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Todos os capítulos do Acompanhante, ao seu dispor: Capítulo 21 - Capítulo 30
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21. Eu te escolhi.
Balanço a cabeça no ritmo da música e curto a batida alta que sai dos alto-falantes e aproveito para dançar pelo quarto espaçoso. Eu sempre gostei de música e, especialmente rock antigo, e eu sempre escuto “Call me” da Blondie quando me sinto confusa, mas não me pergunte o porque pois não há um motivo. Talvez eu só goste muito da música, só isso.Estou de olhos fechados curtindo a música e girando na minha dancinha especial que eu só costumo fazer no banheiro, mas tomo um puto susto quando abro os olhos e vejo Nikola parado na porta de entrada, os braços cruzados, como se estivesse assistindo a algo muito interessante.Corro até a música e a desligo, vermelha de vergonha. Não achei que seria flagrada, ele não chega essa hora.Parece que me equivoquei.– Por que parou? Estava divertido de assistir, não sabia que você gostava desse tipo de música – ele diz adentrando o quarto e eu evito seu olhar e me concentro em olhar pela janela.– Eu não ouvi você chegar – é tudo que consigo dizer.
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22. Amor e guerra.
Acho que essa foi a primeira vez que tive uma conversa sincera com alguém sobre algo que não fosse morte, vingança ou dinheiro. É bom falar sobre outras coisas para variar e eu estou grato por ouvir Rayna, costumo pensar que a história dela é bem parecida com a minha em alguns aspectos, na verdade, quanto mais ouço ela falar sobre sua vida, mais nos acho parecidos. Por algum tempo, eu achei que nunca encontraria ninguém que fosse tão parecido comigo em história de luta e que vivesse no mundo real, mas Rayna existe para provar que eu estava errado.A mãe dela é tão egoísta quanto o meu pai, além de cabeça dura e acha que é dona da filha. Meu pai também achava que era dono de mim, até eu mostrar para ele que eu mando na minha própria vida, mas o silêncio dele me preocupa. Devo me lembrar de ligar para Viktor a fim de pescar alguma informação, tenho certeza que ele sabe de alguma coisa e vai me contar. Meu pai tem depositado muitas das suas esperanças em Viktor e sei que meu irmão não go
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23. Hospedagem
Fiquei tão feliz, aliviada e grata por Nikola ter matado a barata que meu corpo acabou receptivo demais ao dele, tão receptivo que não vi problema algum em lhe dar um abraço de agradecimento, o que levou a um beijo de agradecimento, o que nos levou a outro beijo, e outro beijo e quando menos percebi estávamos um em cima do outro na cama. Em algum momento, comecei a sentir que haviam partes do corpo de Nikola que estavam despertas, muito mais despertas do que deveriam e esse foi o estalo que me fez afastar dele.– Não podemos fazer isso – digo pulando do outro lado da cama e evitando olhá-lo. Não tenho certeza sobre o meu autocontrole com ele e tenho certeza que farei besteira se olhar em seus olhos do jeito que estou agora.– Eu acho que podemos. Você só não quer.– Você não entende.– Então me explique. Estou disposto a ouvir e entender, mesmo sabendo que não faz sentido algum.– É claro que faz sentido! – afirmo categórica e olho em seus olhos.– Você olhou para mim. Ótimo, estamos
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24. Não esperava te encontrar aqui.
– Espere, como assim ele está se hospedando aqui? – Alietta questiona apontando para mim, que estou sentado confortavelmente na sala e eu me resigno a revirar os olhos.– “Ele” está ouvindo tudo, não sei se você sabe disso – rebato balançando a perna.– São baratas, Alie. Você sabe como eu odeio baratas – Rayna diz sentando ao meu lado enquanto Alietta fica de pé, as mãos na cintura como quem avalia a situação.– Eu sei que são baratas e que você tem medo, é muito aceitável que tenha vindo a sua casa. Mas eu não entendo porque Nikola veio, ele pode ficar em outro lugar tranquilamente. É só um estalar de dedos e ele tem um quarto em qualquer hotel, o pai dele é dono de hotéis, pelo amor de Deus!– Meu pai não é dono de hotéis, ele é dono de UM hotel, os outros são meus, mas isso é um segredo – esclareço e as duas olham para mim. – Espere, eu contei a vocês? Que seja, finjam que não sabem.– Impossível, já que é um hotel – Alietta diz surpresa, mas logo se recupera. – Se você tem tantos
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25. Renegado.
