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Todos os capítulos do AMOR BLINDADO NO MORRO DA FÉ : Capítulo 61 - Capítulo 70
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60. Reencontro
AliceEmilie segura minha mão e sem me dar tempo para nada, sai me arrastando para dentro da casa. Nocaute nos segue sem nada dizer e com certeza só aguardava ansioso pelo que aconteceria logo em seguida com essa ideia fixa da Emilie de me juntar ao tio dela. Crianças viu, quando colocam algo dentro da cabeça vão longe, e só Deus para fazê-las mudar de ideia. Já dentro da casa bato de frente com dona Olga, que descia a escada com uma bandeja nas mãos. Ela me olha estranho como se minha presença naquela casa fosse algo de outro mundo, na realidade ela tinha mesmo razão por reagir dessa maneira, até porque PG e eu nunca fomos exemplo de bons amigos ou nada amáveis um com o outro.Ela se aproxima e ainda segurando a bandeja fala:— Alice, filha, aconteceu alguma coisa? — ela pergunta e troca olhares com Nocaute que estava ao meu ladoAcho aquilo estranho, mas nada falo à respeito. — É que estou aqui para visitar o PG, fiquei sabendo que ele não está reagindo muito bem a cirurgia e por
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61. Armadilha - Parte 1
AliceDona Olga me olha e sorri agradecida pelo que acabou de acontecer. Mas eu na realidade não havia feito nada, apenas me deixei guiar por Deus e pelo sentimento de compaixão que existe dentro de mim. Olho para Nocaute que observava tudo em completo silêncio e também parecia não acreditar em tudo o que acabou de ver. Pelo visto essa família está muito perdida e distante do amor de Deus, por isso tantas confusões e problemas entre eles. Por isso que dizem que dinheiro pode proporcionar muitas coisas, menos a verdadeita felicidade, pois essa só através do amor de Deus é que conseguimos. Respiro fundo e então encarando Nocaute falo:— Será que pode cuidar da Emilie enquanto vou até o quarto do PG?— Posso sim. Pode subir de boa que eu fico com ela até você voltar. — Nocaute diz um pouco emotivo, pelo visto ele sentia algo pela Patrícia, pois a preocupação que ele demonstrou por ela é apenas de alguém que tem um sentimento verdadeiro dentro de si— Obrigada! — agradeço e só então me l
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62. Armadilha - Parte 2
AliceEle fala e eu já estava feito uma manteiga, toda derretida por dentro. Mas eu não poderia demonstrar nada, nem agora e nem nunca, nós dois éramos um caso muito definido, onde cada um ficaria muito melhor e perfeitos do jeito que estavam, longe, bem longe um do outro. Puxo meu braço e com os mesmos cruzados falo:— Pelo visto teu caso não é tão grave como teu amigo disse, porque já está até tendo forças para fazer tuas piadinhas sem graça. — falo e PG continua me olhando de um jeito diferente, não com desejo ou nada parecido, mas com carinho e isso só fazia dificultar as coisas entre nós, principalmente dentro de mim— Tô muito ruim, mas agora te vendo, me sinto um pouco melhor. — ele fala e se esforça tentando sentar na cama, mas tudo o que consegue é fazer o ferimento sangrar Rapidamente me aproximo dele e assustada, com as mãos toco em seu corpo, o impedindo de se movimentar.— Não faça isso. Pode ser perigoso. — PG segura na minha mão e todos os pêlos do meu corpo se arrepi
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63. Meu erro
PGPorra véi, tudo o que eu queria era fazer a Alice entender de uma vez por todas a química que está rolando entre nós dois a maior cota de tempo, mas parece que meti os pés pelas mãos e agora ela me odeia mais do que antes. Meu maior erro foi mentir, e não sei o que fazer para consertar tudo isso. Puta que pariu, eu só faço merda, até mesmo quando tento acertar. Eu preciso ir atrás dela e explanar o que está rolando dentro de mim, e que eu nunca quis fazer ela de trouxa, muito pelo contrário, tudo o que eu quero é jogar as cartas na mesa e mandar a real pra ela, dizendo que estava acontecendo uma parada estranha pra caralho comigo, e que ela tinha tudo haver com isso. Como eu ia fazer essa porra eu não sabia, mas que eu encontraria um jeito, isso já era mais do que certo.Tento levantar da cama, mas a porra do ferimento estava doendo pra caralho e não ajudava em nada a minha situação, sem falar no calafrio que eu estava sentindo, com certeza fui sentenciado por inventar que estava co
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64. Noticia inesperada
Alice Sai daquela casa soltando fogo pelas ventas, e sentindo uma raiva gigantesca de mim mesma por ter permitido ser feita de idiota por aquele sujeito. Como pude me deixar levar e ainda por cima acreditar naquela sua conversa fiada de último pedido de um moribundo? Ai Alice, dessa vez você se superou, passou de ingênua para a mais burra de todas as mortais. "Urgh! Que raiva! Deus que me perdoe, mas com a raiva que eu estou, sou capaz de estrangular o primeiro imbecil que parar na minha frente."Continuo caminhando, ou melhor, correndo ladeira acima. Se eu fazia esse trajeto em vinte minutos, hoje estava em tempo recorde de tanto que eu corria, me sentia o verdadeiro papaléguas do desenho animado, só faltava eu fazer o...— Bip... Bip..."Está repreendido em nome do Senhor Jesus Cristo, pensei no som e ouço sem antes mesmo dizer. Sai demônio!" — me repreendo e continuo seguindo meu caminho, de repente ouço o mesmo som de buzina, mas dessa vez mais perto.— Bip... Bip... A curiosid
