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Todos los capítulos de Codinome: Delta: Capítulo 61 - Capítulo 70
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Capítulo LX
Por alguns instantes, o tempo pareceu paralisar-se por completo. Após meses de um intenso pandemônio sem fim, todos os sobreviventes envolvidos no presente conflito se olhavam entre si, avaliando o impacto da revelação que acabara de sair dos lábios de Solomon Locke. O temível doutor Brandon Davis, virologista chefe da Organização Ômega e principal responsável pela criação do vírus Orpheu era, na verdade, Arthur Locke, o filho que Solomon vinha procurando há muito tempo. A figura do pai, não abrindo mão de sua autoridade e, quem sabe, de sua misericórdia, enfureceu Arthur, que rapidamente abriu a porta do carro, se projetou para fora e rolou ao chão, sacando novamente a pistola e atirando na direção de Alex e Solomon. Alex puxou o companheiro para atrás de uma coluna grossa de concreto para que pudessem se proteger do disparo. — Solomon... por que não nos contou? — perguntou Alex, nitidamente indignado com a sequência de acontecimentos.— Não faria diferença, Alex! — a voz de Solomon
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Capítulo LXI
Beatrice avançou na direção da megahorda, agarrando firmemente a sua faca de combate. Os mortos olhavam para a jovem, estáticos, sentindo todo o peso da eterna condenação. Seus reflexos letárgicos não viram quando ela saltou sobre eles e cravou a lâmina no primeiro crânio e o primeiro cadáver cair violentamente ao chão. O coração de Beatrice acelerou freneticamente, pois ela esperava que o imenso grupo avançaria em sua direção para vingar o companheiro abatido. Para sua surpresa, entretanto, a horda pareceu não notar sua presença e continuou avançando, enquanto a jovem continuava em pé, fitando a multidão apodrecida que caminhava. Foi então que ela se deu conta de que o doutor Hurley tinha razão. A amostra do Orpheu foi um sucesso e, de fato, ela estava imune ao ataque dos Carnívoros. Beatrice reuniu suas forças e avançou para o seu segundo alvo. Uma criatura, antes uma mulher ruiva, no auge dos seus trinta anos. A faca foi cravada de maneira eficaz em seu crânio e o segundo monstro
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Capítulo LXII
O clima era absurdamente sombrio e tenso quando o doutor Brandon Davis chegou ao laboratório provisório da Organização Ômega. O virologista estranhou assustadoramente o fato de a doutora Kassandra Winslet estar em pé, na abertura da caverna, com uma expressão séria, sem resquício algum do costumeiro deboche que ela costumava ostentar. Seu olhar estava profundamente amedrontado e, assim que avistou o doutor Davis, ela apressou o passo ao encontro dele. — Por favor, me diga que o hospital foi tomado! A voz da mulher estava carregada de urgência e agonia, o que fez com que Brandon desistisse imediatamente de tecer qualquer comentário irônico ou tentasse esconder a situação com qualquer outro assunto. — Eu... enviei um exército de mortos para invadir o hospital. Havia centenas deles contra o grupo da doutora Zhang e aquele policial intrometido! Tive que fugir do local, pois aqueles desgraçados do Bruce e do Frank resolveram passar para o outro lado! Furiosamente, Kassandra agarrou Bra
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Capítulo LXIII
Embora estivessem livres da ameaça dos Carnívoros, pelo menos por ora, Alex Stevens e os outros sentiram muito a perda de Lancelot. Era inaceitável o fato de ele ter se sacrificado para que o hospital não fosse tomado pelos mortos-vivos. Eles precisaram se reunir rapidamente para discutir a estratégia para seguir para a biblioteca de Westfield e procurar pelo antivírus. Um silêncio mórbido reinou entre o grupo e ninguém tinha vontade de proferir nenhuma palavra a respeito de assunto algum. Alex foi quem tomou a iniciativa. — Pessoal, infelizmente não teremos muito tempo para sentir o luto por Lancelot. O fato é que se não fosse pelo que ele fez, nós não estaríamos reunidos aqui e... talvez também nenhum de nós estaria vivo. Por mais difícil que seja, precisamos suportar a dor e continuar de onde paramos. — Talvez a maior parte dos mortos já tenha sido eliminada! — sugeriu Sahyd — Aquele grupo numeroso que o doutor Delta trouxe para cá se deslocou para o fundo do bosque. Talvez o cam
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Capítulo LXIV
O dia amanhecia sombrio em Westfield, como era de se esperar. Nem mesmo os intensos raios de sol que atravessavam violentamente as nuvens espessas eram capazes de iluminar aquelas terras tão manchadas pela maldade. O vento não soprava para dar um alívio ao calor quase insuportável. O odor de carne em decomposição invadia qualquer ambiente em que se estivesse. Os membros do grupo que conseguiram dormir apenas o conseguiram porque estavam extremamente esgotados, face ao horror e às tribulações aos quais estiveram expostos. Alex Stevens aguardava os outros sobreviventes no saguão do hospital. Ele conferia os pentes de munição e os suprimentos que iriam levar na travessia até a biblioteca. Ninguém, com exceção talvez do doutor Hurley, sabia o que os esperava dentro daquele prédio. O comunicador bipou próximo dali e Alex atendeu. "Bom dia, sobrevivente! Espero que esteja p-pronto para o próximo passo. V-vocês foram excelentes no último confronto, pelo que eu soube. T-temo que a próxima tr
