intermináveis. Eu acordava a cada duas horas para dar a comida dela e quando amanhecia eu queria ficar na cama por mais oito horas.Aquele trabalho estava de certo modo acabando comigo.Dei um grito agudo assim que coloquei o pé no chão e sentir meu joelho latejar de dor. Caminhei com dificuldade até o berço de Jasmim, pegando-a no colo e indo em direção à cozinha.A primeira pessoa que vi foi a Marta. Olhou para mim com puro desdém e nem sequer me cumprimentou. Enquanto eu caminhava em direção a Antônia, o choro de Jasmim se intensificou e eu estava ao ponto de chorar de tanta dor que eu sentia.— Você está péssima, Kara – eu mal havia reparado que Antônia vinha me observando desde a hora em que eu entrei na cozinha, me analisava minunciosamente, de modo que eu até fiquei sem graça - penso que a Jasmim está dando bastante trabalho para você.”Soltei outro gemido de dor, quando Ant
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Capítulo 22
KaraAntônia percebeu a fúria estampada no meu rosto, e como se lesse meus pensamentos, colocou o corpo na minha frente, impedindo-me de prosseguir.Eu estava pronta para avançar e ir ao encontro de Gustavo para exigir uma explicação.— Eu não posso deixar você ir perturbar o patrão – disse ela, e sua atitude fez minha fúria transcender.— Você não percebe o que ele está fazendo? – meu rosto esquentou, e eu sabia que havia ficado vermelha.— Esse é o seu trabalho, Kara – disse, apontando para Jasmim, que dormia tranquilamente no meu colo – ele não exigiu nada além disso de você.Antônia estava certa. Embora as palavras dela saíssem como um raio que instantaneamente me assustaram, eu não contestei. Engoli toda a minha frustração e recuei. Eu estava enfurecida, mas eu precisava me colocar no meu lugar e entender que ali, dentro daquela mansão, eu era apenas mais uma funcionária.— Não estou dizendo isso para magoá-la, menina – a voz dela continha traços de arrependimento, embora eu não
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Capítulo 23
Tudo era uma grande armação. Não havia encontro nenhum. Eu saí da mansão naquela noite para ir até a casa do Allan e passar um tempo conversando, embora soubesse que ele estaria bastante contrariado com a minha decisão de não permitir que Kara se encontrasse com ele.Um dia ele entenderia os meus motivos, disso eu tinha certeza.Estacionei o carro em frente à casa dele, pensando nas desculpas que eu inventaria para estar ali àquela hora da noite. Toquei o interfone várias vezes, até que um dos funcionários apareceu me avisando que o Alan não estava em casa.O homem não tinha ideia para onde ele havia ido e eu fiquei parado no meio da rua por longos minutos sem saber o que fazer daquele momento em diante. Dirigir de volta para casa, afinal, nada disso importava, uma vez que o meu objetivo principal havia sido alcançado: Kara não sairia para jantar com Allan.Eu precisava arrumar uma maneira de fazer o Allan entender que a Kara não podia ser nada além da minha babá. Com ele por perto, K
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Capítulo 24
Kara Jimenez O silêncio no carro foi avassalador. O maxilar do Allan permaneceu contraído o caminho inteiro como se travasse os lábios dele, impedindo-o de falar qualquer coisa para mim. Me questionei se eu havia feito algo de errado, se a raiva dele era direcionada a mim, porque foi nítido que o Allan estava contrariado devido algo que aconteceu. Enquanto as dúvidas me consumiam, o carro avançava, nos aproximando do nosso destino. Eu não poderia sair daquele carro sem antes entender o que havia acontecido e quando o veículo parou em frente a mansão do Gustavo, eu não me contive e comecei a falar. — O que o Gustavo disse a você para agir assim? Allan girou o pescoço na minha direção e fixou os olhos nos meus. Tentei decifrá-los, mas não conseguir. O Allan soltou um longo e pesado suspiro e manteve-se em silêncio, pensativo. Eu soube que as coisas eram mais graves do que eu imaginei. — Ele pediu para que eu ficasse longe de você. As palavras dele rasgaram minha mente, deixand
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Capítulo 25
Naquela noite, Jasmim não dormiu comigo e, quando saí da mansão, senti um aperto no peito, como se um pedaço de mim estivesse ficando para trás. Sabia que era um erro enorme me apegar a uma filha que não era minha, mas era impossível não me apaixonar por aqueles olhinhos tão pequenos e brilhantes.Fui para a parada de ônibus e, enquanto esperava, fiquei pensando em tudo o que vinha acontecendo na minha vida, desde o dia em que fui atropelada pelo Gustavo. Agora, sem ter para onde voltar, só me restava um lugar onde pudesse passar o meu dia de folga: a casa da Rosa. Estranhei o fato de ela não ter dado mais notícias. Certamente, o último acontecimento na casa do Gustavo, onde ela havia sido acusada de roubo, a deixou tão constrangida que até mesmo se esqueceu de mim.Quando cheguei ao meu antigo bairro, uma nostalgia me consumiu. Não me lembrava de ter vivido em outro lugar a não ser ali. Aquela rua estava cheia de boas lembranças de uma infância feliz, quando ainda tinha o meu pai ao
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Capítulo 26
