Todos os capítulos do Cicatrizes e Demônios — Trilogia Jornadas do coração: Capítulo 31 - Capítulo 40
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Capítulo 30
— Você precisa de uma mulher, urgentemente! — Andy zombou enquanto terminava de beber sua longneck. Bebi alguns goles da minha enquanto revirava os olhos. Meu psicólogo não gostaria de ver isso, mas foda-se, não aguentava mais ficar sem colocar uma gota sequer de álcool em minha boca. — Sem essa! — Brinquei, me recostando na cadeira e cruzando os braços. — Mulher só traz problema e o tipo de relação que quero não vai agradar nenhuma delas. — Dei de ombros, rindo. — Credo, parece até um serial killer falando. Tenho gostos peculiares, você não entenderia. — Ela balançava as mãos enquanto falava, tentando imitar minha voz e isso arrancou gargalhadas de mim. — Fala sério, que gostos estranhos são esses? Bebe cerveja de canudinho de madrugada? Dorme de pantufa? — Eu ria tanto que minha barriga doía e me faltava o ar. Só então percebi que era essa a intenção dela. Andy queria me fazer esquecer dos problemas, por isso quase me arrastou pela gravata para o pub que ficava duas esquinas
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Capítulo 31
Terminei de colocar as roupas e olhei em volta, procurando um papel e uma caneta em algum lugar do apartamento de Cassie. Achei um pequeno bloco de post-it em cima da mesa dela, escrevi rapidamente um bilhete agradecendo pela noite, deixando-o em sua cabeceira e fui embora. Nunca gostei de dormir fora de casa, ou em casas desconhecidas e já havia aberto exceções demais para uma noite, essa estaria fora de cogitação. Precisava de uma longa chuveirada e minha cama. Estacionei a Bugatti na garagem e apoiei a cabeça no banco, respirando fundo, o relógio do carro marcavam 3:30 da manhã e me xinguei mentalmente por chegar tão tarde, sendo que precisaria estar na Jones as 7 horas para fazer as entrevistas com os futuros funcionários. Me arrastei até meu apartamento, fui tirando a roupa assim que bati a porta e corri para o chuveiro, tomando uma ducha rápida e me jogando na cama em seguida, sem me dar o mínimo de trabalho de colocar a roupa. Mal havia pego no sono quando ouvi algum barulho
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Capítulo 32
— Quanto mais incapaz você me julga, mais sucesso vou esfregar na sua cara! — Sussurrei, tentando manter a raiva sob controle. Minha mandíbula doía devido à força que fazia na tentativa de não despejar contra ele tudo que estava entalado dentro de mim a anos. Toda a frustração, a raiva, as humilhações, insinuações que ele sempre fez questão de fazer contra mim. Mas, isso não adiantaria, só mostraria a ele minhas fraquezas, armando ainda mais seu ataque, lhe dando ainda mais munição. Ele não merecia nem um segundo mais do meu tempo, não valia a pena. — Agora se você já terminou — Apontei para a porta. — Peço que saia, porque preciso trabalhar. — Você está me expulsando da minha empresa? — Ele deu tanta ênfase na palavra minha que era capaz de poder tocar as letras saindo de sua boca. — Não. — Dei a volta na mesa e me sentei novamente na cadeira. — Estou te pedindo com educação que saia da minha sala. Agora o que você fará depois é um problema exclusivamente seu! — Esse des
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Capítulo 33
Finalmente era sexta feira, não via a hora de cair na cama e dormir sem me preocupar com a hora, mas ainda precisaria aguentar mais um dia de trabalho. Ontem na volta para casa liguei para minha mãe para saber como estavam as coisas. Descobri que o David havia tido alta no começo da semana, por isso a visita inesperada a Jones ontem. Mas continuaria o tratamento de casa, fazendo fisioterapia e terapia da fala para evitar futuros problemas, fora isso, faria exames periodicamente para que não tivesse outro avc e para evitar outros transtornos de saúde também. — Bom dia meninas! — Falo assim que passo pela recepção e encontro as novas recepcionistas sentadas. — Bom dia senhor! — Ambas respondem em uníssono, mas percebo que uma delas me olha com segundas intenções. Valentina. Algo me diz que terei algumas dores de cabeça com ela em relação a isso. Rebecca já parecia mais na dela, educada, mas sem ultrapassar a linha tênue que dividia o profissional do passar dos limites. — Onde
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Capítulo 34
Minha mãe faz contato visual comigo e seus olhos quase imploram para que eu deixe essa história no passado. E por ela, somente por ela, estico a mão e aperto a dele. Por hora, vou tentar acreditar nele. — Agora vamos deixar você trabalhar, Leb. — Me levantei e fui até ela. — Tenta aparecer em casa esse final de semana. — Ela arrumava minha gravata enquanto falava. — Sinto sua falta, aquela casa fica tão vazia sem você. — Seus olhos marejaram e ela teve que piscar diversas vezes para impedir que as lagrimas caíssem. — Eu te ligo, combinando tudo mãe. — Dei um beijo em sua testa e outro em sua bochecha, demorando mais que o necessário. — Te amo. Ela assentiu e caminhou até a porta, onde David já a esperava, ele acenou para mim antes de sair e apenas concordei levemente com a cabeça. Assim que a porta se fechou, me joguei na cadeira, desafrouxando a gravata que me sufocava, mas sabia que não era ela. Sempre ficava assim depois da visita dele. Porra. A porta se abriu e estav