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Capítulo LXV
Há quinze anos...O inverno predominava no grande jardim da família Yagami, porém não era rigoroso a ponto de espantar as duas crianças que brincavam alegremente, colhendo os primeiros lírios que milagrosamente sobreviveram ao frio de Westfield. A pequena Salma corria exibindo as flores em seu cesto, sorrindo para o seu irmão mais velho. — Onde estão seus lírios, Kai? Ouvi você dizer que eu não veria nem a cor deles! — No ano passado, eu peguei todos os lírios. Acho justo que você pegue os seus esse ano! — desculpou-se Kai, obviamente usando um pretexto para disfarçar a sua derrota. — Não pareceu que você quis deixar seus lírios para mim! — Fez um esforço tão grande para procurar por eles. — Tá bom, eu admito! Esse ano você foi mais esperta. Não se pode vencer todas! Mas na próxima vez, não irei facilitar. Salma e Kai caminhavam lentamente a despeito do vento frio e rigoroso que soprava em seus rostos. A menina olhava atentamente para os lírios em sua mão e sorria, o que desperto
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Capítulo LXVI
Um ano se passou desde que Salma Yagami morreu, em sua plena juventude. Na ocasião, quando fechara os olhos para sempre, o rosto da jovem não ostentava uma expressão de sofrimento e sequer parecia sentir a presença da morte. Salma parecia dormir no mais alto grau de tranquilidade e sua face parecia resplandecer a luz mais clara que um rosto poderia ter. Masami e Leona Yagami conheciam bem a enfermidade que ceifou a vida de sua filha e estavam evidentemente entristecidos e sentiam um imenso pesar. Entretanto, o golpe da perda foi muito mais forte em Kai Yagami, que amava a irmã de todo o seu coração. Salma era para ele como um farol que guiava os marinheiros perdidos no oceano. Ela sempre lhe dava conselhos, sabia lhe dizer as palavras exatas sempre que o jovem se sentia entristecido. Salma era pura e bondosa de coração e sentia empatia por cada ser vivo que pisasse na terra ou voasse pelos ares. Para Kai, era inconcebível que uma alma tão extraordinária como Salma pudesse ter sido lev
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Capítulo LXVII
O amanhecer apontava sobre as terras que sustentavam os destroços de Westfield. Os primeiros raios de sol atravessavam a densa névoa gerada pela poluição, fazendo com que o calor aumentasse, se tornando próximo ao insuportável. Além do ar extremamente pesado, o cheiro de morte estava presente em praticamente todos os lugares. Nenhum raio de sol havia chegado ao paço próximo à biblioteca "Vale do Eclipse". Na porta de entrada da biblioteca, a doutora Kassandra Winslet, de braços cruzados, observava enquanto Mia Zhang caminhava lentamente em direção ao prédio. Claramente, Kassandra tinha a intenção de bloquear a entrada da agente secreta, que continuava se aproximando, até que subiu tranquilamente os três degraus que davam acesso às portas duplas da biblioteca. Ela parou em frente à Kassandra, que sorriu de maneira sarcástico e exclamou:— Apesar do desprazer de sua presença, estou muito feliz em vê-la. Isso só prova que eu estava certa o tempo inteiro... você nos traiu está trabalhando
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Capítulo LXVIII
A horda de mortos-vivos, cães e abutres infectados se dissolvia rapidamente com o ataque do Kraken-Dylan que, furiosamente, esmagava e pisoteava as criaturas, limpando a estrada até a biblioteca Vale do Eclipse. Beatrice parecia passar os comandos de ataque ao monstro que, para surpresa de todos, obedecia a jovem e por incrível que pudesse parecer, poupava os sobreviventes de seu ataque. Kai correu até perto do Kraken e gritou para o alto. — Pirralha! Desce já desse bicho!— Está tudo bem! — respondeu Beatrice — Eu acabei descobrindo que consigo me comunicar com o sistema nervoso de Dylan. É mais uma característica do Orpheu! — E como foi que você descobriu isso?— Eu não sei! — ela respondeu, se segurando firme para não cair das costas de Dylan — Eu só pensei em tentar e deu certo! Dylan avançou uma vez mais, abatendo outro grupo de Carnívoros. Outra pequena horda surgiu correndo na direção do embate, ao que Alex iniciou um contra-ataque, disparando com a Magnum diretamente nos cr
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Capítulo LXIX
O Marco Zero de Westfield era um amplo espaço, onde uma infinidade de eventos e reuniões culturais eram realizadas, acolhendo autoridades de outras cidades e também de nações que buscavam referências culturais e econômicas. Não havia um dia em que o paço do Marco Zero não estivesse repleto de pessoas. Quando não havia eventos, os jovens gostavam de ocupar o espaço para jogar conversa fora, tocar violão e contar mentiras que jovens contam. Após o surgimento do vírus Orpheu, porém, o Marco Zero se transformou em uma espécie de mausoléu melancólico. Não havia mais ninguém no espaço cultural e, como se não bastasse, a atmosfera do lugar era extremamente pesada, tornando o paço praticamente impossível de se permanecer. Alex pôde sentir a tristeza no ambiente onde enfim ele e seu grupo se encontravam. Após uma batalha terrível contra os Carnívoros, ele via que a meta estava ali, à sua frente. A chave para o antivírus estava dentro do prédio da biblioteca, ou pelo menos, Alex esperava que
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