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65. Ideia errada
AliceSem saber o que dizer ou qual atitude tomar, me permiti ser guiada pelo coração, e abracei Damares por um longo tempo. Eu ainda não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo, a minha amiga que tanto se orgulhava do seu modo de viver e de tratar os homens se deixou levar pelos sentimentos e se entregou de corpo e alma para alguém que não a merecia.Nada que eu dissesse mudaria o que ela estava sentindo, um erro foi cometido, e gerou consequências muito graves. Mas, essa criança não tinha culpa de nada, e se dependesse de mim, nasceria e cresceria cercada de muito amor, e principalmente, nunca saberia como as coisas aconteceram. Porém, como eu disse anteriormente, a única que pode decidir como será o futuro dessa história é a Damares, e como sua amiga e irmã, estarei aqui para apoiá-la em tudo o que precisar, assim como ela já fez comigo.Permaneço em silêncio, até que Damares um pouco mais tranquila fica de pé, com uma das mãos seca as lágrimas de seu rosto já inchado e e
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66. Situação difícil
AliceJá no quarto, escolho uma roupa confortável, me visto e desço para preparar o jantar, pois logo a dona Olga estaria por aqui e não era correto que após um dia inteiro trabalhando fora ela ainda tivesse que ir para o fogão cozinhar para todas nós. Ela tem me ajudado muito, e nada mais certo e justo que retribuir todo o seu carinho e a maneira humana como ela me recebeu em sua casa. Faltam poucos dias para eu receber o meu primeiro pagamento, e depois que eu tirar o valor para ofertar na casa de Deus, vou dar um dinheiro para dona Olga e ela aplica onde tiver necessidade na casa. Vou guardar algum dinheiro para eu poder em breve alugar um cantinho para morar, porque não é justo eu ficar aqui na casa da dona Olga para sempre, ela precisa de espaço e eu também preciso seguir a minha vida como uma mulher adulta, e principalmente me afastar dessa comunidade consequentemente do PG, é isso o certo a se fazer e será melhor para todos nós. Tenho que abrir uma conta no banco, mas não sei c
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67. Sem saída
AliceSaí do banheiro e já estava guardando a garrafa de álcool no armário quando Damares surge toda enfezada.— Alice, por que me olhou daquele jeito e me tratou daquela maneira tão grosseira no banheiro? — ela cruzando os braços aguardava por um resposta que no fundo ela sabia muito bem qual era, então eu que não estava com o mínimo de paciência para as infantilidades dele logo esclareço as coisas. — É sério isso? Você realmente não sabe o motivo da minha chateação? — pergunto, sorrio ironicamente e sem dar tempo dela responder, sigo para a cozinha afim de terminar o meu jantar. Porque tudo o que eu queria era comer alguma coisa, depois deitar na cama e dormir até o dia seguinte. Mas, pelo visto, isso não seria tão fácil de conseguir. Damares me seguia até a cozinha e falava sem parar nos meus ouvidos que a essa altura já estavam a ponto de ferver por tanto estresse que passei em tão pouco tempo. — A vida é minha, o corpo é meu e sou eu quem devo decidir o que fazer, não acha? —
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68. Ciclo sem fim
AliceMe afasto de Damares, cruzo os braços e impaciente falo:— O que está fazendo aqui? Quem abriu a porta pra você? — isso foi tudo o que consegui perguntar antes do meu corpo inteiro estremecer apenas com a presença dele, do único que me causa as piores e melhores sensações que já tive nessa vida.PG se aproxima, seu olhar era fixo em mim, mas tinha algo diferente que até então eu não conseguia distinguir. Uma de suas mãos estava posicionada atrás do seu corpo, e a outra dentro do bolso da sua bermuda. Ainda não consegui compreender o que ele estava fazendo aqui, principalmente depois de ter me feito de palhaça dentro daquele quarto. E quando penso em dizer alguma coisa, automaticamente o meu corpo começa a sentir tudo o que senti a pouco tempo quando estive em seus braços, e isso me paralisa na hora. Tudo isso só pode ser uma maldição, eu não posso sentir nada além de nojo e repulsa por esse homem. Mas, por que acontece justamente tudo ao contrário? Ao invés de afasta-lo, o meu
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69. Promessa Silenciosa
Alice Impaciente esfreguei o meu rosto com as duas mãos, e silenciosamente viro de costas e sigo para a cozinha. Eu precisava me acalmar, ou corria o grande risco de cometer um crime. Abro a geladeira e pego uma garrafa com água bem gelada, encho um copo e bebo tudo de uma só vez. Meu corpo inteiro estava tremendo, sem falar na queimação que sentia por dentro. A minha vontade era pular em cima do PG e espanca-lo até cansar pela merda que ele me fez, mas eu não conseguia sequer raciocinar com ele me olhando daquela maneira, imagina avançar nele feito uma fera selvagem. Ai sim, a merda estava feita de vez. Ainda com o copo na mão, fico pensativa, mas saio do transe com a voz da Damares atrás de mim. — Amiga, o que vamos fazer? — Damares chega junto mais nervosa do que eu — Eu não sei. Seria mais fácil arrancar ele daqui se a tua tia colaborasse. Mas, o que ela fez só piorou a nossa situação. Ainda não entendo porque ela defende tanto o PG. — falo baixo de frente para a pia e levo u
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