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Todos os capítulos do A funcionária do mês : Capítulo 1 - Capítulo 10
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Fora da rotina
A porta do quarto abriu abruptamente, fazendo-me dar um pulo na cama e olhar na direção da invasora. Ana tinha uma expressão exausta e os olhos cheios de raiva estavam prontos para invadirem o quarto junto de sua energia furiosa. Eu poderia dizer que aquilo era minha culpa, se ela não fosse rápida o suficiente para me gritar.— Lana! — Sua voz saiu estridente, levando meus ombros a se encolherem. — Você não tem esse direito!Eu não tinha ideia do que ela poderia estar falando, mas deveria ser algo de muito ruim, mesmo que eu tentasse não errar em nada para que não precisasse ver aquele tipo de reação. Pensar nisso me levou a apenas suspirar.— Você pode usar mais as palavras e me explicar — falei por fim, desistindo de descobrir o que aquela doida estava querendo.— Eu te convidei para ir à balada e você me disse que não poderia, pois voltaria para à casa dos seus pais essa semana. — Ela caminhou pelo quarto falando de maneira nervosa enquanto suas mãos se agitavam no ar. — Eu super e
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O efeito borboleta
Depois de muito tempo, eu finalmente entendi o motivo da minha mãe ter pequenos ataques cardíacos em todas as vezes que alguém da nossa família vinha com a frase “e os namoradinhos, Lana?”. Para ser franca eu havia entendido todos os ataques dela, pois todos se resumiam a mim, acordando seminua ao lado de um desconhecido e posso dizer que isso é algo desesperador para qualquer um que pense nas suas filhas nessa situação.Mas ao menos eu havia entendido finalmente os surtos dela e os conselhos me implorando para jamais deixar que aquilo ocorresse comigo. Eu deveria ter ouvido ela.No entanto, já era tarde demais e enquanto eu abria os meus olhos para me deparar com um homem de peito exposto e olhos pesados de sono, eu também pensava em como aquilo ocorreu. Cheguei à conclusão quando a minha própria mente resolveu mostrar-me os fatos da noite anterior e tudo o que fiz foi deixar um gemido curto de culpa escapar.— Mas que… — antes que eu terminasse a frase, os olhos pequenos e escuros a
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Abraçando a vergonha
Ele tinha um sorriso sutil nos olhos enquanto eu passava as informações que meu chefe havia pedido. Precisei reunir todos os detalhes da empresa nos últimos meses e consegui resumir muita coisa em gráficos que improvisei no CorelDraw. Por sorte eu decorava muita coisa e foi possível deixar tudo preparado para o homem que não tirava seus olhos de mim durante aquela explicação.Ele acariciava minha mão de forma tão discreta que eu só percebia quando sentia o calor dela passando pela minha pele para pegar o papel que eu lhe entregava. Era uma situação constrangedora e obviamente ele fazia aquilo de propósito, pois seus olhos vibrantes sorrindo para mim não me deixavam suspeitar de outra coisa.— Acho que isso é tudo. — Coloquei os papéis que antes tínhamos espalhado pela mesa em uma pasta de papel pardo e deslizei o objeto sobre a mesa em direção ao homem.— Mas já acabou? — Ele falou e eu revirei os olhos.— Pode parar com isso? — Disse assim que o senhor Almeida cruzou à porta para fal
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Controvérsias convenientes
Ana correu para a sala do seu pai. Ele havia emitido um comunicado pelo auto-falante da empresa que percorreu todo o prédio até nos encontrar às escondidas no armário do zelador. Não falamos mais nada depois disso, pois cada uma foi para o seu lado terminar os afazeres do dia e tínhamos muito a ser feito.Durante o dia eu tentei evitar o senhor Lee Jung-suk e toda vez que o via passar por algum lugar que levaria até mim, fiz questão de me encolher em alguma mesa, me abaixar até sumir da sua vista ou virar o corredor entrando em uma sala aleatória. Em alguns momentos acabei surgindo em locais os quais precisei me desculpar pelo inconveniente até que minhas atitudes estranhas chegassem em quem eu não queria que soubesse de nada. — Lana. — A voz feminina aguda e autoritária chegou até meus ouvidos. Eu estava tentando me esconder entre o bebedouro e o banheiro masculino enquanto via ao longe o meu alvo conversando com alguns funcionários em meio ao corredor. Ele ouviu meu nome também, p
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Consequências enigmáticas
Posso jurar que estava ficando doente. Depois de duas longas semanas correndo atrás do senhor Jung-suk pelos corredores da empresa Almeida, eu finalmente tive um descanso. Meu chefe secundário iria voltar para a Coreia, pois tinha que cuidar de alguns negócios à parte. Isso me deixaria livre das suas ordens e nervosismos até que ele retornasse. O que não duraria muito, pois o senhor Almeida já havia nos dito que Lee Jung-suk estava se mudando permanentemente para o Brasil.Ao menos eu poderia respirar por uma semana até que ele voltasse com seus gritos.Lee se mostrou muito autoritário durante o trabalho. Gostava de tudo perfeito e se não estivesse como ele queria, tínhamos que refazer todo o serviço. No entanto, nada me incomodou, pois nosso acordo era realmente que ele me tratasse como tratava todos os demais fingindo que nunca tínhamos dormido juntos. Então ele seguiu seu roteiro e eu o meu.Porém, quando ele finalmente partiu me dando ar, eu senti meu corpo inteiro doer depois de
