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Todos os capítulos do Contrato Inevitável: Capítulo 51 - Capítulo 60
60 chapters
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ELENA NARRANDOEu estava mexendo na caixa misteriosa com os documentos. Fiquei de saco cheio de esperar as respostas de Marcos e decidi agir por conta própria. Eu liguei no único telefone salvo naquele celular e marquei um encontro com a pessoa do outro lado da linha. Tudo bem, eu não tinha como saber se isso me colocaria em risco ou não, mas considerando que essa caixa tinha a ver com o dia do acidente, eu precisava descobrir! Preciso entender melhor porque eu cobri minha identidade e me chamei de XX nesses negócios, e qual o motivo de terem sido negócios tão secretos. Quer dizer, considerando que negócios são feitos as claras, por que as ações dessa empresa são tão mascaradas? Por um acaso eu lavava dinheiro? Era uma criminosa ou coisa do tipo?Em busca de saber o que aconteceu no dia em que perdi meus pais, eu escolhi uma boa roupa, um vestido preto até o joelho e entrei no papel de investidora. Eu não sabia em que tipo de tanque de tubarões cairia, mas sei que morrer eu não vou. S
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DIMITRI NARRANDOFiquei extremamente nervoso ao perceber que Elena havia ido em algum lugar sem me falar. Temo pela vida dela agora que Elle está a solta, ela não pode sair desse jeito... Eu liguei pra ela, e ela garantiu que estava vindo. Eu disse que iria busca-la, mas ela se apressou em vir, então, a esperei na garagem do prédio.Quando finalmente vi o táxi entrando pela garagem com Elena, meu coração se acalmou. Eu senti um alívio imenso. Ela estava segura, agora.Elena desceu do carro e veio andando em minha direção, mas eu fui mais rápido em me apressar e levar ambas as mãos até sua cintura, para assim, colar seu corpo no meu e depois, colar seus lábios nos meus. Comecei a beijá-la no estacionamento, beijo que foi retribuído de forma carinhosa por ela. Quando o finalizei, senti que já era hora de falar tudo que sinto, tudo que senti e pedir perdão por tudo que fiz contra ela.— Elena, meu amor... — Eu levei as duas mãos até o rosto dela, a fazendo me olhar. Ela me olhava nos olh
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ELENA NARRANDOAquela confissão de amor de Dimitri me deixou um pouco nervosa. Eu não posso confessar tudo que sinto agora, apesar de ter feito de certa forma. Preciso resolver tantas coisas que me pergunto se tenho espaço para um relacionamento na minha vida, por mais que goste dele. Às vezes eu tenho medo de ter permanecido por aqui para usá-lo, para de alguma forma descobrir o que aconteceu no acidente. Isso faz com que eu me sinta horrível...Mas depois eu olho para ele e mudo completamente minha cabeça. Lembro-me de quando me entreguei a ele pela primeira vez e sinto meu rosto corar. Tudo que Dimitri me faz sentir é intenso, gostoso e diferente. Eu não posso negar o que sinto por ele, não mesmo. Tudo que sinto é, com certeza, muito real. Mas ainda assim, tenho meus medos.Enquanto Dimitri dirigia de volta para casa, eu via a paisagem do lado de fora. Pensava no acidente que aconteceu há três anos e ceifou a vida dos meus pais... Será que algum dia serei capaz de esquecer isso? Eu
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ELENA NARRANDOQuando já era bem tarde, eu ouvi Dimitri se levantando da cama. Marcos havia saído fazia um tempo e me deixado com a pulga atrás da orelha, pois descobrimos muitas informações na internet, com algumas pesquisas simples. Eu precisava conversar com Dimitri sobre o acidente, para tentar entender mais sobre esse assunto.Fui até o quarto e Dimitri estava tirando a camisa, e se espreguiçou, exibindo seu corpo lindo para mim daquela forma. Eu sorri de forma maliciosa mas depois percebi o que estava fazendo e fiquei vermelha.— E esse rostinho lindo e vermelho, hm? — Ele disse, reparando em mim. Eu ri comigo mesma.— Deixa isso pra lá, Dimitri...— Por que está vermelha? É por que estou sem camisa? — Perguntou e eu concordei.— É porque você está lindo assim. Eu gosto do seu corpo e... Você se esticou todo... Foi bonito de ver. — Ri ao falar e ele também.— Obrigado. Vem cá, por que você não encosta um pouco no corpo que você achou tão lindo, hm? — Ele disse, levando as duas m
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ELENA NARRANDOEu passei a noite inteirinha pensando em como contar para o Dimitri que eu sou o XX. Estou com medo de causar uma decepção ou coisa do tipo. Eu só quero que não existam mais segredos entre nós, então, decidi que hoje irei contar para ele. Assim que levantei da cama e o vi se trocando para o trabalho, perguntei para onde ele iria.— Onde vai? Pra sua empresa ou pra empresa do seu pai? — Questionei.— Pra minha. Quer carona para algum lugar? — Ele falou e eu neguei com a cabeça.— Não, obrigada. Eu vou ficar por aqui, mesmo. — Menti.Sentamos à mesa para o café da manhã e começamos a comer. Nossa empregada fez um café maravilhoso, digno de restaurante. Tomamos e foi extremamente gostoso, e depois, Dimitri se despediu de mim com um beijo na testa. Por algum motivo, tive um pressentimento ruim quando ele saiu, mas deixei pra lá. Era como se eu soubesse que algo aconteceria comigo, não sei.Peguei minha bolsa e peguei um táxi, indo até a empresa de Dimitri. Pedi que Marcos f
