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Todos os capítulos do Acompanhante, ao seu dispor: Capítulo 11 - Capítulo 20
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11. Nosso quarto.
Eu poderia ter saboreado muito mais o sabor do jantar na minha “casa” nova se não estivesse sob a tensão do olhar de Nikola e do seu irmão, Viktor, em cima de mim, sem falar nos pensamentos que estavam girando na minha cabeça o tempo inteiro.Em vários momentos, me peguei sendo analisada tanto por Viktor quanto por Nikola e tudo que eu podia fazer era demonstrar normalidade e sorrir como uma idiota apaixonada para o meu marido aparentemente caloroso, já que ele segurava minha mão em toda oportunidade, fato que Viktor ficava observando com curiosidade aparentemente. Felizmente, é um papel que eu já desempenhei muitas vezes, se não, eu estaria em maus lençóis. Não tive nem mesmo tempo de olhar ao redor da propriedade além do momento em que chegamos, tudo que sei é que é uma casa bonita e luxuosa, mas não consigo explorar porque estou presa aqui com esses dois homens.Fico aliviada quando o irmão de Nikola se despede logo após a sobremesa e diz que precisa resolver algumas coisas pessoai
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12. A estrela do lugar
Estou deitado na cama a algum tempo, esperando por Rayna. Eu nunca dividi minhas coisas antes e isso inclui o meu espaço, mas há uma sensação de conforto em tê-la por perto mesmo com tão pouco tempo de conhecimento. Talvez por causa do seu humor ácido e sua total imunidade ao meu charme. Talvez eu esteja precisando de alguém que não cai aos meus pés a cada palavra dita, para variar.Olho para a aliança no meu dedo e percebo o quanto ela é presente, tão presente que pode ser notada de longe.– Será que meu pai vai gostar? – questiono para mim mesmo e meu celular toca na mesa de cabeceira. Puxo-o para mim e olho no visor. – Falando no diabo. Alô?– Finalmente resolveu me atender – Teodor, meu pai, resmunga do outro lado da linha. Ele está sempre resmungando e reclamando, nunca é um tom ameno.– E você acabou de me lembrar o motivo pelo qual eu nunca atendo – rebato. Ele é um grande bundão, mas prefiro não dizer isso em sua frente.– Não tenho tempo para as suas birras. Amanhã teremos um
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13. Quer que eu te dê na boca?
Minha cama está tão quentinha e confortável que eu não tenho vontade alguma de sair daqui. Estico os braços e solto um gemidinho de prazer.– Vejo que está confortável – quatro palavras são necessárias para me despertar quase que imediatamente. Abro os olhos e percebo que estou encostada em um corpo quente, e no corpo quente há uma cabeça que me olha de uma forma muito divertida. – Então, eu sempre quis saber, é bom ficar em cima de mim? Em minha defesa, você veio para cima de mim primeiro, eu só aceitei.Pulo da cama e paro longe dele, me cobrindo com a mão como se estivesse nua e Nikola ri.– Você é sempre tão divertida assim quando acorda? – ele pergunta encostando o queixo na mão como se estivesse prestes a ouvir algo muito importante.– Nikola, se você falar mais juro que vou te matar – ameaço passando os dedos entre os cabelos e jogando-os para o lado, largando a posição defensiva. Estamos de roupa, eu estou longe dele, está tudo certo e nada vai acontecer.Não há motivo para te
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14. Rayna Vladislav Ivanova.
Magnifica. Escultural. Deusa. Esplendorosa. Uma verdadeira rainha, assim como o significado de seu nome.Eu poderia usar qualquer um desses para descrever Rayna nesse momento.Passamos o dia separados após um café da manhã cheio de demonstrações de afeto a contragosto da parte dela e eu não consegui deixar de lembrar seu rosto forçado durante todo o dia, até me peguei rindo em alguns momentos. Somos totalmente opostos e ela me deixa no limite as vezes, mas eu estou aprendendo a gostar da presença dela cada vez mais. A mulher simplesmente não tem medo algum de mim e diz o que vem na telha. Como não gostar?Quando cheguei em casa, fui informado de que ela não havia voltado do cabeleireiro e que ia se arrumar por lá mesmo e que tudo que eu precisava era passar por lá para pegá-la e assim eu fiz. Tomei banho, vesti um dos meus melhores ternos, meu melhor par de sapatos, penteei meu cabelo para trás e fui em busca dela. Rayna é uma mulher bonita, eu já a vi arrumada antes, mas hoje… ela es
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15. Eu não quero que se segure.
– Acho que essa é a festa mais divertida que eu já vi em todos os meus anos de vida – Viktor diz olhando para mim enquanto gira sua taça de vinho – e sei que não seria o mesmo sem você. O crédito disso tudo é seu, senhorita Rayna.– Senhora – corrijo, como se fosse natural para mim e eu dissesse isso com uma grande frequência. – E eu não fiz absolutamente nada.– Fez sim. Você nem tem noção do enorme estrago que causou – ele diz olhando para a mesa a frente da nossa e eu sigo seus olhos.Nikola está lá, de pé ao lado do seu pai, explicando a situação a família Lazarov enquanto a festa segue seu curso e pediu a Viktor para vir para cá ficar comigo para que eu não me sinta sozinha, mas sei que é tudo um truque dele para que ninguém se aproxime e tente me intimidar. Eu não sabia que ele tinha tanto poder até ver as pessoas baixando a cabeça para mim apenas por ser mulher dele, me senti uma rainha por alguns momentos, mas só até olhar diretamente para o pai dele. Naqueles poucos segundos,
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16. Minha pequena morte.
