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Todos os capítulos do Meu (Delicioso) Colega de Quarto: Capítulo 61 - Capítulo 70
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61. Caos, segunda parte
Quando acorda, Emanuele percebe que está cercada de pessoas. Não as velhinhas de antes, mas enfermeiros aqui e ali. Ela também não está deitada num chão duro feito de pedra, mas numa maca.Mais uma vez ela estava na droga de um hospital.Carlos está ao lado dela, falando no telefone. Assim que ele a vê acordada, diz:"Deus do céu, Emanuele. Você me assustou pra caramba.""... Carlos?""Sim, e Johnny está vindo pra cá. Você está bem?"Tirando a tontura e o pânico total... Não.Emanuele responde num fio de voz:"Minha mãe morreu."Silêncio."É, bom, eu..." Murmura ele. "Essa parte eu entendi. Sinto muito, Emanuele. Mas... Porque estão dizendo que foi você quem fez isso? Isso é bizarro demais."Ela também não sabia. A ex ruiva olha para os lados, tentando se situar. A cabeça dói como se tivessem a golpeado com uma pedra."O você vai fazer?" Carlos pergunta.Respirando fundo, a ex-ruiva fala com toda a sincero de seu coração:"Não sei."Se todas aquelas pessoas estavam distribuindo folhe
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62. Caos, última parte
Carlos não os acompanhou até a delegacia. Com ar de preocupado, o rapaz disse que iria pedir ajuda a Amanda e Amora. Emanuele quase protestou, já antecipando o quão seria constrangedor ter que contar aquilo, mas...Seria inútil. De uma forma ou de outra, pelo jeito que as coisas estavam tomando proporção, elas acabariam descobrindo.Os policiais não foram desrespeitosos, apesar de um tanto taciturnos. Sob olhares acusadores e curiosos acompanhados de cochichos, a moça foi escoltada para fora do hospital. Johnny obviamente estava bem ao lado dela.Enquanto se dirigiam à viatura parada há alguns metros de distância, o namorado de Emanuele diz:"Não precisa falar nada pra ninguém sem a presença de um advogado. Eles vão te tentar te pressionar e se sentir acuada. Talvez até te levem a confessar um crime que não cometeu. Fique em silêncio.""Eu não tenho um advogado, Johnny.""Então eles são obrigados a disponibilizar um para você."Ao entrarem no veículo, nenhum dos dois abre mais a boca
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63. Restringida
A princípio, tudo o que Emanuele faz é ficar parada no mesmo lugar, incapaz de emitir qualquer som ou se mexer. As imagens agora estão em looping, o rosto da mulher no vídeo é idêntico o de Emanuele, o nariz, os olhos... Mas aquilo era absolutamente impossível. Só poderia ser um truque, uma armação.Johnny parece estar contemplando todas as opções cabíveis para a existência daquela pessoa existir, mas o delegado afirma o óbvio:"É claro que, como qualquer cidadão, você tem direito a um advogado. Mas esses vídeos estão famosos no lugar onde você vive, e devido a proporção que isso está tomando, temo que possa ser divulgado também na imprensa. Seria mais... Prudente se você apenas se entregasse."A ex ruiva olha para o homem da Lei e fala baixinho:"Não sou eu no vídeo."Ele quase solta uma risada sarcástica, mas o pânico nos olhos dela é tão visível que sorriso nem mesmo chega a surgir."Eu estive aqui nessa cidade durante meses. Pode perguntar a qualquer um, todos vão te dizer a mesm
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64. Entendimento
Emanuele não diz nada a princípio, apenas avaliando Joshua de cima a baixo. O que será que ele estava fazendo ali e, principalmente, o que quis dizer com aquela frase?Johnny ergueu uma das sobrancelhas. Apesar de os dois homens terem feito as pazes formalmente, ele ainda a defenderia ferozmente de qualquer um que se aproximasse.A moça limpa a garganta antes de perguntar:"O que quer dizer?"Joshua põe uma das mãos nos bolsos e mostra a ela um pedaço de papel... É o mesmo folheto que as mulheres da igreja estavam distribuindo pelas ruas."Vim aqui prestar apoio. Soube que estava na delegacia porque tive tempo de te ver entrando na viatura ao sair do hospital.""O quê? Mas espera um pouco, como você sabia que eu estava no hospital?""Carlos me contou."A moça olha para Johnny, e ambos se fazem a mesma pergunta: quando? E por que? Carlos tinha um total de zero motivos para comunicar especificamente a Joshua. Seria mais plausível que o garoto tivesse avisado às gêmeas e a Andrew.O anti
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65. O desabafo de Joshua
A curta viagem até o prédio tanto de Johnny quanto de Joshua é curta e silenciosa. Emanuele faz questão de manter uma distância respeitável do homem, evitando qualquer tipo de mensagem errada. A atração que a moça antes tinha por ele agora havia se transformado num sentimento estranho, uma espécie de mágoa com ressentimento. Talvez até mesmo raiva.Joshua parece notar o desconforto de Emanuele, e apesar de se entristecer com aquilo, não se ofende ou a trata de forma diferente. Apenas olha de soslaio para ela enquanto o táxi termina o seu trajeto.Quando eles finalmente chegam, Emanuele olha para a padaria do outro lado da rua, pensando em tudo o que havia acontecido desde então. Só de lembrar do acontecido na fila do estabelecimento, ela fecha a cara.Joshua murmura:"Sinto muito."E pela primeira vez na vida, a moça não tenta parecer compreensiva ou boazinha. Ao invés disso, responde de forma ácida:"Imagino que sim."A curta caminhada até o elevador é marcada por um silêncio senso
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66. Cortando pela raiz
O coração de Emanuele está batendo tão forte que ela teme ter um ataque bem ali mesmo, na frente do homem ajoelhado.Joshua, um homem com mais do dobro da altura da moça, de joelhos por ela. Parecia inacreditável.Ele não parece estar satisfeito ainda, parece ter muito mais coisas a dizer, mas a moça não pode permitir aquilo. Porque o calor esquisito, fosse o que fosse, estava subindo não apenas para as bochechas, mas outros lugares também...Emanuele se põe de pé rapidamente, tentando não gaguejar ou parecer muito boba quando fala:"Olha, Joshua, eu fico feliz em saber que você está disposto a mudar sua visão de vida e lutar pela sua felicidade, mas-"Ele também se levanta, mas não faz nenhuma questão de diminuir a distância entre os dois. Se quisesse, ele poderia até mesmo encostar os lábios no dela."Mas eu não posso fazer absolutamente nada em relação a esses seus... Hm, sentimentos recém descobertos."A voz de Joshua é lasciva, até mesmo provocativa quando ele pergunta:"É mesmo?