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MARCOS NARRANDOQuando Elena saiu de perto de nós dois, Timmy me olhou nos olhos de forma diferente e assustada. Ele desfez o sorriso doce e começou a falar coisas sem sentido, com lágrimas nos olhos.— Você acreditou em toda aquela baboseira de amor, Marcos? Somos homens adultos, pelo amor de Deus... — Ele disse, completamente transtornado e desfigurado. — Eu não quero saber de você ou de qualquer coisa relacionada a você. Eu preciso resolver minha vida de uma vez, e o jeito mais fácil não é saindo de casa. — Eu arregalei meus olhos, chocado ao ouvir o que ele estava falando.— Do que você está falando, Timmy? — Ele negava com a cabeça e colocou uma das mãos no meu ombro.— Marcos... Eu não sou gay. Te beijar foi um sacrifício pra mim. Eu te usei pra me aproximar do meu irmão e da Elena, porque assim, seríamos parceiros e teríamos um segredo. E pra ajudar um pouco mais, você sempre me falou muito sobre as empresas... Inclusive sobre a empresa do meu irmão. Graças a você, eu descobri
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DIMITRI NARRANDONós estávamos procurando a Elena feito loucos, mas nada parecia adiantar. De repente, eu tive uma ideia: Pedir para os seguranças voltarem as câmeras para vermos os passos de Elena.— Vamos até a sala de câmeras, por favor! — Eu disse. Os dois pararam de brigar e me seguiram.Quando chegamos até a sala de câmeras, eu falei com o segurança o que havia acontecido e ele disse que não havia notado nada de diferente, mas que ele iria investigar. A intenção dele era voltar as câmeras e procurar Elena. Então, enquanto voltava, percebemos que Elena havia entrado na empresa, ido até Timmy, depois saído... Depois, entrou novamente e foi ao banheiro. E depois, saiu acompanhada de uma moça de moletom! Era A Elle, com toda certeza!Aquilo me deixou profundamente irritado. Minha equipe de segurança não é capaz de impedir uma pessoa estranha de entrar, todo mundo será demitido! Isso é culpa deles.— Quando eu voltar, vou demitir todos vocês! — Eu disse, nervoso. Ele arregalou os olh
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ELENA NARRANDO— Você se acha extremamente importante, mas não é. Você não passa de um resto, ninguém liga pra sua família ou para o que você faz, querida. Você é só um monte de bosta e logo será um corpo morto. — Disse.— Se você acha que vou desistir sem lutar, você não me conhece. Eu sobrevivi a um acidente de carro muito pior do que um tiro, Elle. — Eu falei, enquanto ela apontava a arma pra mim.— Olha, Elena, você quer saber o real motivo disso tudo? — Elle disse, e eu apenas fiquei em silêncio. — Minha filha tá morta.— Nossa. — Eu só consegui dizer isso. — Eles vieram me salvar porque eu prometi que além de te matar, doaria medula para a garota. Ela tinha leucemia, acabou morrendo. — Ela disse, sem nenhum remorso ou sentimento. — Agora, você é minha única chance de entrar pra aquela família. Não consegui manter a criança viva... — Ela deu os ombros. — Então eu compro minha passagem para essa família com a sua morte.— Você jamais vai conseguir entrar para uma família que te re
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ELENA NARRANDOMeus sentimentos estavam a flor da pele. De repente, vi a maca com Dimitri sendo transportada para outra área do hospital e aquilo me fez tremer ainda mais. Eu abri minha bolsa e peguei um comprimido para a síndrome do pânico, tomei e respirei de forma profunda, tentando me acalmar. Que droga, que droga!— Calma, Elena... — Marcos se aproximou de mim e me ofereceu um abraço. Eu o abracei e encostei meu rosto em seu peito, chorando de forma desesperada.— Eu estou apaixonada por ele! Eu devia ter dito que o amava mais vezes, eu devia ter confessado todos os meus sentimentos antes disso acontecer! Estou tão arrependida! — Falei, chorando.— Se acalma, minha prima... O que tiver que ser, será. Eu torço para que as coisas dêem certo para vocês, mas se não der, saiba que estarei aqui para recolher suas lágrimas. — Ele afirmou e eu concordei com a cabeça.— Obrigada por estar presente como um pai pra mim, Marcos. — Eu disse.— Não precisa me agradecer. Sou um homem de palavra
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DIMITRI NARRANDODepois de tudo que aconteceu comigo e com Elena ao meu lado, eu consegui sobreviver e acordar. Eu fui moldado naquela cama. Vi quem realmente eram as pessoas de valor na minha vida, e quem precisava partir dela. Meu irmão me pediu perdão, Marcos esteve sempre ali cuidando de Elena enquanto eu não estava disponível... E por incrível que pareça, meus pais não apareceram em nenhum momento. Nem minhas tias. Pelo visto, a única coisa pra que eu servia, era pra dar entretenimento para eles. Por isso, eu jamais voltarei ali e não vou mais ligar para o que eles pensam. A única pessoa que esteve ao meu lado o tempo todo é aquela que merece toda minha atenção: Elena Romano.Alguns dias se passaram, e eu ainda estou no hospital. Preciso ficar aqui, estou fazendo uma porção de exames, mas estou voltando ao normal. Minha voz já melhorou muito e eu estou tomando banho sozinho.Depois de sair do banho, vi Elena conversando com Marcos, na porta do quarto. Eu acenei para ele e ele ace
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