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Todos os capítulos do Improvável Amor: Capítulo 41 - Capítulo 50
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Capítulo 40
Charlie MacAleese   Donna é perfeita, parece que foi feita para estar em meus braços. Continuo com os movimentos de vai e vem sem deixar de beijá-la e acariciá-la intimamente, numa torturante carícia. Sinto todo seu corpo estremecer em um orgasmo arrebatador. Absorvendo seu prazer, meu corpo responde com mais desejo, investindo mais fundo e o ritmo fica cada vez mais intenso. Fico surpreso ao ouvir meu próprio grito, alto e forte, enquanto numa última investida, tenso e trêmulo de prazer, eu gozo. Caio para o lado, a puxando para mim, beijo sua testa suada e ela se enrosca mais em mim. Sinto meu membro pulsar, louco por mais dela. Porque eu nunca vou me cansar de tê-la. Repreendo esse pensamento, sei muito bem qual o nosso destino. E ele começará em algumas horas. — Tente descansar, princesa. O dia será longo amanhã — meu tom tinha pesar, mas o dela me surpreendeu. — Não vejo a hora...    
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Capítulo 41
Donna Reid   Eu queria falar, tinha a necessidade disso, mas como ele estava chateado e estava de cenho franzido o tempo todo, evitei ficar tagarelando e assim também não desperdiçaria energia, já que não tinha dormido bem e me sentia exausta. O calor tinha diminuído um pouco, embora fosse quase metade do dia. Acredito que o ar fresco se dava pelas sombras produzidas palas árvores altas e de copas densas nessa área em que estávamos, impedindo o sol de nos castigar com seus raios fortes. Por isso eu acabei retirando o lenço da cabeça e aproveitei e prendi os cabelos num rabinho-de-cavalo. Sem a presença do motor da moto, enquanto caminhávamos, dava para escutar o canto de alguns pássaros e os mais variados sons da floresta. Isso sem mencionar que vez ou outra, víamos algumas espécies nativas. Para uma pessoa que meses atrás nunca tinha passado nem perto de um lugar assim, eu tinha aprendido muito e já sabia reconhecer algumas cois
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Capítulo 42
Charlie MacAleese   O tempo castiga as construções. Aliás, absolutamente tudo é castigado pela ação do tempo. Eu sabia que a ponte não era segura, mas seria nossa única alternativa. Chequei rapidamente as condições e constatei que daria para Donna passar, pesando em torno de 60 quilos, seria um peso suportável. Caso contrário, jamais arriscaria a segurança dela. O mesmo não se dava comigo, eu sabia que quando fosse a minha vez, tudo poderia acontecer. Por pouco não fiz todo trajeto. — Cacete! — falei me agarrando a algumas raízes expostas no paredão rochoso. Eu só esperava que elas fossem fortes o suficiente para aguentar meu peso, já que não podia confiar na corda da ponte que ficou suspensa. Em princípio, eu estava confiante de conseguir atravessar, mas essa confiança foi minando a cada passo dado por mim e eu sabia do inevitável, por isso acelerei os passos e quando não teve mais jeito, me preparei para
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Capítulo 43
Donna Reid   Um beijo no nariz me acordou. Lutei para abrir meus olhos e focá-los corretamente, por um momento não soube onde estava. Então me lembrei da parada e do que fizemos em seguida e que Charlie havia sugerido que eu dormisse um pouco, o que foi maravilhoso. Eu estava precisando. Olhei para cima e Charlie estava inclinado sobre mim. Ele estendeu a mão e afastou alguns cabelos rebeldes do meu rosto. — Hora de irmos, princesa. — Quanto tempo eu dormi? — soltei um bocejo, o qual, eu tratei de esconder com a mão. — Não muito. Mas o suficiente para descansar um pouco. Ele já estava vestido, fui logo fazendo o mesmo e depois de tomar um pouco de água, começamos a caminhada. O caminho que seguimos era íngreme e cheio de obstáculos. Não estava sendo fácil, pedi para pararmos, mas ele não aceitou, disse que devíamos continuar para chegarmos o mais longe possível antes de escurecer de vez. Foram três
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Capítulo 44
Donna Reid   Me aproximei de uma das casas e a porta estava aberta. A mulher agora chorava baixinho, e a voz de homem tentava acalmá-la. Adentrei e vi duas crianças sentadas, não deviam ter mais do que quatro e cinco anos. Mais ao fundo, vi a mulher deitada e o homem ao seu lado, segurando sua mão. — Com licença... — falei incerta, em espanhol. O homem se virou e arregalou os olhos. — Quem é a señorita? — disse numa mistura de inglês com espanhol, porém, carregado pelo sotaque. — Eu não vou lhes fazer mal... — senti a presença de Charlie atrás de mim e vi o homem pegar uma arma e apontar para nós assim que o viu também. Charlie fez o mesmo. Fiquei desesperada com aquela cena, ainda mais na presença das crianças. — Charlie, pelo amor de Deus, abaixe essa arma, tem crianças aqui... — toquei seu braço, ele não cedeu um milímetro, nem desviou o olhar. Vendo que ele não iria me atender, re
