MILENA—Vá para casa, menina, Señor Pedroza não a quer ver—, disse-me novamente o intimidante e arrojado guarda no portão, de uniforme escuro e boné visado. Não houve compaixão na sua expressão enquanto me olhava de frente.Quase todos os dias, nos últimos cinco dias, tinha estado à espera durante longas horas, de pé no enorme portão de ferro da mansão Pedroza, independentemente do tempo. Estava com fome, sede, a tremer de frio, mas aguentei tudo. O meu espírito de luta era tão forte que ultrapassei o cansaço que me oprimia.—Por favor, preciso de ver o meu avô. É uma questão de vida ou de morte—, eu era como um disco riscado, implorando-lhe a mesma coisa todos os dias.Ele suspirava com um olhar irritado no rosto:—O professor diz que não o conhece.—Porque não? Sou sua neta—, insisti, embora já lhe tivesse dito demasiadas vezes, —a minha mãe é a sua única filha.—Que ele não reconhece—, deu um passo em frente, tentando intimidar-me, —vai para casa agora. Ele ordenou-nos que nos livr
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