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Capítulo 35
Meu sangue fervia, ao ponto de quase conseguir sentir as veias borbulhando. Se isso fosse possível, já teria entrado em combustão. — Como aquele filho da puta teve coragem de fazer isso?! — Meu escritório estava um total caos. Meu computador agora estava no chão, fazendo companhia para o telefone fixo e mais um monte de papeladas que não me importei nenhum pouco em jogar ao chão, deixando minha mesa completamente vazia. Andava de um lado para o outro, tomando cuidado para não pisar em cima dos cacos de vidro dos copos que joguei na parede. — Eu juro que vou matar aquele desgraçado! — Não fazia o menor esforço para falar mais baixo. Estava pouco me fodendo para o barulho que estava fazendo. Precisava colocar aquela raiva para fora, ou acabaria sendo preso por homicídio. E pode ter certeza que será doloso! — Está tudo bem, Caleb? — A voz da Andy me fez virar bruscamente para a porta. Ela estava parada, segurando a maçaneta e com a boca entreaberta, analisando todo o escr
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Capítulo 36
Minha cabeça latejava e sentia meu corpo tremer, resultado de todo o estresse do dia. Daria tudo para uma dose de uísque, ou uma carreira de algo mais forte. Ao pensar nisso, notei que havia faltado na minha consulta com o Dr. Robert, suguei todo o ar que pude para os meus pulmões me amaldiçoando por ter esquecido de algo tão importante. Me despedi de minha mãe e segui até o carro. Bati a porta e liguei o ar condicionado, recostando a cabeça no banco do carro. Enxaqueca... Palpitações... Tremedeira... Passei a mão na testa. Sudorese em excesso... Irritabilidade... Merda! Estava tendo uma das minhas crises de abstinência. Como se meu cérebro finalmente compreendesse o que estava acontecendo, senti um arrepio percorrer a espinha, fazendo os tremores se intensificarem. Apertei o botão do painel que era conectado com o bluetooth do meu celular. — Ligar para Dr. Robert. — Fechei os olhos enquanto ouvia o celular tocando e torcia para que ele atendesse. — Pensei que
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Capítulo 37
Desembarquei em Chicago por volta das 22h, estava completamente exausto e só queria uma cama para dormir. Confesso que não queria ter que vir para cá, mas, precisava resolver pessoalmente alguns assuntos da Jones com alguns de nossos clientes e não poderia delegar esses assuntos para os funcionários da Jones. Ficaria somente alguns dias, ao menos era o que eu pretendia. Queria estar em casa na sexta, no máximo, acredito que conseguiria resolver tudo em 6 dias. Estar em Chicago trazia à tona todos os meus vícios e precisava me esforçar ao máximo para não cair no abismo novamente. Peguei minha mala no despacho do aeroporto e entrei no primeiro taxi que vi na área externa do desembarque. Recostei a cabeça no banco e sem perceber adormeci, só acordando quando já estava na frente do meu antigo apartamento que por sorte não tinha sido vendido. Paguei o motorista, peguei minha mala e segui para dentro da recepção. Como o apartamento ainda me pertencia, não precisei me identificar na
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Capítulo 38
Olhei de relance para a Mel e a vi se masturbando enquanto admirava nós dois fodendo. Mordisquei o mamilo da Snow, provocando mais alguns longos gemidos dela enquanto continuava subindo e descendo em mim, me levando ao paraíso e ao inferno ao mesmo tempo. Me torturando, a cada rebolada que dava. Caminhei devagar até a cama, ajoelhando no colchão e a deitando sob ele, sem diminuir as estocadas. Mel se colocou em cima dela, sentando a boceta em seu rosto e sem precisar mandar, Snow começou a chupa-la enquanto a penetrava com força. — Porra! — Era a visão do paraíso ver as duas fodendo bem na minha frente. Era o fetiche de boa parte dos homens, inclusive o meu. Mel gemia alto, se esfregando na cara da Snow, que gemia também. Ela cravou os dedos nas coxas da Mel, se prendendo ali, enquanto seu corpo chacoalhava para cima e para baixo, devido a intensidade das estocadas. A cada penetrada sentia sua boceta quase abraçando meu pau, inchando cada vez mais em volta dele. Me levantei
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Capítulo 39
Passei o resto do dia remoendo as lembranças daquele dia, sentia um aperto no peito como se fosse um aviso de que alguma coisa não estava bem. Algo de ruim iria acontecer. Fiquei inquieto, nada distraia a minha cabeça. Tentei me exercitar na academia do condomínio, mas não consegui fazer mais do que 20 minutos de exercício, piscina não adiantou, leitura, dormir, trabalhar... Absolutamente nada ocupava meus pensamentos. Estou sentado na frente da televisão, que não passa de um borrado para mim, algum filme passa na tela, mas não prende minha atenção. Meu olhar está fixo no teto, minha cabeça roda com todas as lembranças e só percebo que estou chorando quando sinto as lagrimas esquentarem meu rosto. Odeio esse sentimento. Meu peito pesa, como se tivesse alguém sentado sob ele e sei que é o primeiro sinal da ansiedade vindo à tona. As vezes queria nunca ter a reencontrado, ou saber que era adotado. Scarlett sempre foi muito transparente comigo em relação a isso, nunca escondeu
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