Ângela SouzaSaí do carro e caminhei até a porta da frente, fiquei ali de pé, como se esperasse alguém. Tento afastar os pensamentos da minha cabeça sobre o ocorrido dentro daquela sala, contudo, eles voltam de novo e de novo, repetidas vezes. Não entendo por que a minha mente se empenha em trazê-los de volta, pois, em cada respiração minha, eu podia sentir os meus pulmões arderem, assim como cada centímetro da minha pele, ainda estava em chamas.Meu corpo vibrou com os toques daquele homem, mesmo sabendo que aquilo era muito errado, porém, aquele ser obsceno, profano e de mente suja, fez com que por alguns segundos, eu não pensasse em mais nada, além daquela sensação deliciosa que tomou conta de mim por inteira.Enfim consigo me libertar das lembranças que tanto estão me atormentado, abro a porta e caminho rumo à escada. Quando subo dois degraus, ouço a voz de Nina.— Como foi a aula filha?— Péssima e não quero mais voltar para aquele lugar — senti meus olhos arderem e algumas lágri
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