Acho que esse vai entrar na lista dos dias mais estranhos da minha vida. Na minha sala, há duas pessoas que eu nunca pensei que receberia. Há Nikola, que eu não queria nem mesmo cruzar o caminho em vida e há Olga, alguém que me detesta e que está na minha sala por causa de Nikola.Há três seguranças ao redor da Lazarov e dois do lado de fora, o que não me intimida de forma alguma porque sei que há dezenas dos nossos seguranças ao redor do prédio.Nossos? Quando foi que passei a considerá-los como parte de mim? Ah, que seja.Eu realmente adoraria um descanso.– Desculpe por não estar em uma situação tão agradável para recebê-la, é que aconteceu um acidente com a minha roupa e eu precisei tomar um banho. Espero que não se importe – Nikola está sendo sarcástico e eu preciso me segurar para manter a seriedade. Ele realmente sabe como provocar uma mulher.– Não tem problema. A casa é sua – Olga diz e olha tudo com atenção e curiosidade antes de focar os olhos em mim. – Srta. Petrova, sua c
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26. Fuga
Foram poucos os dias que fiquei em meu apartamento com Nikola e Alietta, mas foram suficiente para me cansar. Apesar de saber que Nikola é perigoso, Alietta estava sempre alfinetando-o e ele parecia sempre divertido com a situação, porque fazia o mesmo com ela. Na maioria do tempo, eu ficava entre os dois e era muito cansativo, então estou grata por estar de volta a mansão de Nikola, onde ele não tem ninguém para alfinetá-lo além de mim.De toda forma, não posso dizer que a experiência foi ruim porque desenvolvemos uma espécie de amizade, quando os dois não estavam brigando e ela estava trabalhando, nós ficávamos sozinhos em casa e isso fortaleceu a nossa relação. Apesar de ficar com medo das consequências futuras desse nosso bom relacionamento, eu gosto de sentir que tenho alguém além de Alietta.Minha genitora é um caso a parte, Nikola até me tentou me contar os detalhes do que aconteceu com ela, mas eu preferi não ouvir. Se quero que ela pare de fazer parte da minha vida, preciso p
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27. Eu nunca vou me apaixonar.
Batidas soam na porta e eu levanto a cabeça dos papéis que estou analisando. Uma carga nossa quase foi perdida quando vinha de Los Angeles e eu preciso urgentemente descobrir uma forma de despistar a polícia de lá, mas como?– Entre.– Há algo que talvez você queira ver – Jeong adentra o ambiente com o seu tablet em mãos e o entrega para mim.Uma foto enorme de Rayna preenche quase a tela inteira e isso não é o mais chocante, o que me surpreende mais é o título da manchete.“Casamento de grandes figuras: mulher afirma ser esposa de Nikola Vladislav Ivanova, o grande herdeiro. Seria farsa ou verdade?”– Como eles descobriram? – coço a cabeça entregando o tablet de volta a ele. Eu sabia que isso ia acontecer, mas não sabia que seria tão cedo assim e dessa forma. Sendo sincero, achei que seria algo mais grandioso. Será que estou sendo exagerado? Talvez.– Conversei com os seguranças da Srta. Rayna e…– Senhora – corrijo automaticamente.– Senhora. Conversei com os seguranças da Sra. Ivan
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28. O que temos é pouco.
“Casamento de grandes figuras: mulher afirma ser esposa de Nikola Vladislav Ivanova, o grande herdeiro. Seria farsa ou verdade?”– Caramba, as pessoas que trabalham no shopping não perdem tempo – murmuro para mim mesma olhando a foto. Felizmente, pegaram um bom ângulo meu.Estou olhando para a notícia quando Nikola entra no quarto.– Boa noite – ele diz com um sorriso singelo. Percebo imediatamente que ele não está tão animado como sempre. Será que está bravo ou algo assim?Eu nunca o vi realmente bravo, só algumas faces do seu outro lado e adoraria não ter que ver mais que isso.– Você viu a notícia? Está bravo? – questiono imediatamente, não sou tida a andar em círculos. Gosto das coisas diretas.Nikola, que está desfazendo o nó da gravata, se vira e olha para mim com a testa franzida.– Não. Eu deveria?– Não sei.– O que realmente aconteceu? Soube que encontrou-se com Olga hoje. Ela fez alguma coisa desagradável? – ele sabe disso? Fico momentaneamente surpresa com a eficiência dos
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29. Ame a si mesmo.
Subo as escadas que dão para a enorme mansão com um frio na barriga nunca antes sentido. Levanto o celular e pelo visor, reparo o meu reflexo conferindo se está tudo no lugar e fico procurando defeitos no meu cabelo e maquiagem, mas felizmente não encontro nada.Assim que coloco o pé no último degrau, eu me viro para os seguranças.– Vocês podem ficar aqui fora, não acho que seria confortável para as outras – peço educadamente e eles assentem.– Como queira, sra.Assinto e viro-me, suspiro, encorajo a mim mesma e toco a campainha. Uma empregada abre a porta e eu sorrio imediatamente.– Boa tarde. Estou aqui para a reunião semanal – soo o mais tranquila que posso, mas por dentro estou pulando para cima e para baixo em antecipação. Eu nunca fui bem interagindo com as outras mulheres, mas estou ansiosa para que dê certo desta vez.– Ah, é claro. Entre, por favor – a empregada abre a porta para mim e eu entro da forma mais decidida que eu consigo.Sigo-a por um longo caminho e não consigo
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31. Eu mataria por você.
“A todos que algum dia duvidaram de si mesmos por causa de algo que ouviram da boca alheia, esse capítulo é para vocês. Ninguém nos conhece mais que nós mesmos”Estou tão fraca psicologicamente que isso afeta meu exterior e não posso fazer nada além de me deixar ser conduzida até o carro por Nikola, que não me soltou um instante desde que me encontrou. O que aconteceu naquela sala, o que ele fez elas passarem, o corretivo, eu consigo entender que ele queria uma situação justa e que estava horrorizado com o que elas fizeram comigo, mas não consigo entender seus motivos para isso.Minha cabeça é um nó gigante nesse momento e eu preciso de espaço para pensar, por isso me afasto dele assim que estamos dentro do carro e me sento o mais longe possível. Sinto o olhar dele sobre mim e fico aliviado por ele não dizer nem perguntar nada durante o caminho até em casa.Assim que o carro para, eu abro a porta e saio andando para dentro de casa. Passo pelos seguranças e uma empregada e nem mesmo re
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