***GAYA MATARAZZO*** André interrompe abruptamente nossa caminhada, mas mantém firme o aperto em minha mão. Lorenzo se aproxima com uma expressão preocupada. — Doutor, temos um imprevisto… — Já vi, Lorenzo. — O que o senhor quer que eu faça? — Está tudo bem, eu resolvo… só recolha a motocicleta pra garagem, por favor. O homem assente com um meneio de cabeça e vai atender à solicitação do chefe. Assim que o segurança se afasta, fixo meus olhos em André, que parece estar à beira de um ataque de nervos. — Quem é aquela mulher, Déco? O que ela faz aqui? Ele não responde de imediato. Observo-o engolir em seco, como se estivesse enfrentando algo indigesto diante da presença daquela pessoa. Com as mãos na cintura, ele inclina a cabeça para trás, contemplando o céu sem nuvens. Só após um suspiro profundo é que ouço sua voz novamente. — Gaya, eu… bom, você sabe que sou viúvo, não é? — Sim, eu sei. — Bom, aquela mulher na varanda é Amélia, mãe da minha esposa. — E por que ela está a
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