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Dúvidas esclarecidas
Eu havia chegado no consultório um pouco antes do meu horário marcado. Havia recebido os exames dois dias antes e não tive coragem de abri-lo.Por mais que Ana insistisse, eu havia enfiado o documento no fundo da bolsa enquanto assumia a postura de roedora de unhas.Resolvi marcar uma consulta para abrir o exame junto a um médico e se as nossas suspeitas estivessem certas eu já seguiria todo o processo. Ana fez questão de pagar para que eu passasse com a médica da sua família e lá estávamos nós duas esperando que o meu nome fosse chamado.Após convencermos o senhor Almeida que eu estava com uma virose forte, o que não foi difícil considerando a minha temperatura corporal subindo diversas vezes durante o dia de forma repentina e o meu rosto amarelado enquanto eu ficava tonta. Nesse momento eu fingia uma queda de pressão para mascarar os enjoos, cruzando os dedos para que ele nunca desconfiasse de nada.Eu não queria alarmar ninguém sem antes ter certeza do que acontecia com o meu corpo
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Revelações aquecidas
Eu esperava que Lee pegasse um pouco mais leve no meu serviço depois de descobrir que eu não estava muito bem. Pensei que quanto mais rápido eu terminasse minhas tarefas, mais ele entenderia o quanto eu precisava de um tempo para mim. No entanto, meu chefe era uma pessoa extremamente detalhista e, mesmo que eu já tivesse dito diversas vezes que o relatório estava pronto, ele sempre me encaminhava mais arquivos para analisar e anexar no histórico. Em um momento, deixei que uma raiva repentina tomasse conta de mim e acabei imprimindo toda a papelada para caminhar pelo prédio com meus pés ágeis e nervosos. Bati a pilha de relatórios na mesa do homem sem lhe dar tempo de entender o que estava acontecendo e dei as costas para ele indo em direção a saída para não ouvir sua repreensão. Pensei que isso o havia enfurecido e que eu teria uma longa semana de suspensão deitada no sofá da minha sala, mas para o meu desespero ele se levantou da mesa para vir atrás de mim pelos corredores daquele a
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Desejos insanos
— Você deixa? — ele me perguntou, e eu apenas sorri de maneira desesperada. — Deixa eu tentar ser algo para você?Minha reação foi o silêncio, pois eu não sabia o que dizer naquele instante e todas as palavras que passavam pela minha cabeça iriam acabar me tornando uma grande babaca novamente. Eu só pensei que tinha muito trabalho para fazer na empresa e que ficar ali falando com meu chefe só iria me atrasar ainda mais. Depois de conversar calmamente com Ana sobre o bebê, eu havia decidido que me concentraria no trabalho, mas a verdade é que esconder aquilo de Jung-suk tornou tudo impossível até que finalmente revelei a ele e senti um forte alívio tomar todo meu corpo. No entanto, essa sensação durou apenas alguns segundos, pois logo em seguida recebi aquela proposta do meu chefe que fez meu coração disparar e o desespero estranho me consumir dos pés à cabeça.— Por quê? — questionei-o então. Afinal não nos conhecíamos fora do trabalho, só havíamos dormido uma única vez e não fazia
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Possível futuro
Lee apertou meu corpo com tanto desejo que eu poderia flutuar muito facilmente ao sentir o deslizar das suas mãos macias. Sua boca parou de beijar a minha apenas para cair em meu pescoço, onde ele passou a mordiscar entre seus beijos quentes e delicados. Sua perna direita estava encaixada entre as minhas, segurando meu corpo contra a parede e roçando-se em meio aos seus sentidos. Aquilo me arrancou diversos gemidos que eu segurava prendendo os lábios um no outro, mas era inevitável. — Eu vou ser demitida — falei então, ao me lembrar que Aline tinha me ouvido claramente horas antes. O senhor Jung-suk parou de marcar meu corpo e trouxe seu olhar para o meu, podendo me analisar com cautela. — Ela vai ficar com os papéis na mão até o nascimento dessa criança.— Só se ela quiser ser demitida também.— Por que? Eu violei a política da empresa. — Eu cuido disso, tudo bem? — Ele disse e eu estreitei os olhos.— O que vai fazer? — Lee deu de ombros voltando ao trabalho de beijar minha pele e
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Puro desejo
A porta do elevador abriu quando ele parou na cobertura. A grande sala surgiu em frente aos meus olhos e o homem que antes esperava minha chegada, tirou as mãos dos bolsos para vir às pressas em minha direção pegando a caixa de papelão que eu estava segurando.— Por que está carregando isso? O prédio tem rapazes para descarregar mudanças. — Ele disse me olhando com uma certa raiva.— Não estou alejada — falei com a mesma entonação e o vi revirar seus olhos.— Não quis dizer isso. —- Dessa vez ele arrumou seu tom de voz parecendo entender que aquilo para mim não soou muito bem. — Sabe, você poderia ser menos cruel comigo.Observei-o e pude notar que algo o estava incomodando de fato, talvez eu estivesse sendo muito dura com o pai do bebê e aquilo poderia dificultar nossos meses, pensar assim me fez soltar um suspiro cansado e tentei abrir um sorriso.— Não prometo muita coisa, mas vou tentar ser mais flexível se você não ficar no meu pé. — Lee mordeu o lábio, parecendo que aquilo não e
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