Há um limite para o tanto de provocações que um homem pode aguentar por parte de uma mulher e devo dizer que o meu limite é muito pequeno. Acordar com Rayna em cima de mim moendo contra as minhas partes baixas não ajudou em nada na minha concentração ao longo do dia e vê-la me beijar e acariciar minha coxa com tanto atrevimento enquanto meu irmão nos observava foi suficiente para que eu quisesse encerrar a noite, de preferência com ela embaixo dos meus lençóis.Era isso ou dar bandeira na frente de todo mundo, se bem que isso deixaria as coisas ainda mais reais e não seria de todo ruim.No caminho até em casa, me mantenho o mais longe possível dela. É o melhor que posso fazer dentro de um carro. Me sinto aliviado quando coloco os pés fora do carro.– Você estava me evitando? – Rayna questiona assim que eu desço da limousine depois dela e estamos sozinhos em frente ao meu jardim. Há apenas umas poucas luzes no local de forma que eu consigo ver apenas um pouco do seu rosto e não consigo
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17. Espere por mim.
Um longo momento de tensão rola entre nós e eu simplesmente não consigo retirar meus olhos dos dele enquanto faz o trabalho de retirar meus saltos, sei que lá no fundo eu não deveria deixar isso acontecer, mas não consigo interrompê-lo. Eu já estive com muitos homens na minha vida e isso me faz relembrar todas as vezes que estive com eles, como um borrão na história da minha vida e como eles me tratavam. Nenhum deles fez algo assim por mim e isso me faz perceber que eu também quero ser tocada com carinho por alguém, então, quando menos espero, as palavras estão saindo da minha boca sem freio.– Parece que você é bom com as mãos – murmuro no momento exato em que ele levanta a cabeça e olha para mim. Consigo ver em seus olhos todas as emoções que as minhas palavras causam nele.Nikola é como um livro aberto para mim nesse momento e eu consigo ver a excitação, a tensão sexual girando entre nós.– Você nem imagina o quanto – ele murmura com um sorriso travesso enquanto massageia meus pés.
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18. Você gostaria disso?
Num momento estamos conversando enquanto ela tenta retirar o vestido sem a minha ajuda (fingi o tempo inteiro que não estava vendo para não deixá-la ainda mais distante que já estava) e no outro Rayna está andando pelo quarto com uma expressão preocupada enquanto fala com a amiga. Fico alerta quando ela entra no closet e sai de lá calçada em pantufas e com uma expressão fechada e preocupada ao mesmo tempo.Alguma coisa está errada. Tomo o último gole da minha bebida e largo o copo na mesa de centro.– O que aconteceu? – questiono me aproximando e ela nega com a cabeça.– Meu carro está aqui, certo? Você disse que ia trazê-lo para cá então dê-me a chave. Preciso ir ao apartamento, Alietta precisa de mim – ela diz indo até a bolsa e eu reparo em suas pantufas.Ela vai sair de pantufas e vestido de festa? Estou ainda mais preocupado agora.– Seu carro está aqui, mas você não vai sair do jeito que está. Diga-me qual é o problema e eu vou resolvê-lo para você – digo prontamente e ela olha
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19. Dia do lixo.
Estamos em frente ao meu apartamento, sentados dentro do carro em um silêncio que nunca vi mais estranho. Olho para Nikola e percebo que, ao contrário de mim, ele parece muito confortável. Provavelmente ele já fez isso milhares de vezes, tenho certeza que já precisou perseguir ou até mesmo vigiar seus inimigos.Nikola está escorado no volante, os cabelos bagunçados e a camisa meio aberta e amassada, olho para mim mesma e percebo que também não estou numa situação boa, de vestido de festa e pantufas, tenho certeza que pareço até mesmo um pouco patética agora. Começo a balançar a perna, uma sensação de impaciência tomando conta do meu corpo.– O que exatamente estamos esperando? – pergunto quando não aguento mais me segurar.– Uma mensagem de Viktor dizendo que já acabou. Eu poderia ter ido até lá e cuidado de tudo, mas quero mostrar a nossa querida Merggie que ela não é especial e muito menos lembrada. Ela se acharia importante se um de nós aparecesse e isso não vai acontecer. Quero qu
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20. Eu sou apenas humano.
Uma semana se passou desde o nosso show particular no meu suposto “noivado” e a quase invasão da mãe de Rayna ao seu apartamento. Durante esses dias, tenho estado o mais ocupado e atento que posso. Ocupado ficando longe de Rayna e dando-lhe espaço para assimilar o desejo carnal que ela sente por mim e assimilando o tamanho do desejo que eu sinto por ela. Atento em relação ao meu pai, ele ainda não fez nenhum dos movimentos que eu achei que faria e isso está me deixando de cabelos em pé.Antes, quando eu fazia alguma coisa que ele desaprovava, ele fazia questão de me visitar e demonstrar em palavras o quanto eu sou inútil e o quanto a minha vida o deixa insatisfeito, mas não dessa vez. Dessa vez ele está calado em todos os sentidos, nem mesmo Jeong soube de nada e ele sempre sabe de alguma coisa. Inclusive, nesse momento, estou no meu escritório e estamos tomando um gole de whisky juntos enquanto conversamos sobre o assunto e eu aproveito alguns minutos de pausa.– É muito suspeito, Ni
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