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Capítulo 45
Charlie MacAleese   Ouvir o que o tal Pablo falou, só serviu para reforçar a convicção que eu tive mais cedo de que este envolvimento com Donna está afetando minha capacidade de julgamento. Depois de fazer amor naquele penhasco, e ela adormecer em meus braços, acabei cochilando e despertei com um cão selvagem farejando alguma coisa na mochila e percebi o quanto fui descuidado. Assim como foi um animal, podia ser um rebelde. Porém, naquele momento não dei tanta importância. Contudo, durante a caminhada, aquele sentimento foi crescendo dentro de mim e eu constatei que acabamos ficando vulneráveis por culpa minha. Chegar a essa conclusão alterou meu humor e não ajudou em nada, Donna ficar todo o caminho reclamando nos meus ouvidos. O que acabou numa discussão acalorada por conta da sua teimosia. Ela era mimada e caprichosa, mas eu não podia negar que também tinha um bom coração e este, como ela mesma afirmara, a colocava em
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Capítulo 46
Charlie MacAleese   As primeiras horas até que foram tranquilas, embora mais lenta do que o esperado, pois não pudemos seguir um ritmo mais rápido porque o bebê ficava agitado. Enquanto as mulheres e crianças iam em cima da carroça, os homens iam andando em volta dela. Fizemos duas paradas para comer e em uma delas, Donna caminhou ao meu lado, até que os filhos maiores de Velasques a chamou para continuar a história que tinha começado a contar para eles. Eu a observava durante o trajeto, ela tinha uma facilidade incrível com as crianças. E quando segurou o bebê durante uma das paradas, vi o quanto ela pode ser maternal. Algumas vezes nossos olhares se cruzaram, e ela sorria para mim, fazendo meu coração disparar eu me sentir como um adolescente apaixonado. Em dado momento me questionei se acaso tivéssemos nos conhecido em situação diferente, será que teríamos nos aproximado? Será que haveria algum envolvime
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Capítulo 47
Charlie MacAleese   Após ouvir as palavras do homem, ditam num inglês carregado de sotaque. Percebi que Donna começou a oscilar ao me lado e num reflexo rápido, amparei seu corpo quando este perdeu as forças indo de encontro ao chão. — Santa madre de Dios (Santa mãe de Deus) — uma mulher corpulenta, aparentando ter uns setenta anos entrou no estábulo pela mesma porta que o homem tinha vindo minutos antes. — Esta joven necesita un baño caliente y un buen plato de comida (essa jovem precisa de um banho quente e bom prato de comida) — de fato Donna parecia no limite da exaustão. Ao chegar perto, ela olhou para mim. — Y tú también, muchacho. Parece que no duermes en días (e você também rapaz. Parece que não dorme há dias). Ela não estava errada. — Madre... — o homem fala e ela o interrompe. — Dónde están tus modales Hernandes? No escuchaste qu
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Capítulo 48
Charlie MacAleese   Ela estava sentada e não dormindo como imaginei. — Achei que estivesse dormindo. Se sente melhor? — digo me sentando ao seu lado, mal cabíamos os dois sentados naquela coisa pequena. — Sim. — Então, por que não dorme um pouco? — Não consigo dormir. Só consigo pensar que amanhã estaremos a caminho de casa. — Não vamos pegar esse barco. Segundo Velasques, tem rebeldes na área e no porto também tem. Mas a algumas milhas daqui tem um barco clandestino, era o que ele ia pegar com a família se o bebê não tivesse nascido antes da hora. — O que você acha? — Acho que é o melhor. — Confio no seu julgamento. — Que bom, porque decidi que vamos nesse. É menos arriscado para você. — Tudo bem. Quanto tempo até chegarmos a esse barco? — Aproximadamente um dia e meio de caminhada. — Depois de tudo o que vivi nos últimos dias, eu já estou acostumada
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Capítulo 49
Donna Reid Esperar era horrível.Abaixada entre a vegetação alta como forma de proteção, eu segurava a arma que Charlie tinha me dado, com as duas mãos. Passei a prestar atenção em cada som à minha volta. Parecia que fazia muito tempo que ele tinha saído, mas eu sabia que tinham sido só alguns minutos.Inquieta em meu esconderijo, eu estava começando a ficar desesperada porque ele não voltava.E se aconteceu alguma coisa?Eu não queria pensar essas coisas, mas era inevitável. E eu comecei a sentir uma agonia dentro de mim. De repente o ar parecia terrivelmente abafado e sufocante. Comecei a chorar e só percebi quando uma lágrima caiu sobre meu braço em frente ao corpo segurando aquela maldita arma.— Charlie, cadê você? — murmurei fechando os olhos. Estava come&cc
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