O salão estava cheio era sempre assim, todo ano a mesma palhaçada, gente falsa e hipócrita. Todos se dizem finos, elegantes, a favor da moral e dos bons costumes, mas só quem convive de perto com eles, sabe a podridão que é esse mundo. Estamos todos reunidos hoje para comemorar o aniversário do meu marido, Enrico Bragon. Caminho pelo salão com uma taça de champagne nas mãos, as pessoas sorriem para mim com seus sorrisos falsos aos quais retribuo com a mesma falsidade. Meus olhos passam por todos os rostos, à procura do meu marido, mas ele não está em nenhum lugar.Isso é a cara dele, sumir do nada. Nos primeiros meses de casamento não acontecia, eu sempre sabia onde ele estava, mas de uns tempos para cá, as coisas mudaram. Entramos em crise, mas na frente de todos temos de manter as aparências, pois ele como grande empresário bem sucedido não pode ter seu nome envolvido em escândalos. Cumprimento algumas pessoas que nunca vi na vida, mas todas elas sabem quem eu sou e sorriem para mi
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