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67. Decisão certa
Joshua recua imediatamente, um misto de confusão e decepção surge em seus olhos. Emanuele vê aquilo como um bom sinal. Afinal, pelo menos está indo para LONGE dela, e não mais perto.Johnny não merecia aquilo, ter uma namorada infiel que suspirava por um homem mais velho com problemas emocionais. Pensando em retrospecto, a garota sentia verdadeira vergonha pelos vacilos do passado, pela falta de assertividade. Emanuele aproveita o silêncio de surpresa de Joshua para continuar:"Resolvi dar esse passo assim que Johnny me pediu em namoro. Senti que essa era a coisa certa a se fazer. E... Bom, agora que eu e ele estamos juntos, e oficialmente, é totalmente inadequado o que você está me dizendo agora."A moça parece ter dificuldades para deixar a voz mais fluída e menos cansada, mas todas as emoções daquele dia estão acabando com os seus músculos, incluindo as cordas vocais. Ela prossegue com seu desabafo:"Percebe o quão estúpido e indelicado você foi? Você disse que queria se desculpar
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68. Viatura
"Não."O murmúrio de Emanuele é tão assertivo, apesar do volume baixo da voz, que Joshua imediatamente recua.Ambos olham um para o outro, notando a respiração ofegante que exala dos dois, o ruído que soa no ambiente.Ele calculou errado. O brilho dos olhos dela não eram de paixão, reconhecimento ou até mesmo a atração que ele tinha certeza que ela sentia por ele. E sim... Dor.A culpa na voz dele é indisfarçável."Me desculpe, Emanuele. Não quero magoar você, não quero te ferir. Eu juro."Joshua realmente estava arrependido. Deveria ter prestado mais atenção aos detalhes, diminuído o ritmo de seus próprios instintos. Ele queria tomá-la para si, reivindicar o que era seu por direito. Mas como fazer aquilo quando a própria posse não se sentia bem com isso?Emanuele olhou no fundo dos olhos dele.Talvez ele estivesse certo. Talvez ela não amasse Johnny como deveria amar. Mas aquilo não significava absolutamente nada.Ela precisava saber, no entanto, porque aquela curiosidade tão grande
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69. Questões de segurança
Como uma maldita covarde, Emanuele parou de andar imediatamente. Em pânico, a garota começou a olhar para os lados e para trás, pensando se valia a pena sair correndo ou se esconder.Porque aqueles policiais estavam conversando justamente com Alexandra? O próprio delegado avisou que, até que a questão das impressões digitais fossem resolvidas, ela não tinha com o que se preocupar.Será que o detestável do Crimson havia mudado de ideia e dado a ordem para prendê-la de forma preventiva? Aquilo só podia ser um pesadelo terrível.Emanuele apalpa o nariz quebrado, que a essa altura já deveria estar bem. Engolindo em seco, ela chega à conclusão que fugir é inútil. Uma hora eles a achariam, e na verdade seria pior se ela resistisse, não é? A moça tinha certeza que isso poderia adicionar alguns anos a mais de reclusão na pena.A passos lentos de como quem caminha para a própria morte, Emanuele vai diretamente até os policiais. Alexandra arregala os olhos de susto ao ver a garota."Emanuele, o
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70. O segredo de Alexandra
"O quê?" O murmúrio de Emanuele ecoa pelo ar ao redor dela, como o último suspiro de um moribundo ou a palavra final de um condenado antes da execução propriamente dita.Alexandra não está sendo malvada, maligna ou demonstra qualquer traço de prazer ao ver o óbvio sofrimento da garota. Muito pelo contrário; a irmã de Joshua parece estar tomando uma decisão sábia, mas dolorosa."Não estou dizendo que acredito que você seja uma... Uma assassina. Mas realmente não posso manter você no meu apartamento até que tudo isso esteja devidamente esclarecido.""Mas eu já esclareci tudo!". Emanuele dá dois passos em direção à Alexandra, fazendo de tudo para não demonstrar seu desespero, pelo menos não em sua totalidade. "Não tem nenhuma explicação que sustente essa acusação absurda que fizeram contra mim!""Emanuele, por favor, entenda. Eu sou uma empresária, tenho certo renome e preciso zelar pela minha reputação. Não sei como esse caso está sendo tratado publicamente, mas sei que há uma pequena
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