Mais uma vez, olhei para o relógio. Outros dez minutos haviam passado. Kara estava atrasada mais de vinte minutos e, embora eu não tivesse nenhum compromisso naquela noite, eu estava realmente preocupado e, ao mesmo tempo, furioso com ela.Quando eu já estava reprimindo a raiva que começava a se espalhar dentro de mim como pólvora, Kara entrou na mansão de cabeça baixa, como se fosse incapaz de olhar nos meus olhos. No entanto, eu não disse nada e quando ela levantou os olhos para me olhar, seu rosto estava pálido e seus olhos repletos de lágrimas.Eu não prestei atenção no que ela havia dito porque fiquei perdido no rosto dela, que exalava dor e angústia. Kara correu para o quarto e a porta se trancando foi tudo o que ouvi depois disso.Observei Jasmim dormindo nos meus braços, então a deixei no carrinho e pensei muito se deveria ir até lá entender o que estava acontecendo. Lembrei-me então das palavras do Allan no dia anterior, quando ele insistiu em dizer o quanto não me reconhecia
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Capitulo 27
Kara Jimenez— A Rosa está internada em estado grave no hospital – disse, sentindo um nó sufocar minha garganta ao ponto de faltar ar dentro dos meus pulmões — os médicos dizem que ela não sobreviverá.Levantei meus olhos encharcados e vi a visão turva do Gustavo, confuso diante de mim.— Quem é a Rosa?Era claro que ele não se lembraria da Rosa, ainda mais uma vez que ela fora acusada injustamente de roubo por ele próprio. Mas Gustavo também parecia não se lembrar daquilo, o que achei bem estranho.— É a mulher que a Marta acusou de roubo e você prontamente acreditou.Gustavo não entenderia a importância que a Rosa tinha na minha vida, ele nunca sequer se preocupou em querer saber do meu passado. O que eu também julgava excêntrico o fato dele mudar de comportamento assim tão de repente. Quando eu olhava nos olhos dele, conseguia ver verdade, mas meu coração implorava para que eu me mantivesse longe, porque era perigoso confiar nele.— Ah, claro! Disse e não havia desdém em sua voz, “
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Capitulo 28
Cassandra falava sem parar, mas eu, na minha desatenção, não prestei atenção em absolutamente nada do que ela dizia. Meu olhar estava fixado no corredor, onde eu vi Kara pela última vez.Alguma coisa havia mudado dentro de mim. Alguma coisa relacionada a ela e à presença dela na minha vida.Quando Cassandra se aproximou e entregou Jasmim para mim, foi que eu voltei à laboriosa realidade da minha vida.— Você escutou o que eu disse? – perguntou ela, e eu desviei o olhar, disfarçando a minha desatenção - o que realmente está acontecendo entre você e essa empregada?Havia desdém na voz de Cassandra ao mencionar a função de Kara, como se ela fizesse questão de mostrar que era apenas isso que Kara deveria ser na minha vida. Eu travei o maxilar com a soberba de Cassandra. Eu odiava aquele jeito dela e nunca fiz questão de esconder isso de ninguém.— Você está criando teorias da conspiração apenas para anular a traição da sua filha.— Eu sei quando duas pessoas estão conectadas – ela disse,
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Capitulo 29
Kara Jimenez Observei o Gustavo sair apressado do meu quarto, sem me dar qualquer chance de contestar suas decisões. A presença dele ali estava começando a ficar constante demais, de modo que eu desconfiava até mesmo dos meus sentimentos. Coloquei Jasmim no berço e tentei dormir. Me mexi de um lado a outro na cama sem conseguir dormir, pensando sobre tudo que havia acontecido naquele dia. Eu precisava me recordar que o Gustavo ainda era um homem casado, embora dissesse constantemente que jamais perdoaria a Bruna pelo que fizera. Um dia ela acordaria e voltaria a ser a dona daquela casa. Acordei assustada no dia anterior com o sol já batendo no meu rosto e o choro da Jasmim ecoando nos meus ouvidos. Me levantei, troque a fralda dela e dei a ela a mamadeira que já estava no quarto. Notei que ao lado havia um papel, daqueles coloridos e tinha um recado do Gustavo nele. “Quando eu voltar de viagem, aumentarei o seu salário. Mas você precisa estar aí.” Aquilo parecia mais uma chanta
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Capitulo 30
KaraMe lembrei então da promessa que havia feito a mim mesma e, quando percebi estar perdida nos braços do Gustavo, recuei assustada. Olhei constantemente para os lados, me certificando que ninguém nos observava. Quando voltei a olhar, vi Gustavo me observando confuso.— O que aconteceu? – Me encarou estranhamente, como se quisesse desnudar minha alma. Eu me encolhi. – Parece que está com medo de mim.Eu me afastei ainda mais, quando percebi Antônia entrar no meu quarto e seu semblante se modificar completamente ao me ver com o Gustavo.— Eu preciso que o senhor me libere para que eu vá até o hospital reconhecer o corpo da Rosa.Abaixei a cabeça, evitando olhar nos olhos dele. Gustavo ficou em silêncio por longos segundos.— Sem problemas – disse ele –, mas eu vou com você.— Não! – disse imediatamente, com os olhos arregalados, percebendo que Antônia continuava ali – Preciso resolver meus problemas sozinha, senhor Gustavo. Só me libere para que eu possa me despedir da minha amiga.E
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