12. A estrela do lugar

Estou deitado na cama a algum tempo, esperando por Rayna. Eu nunca dividi minhas coisas antes e isso inclui o meu espaço, mas há uma sensação de conforto em tê-la por perto mesmo com tão pouco tempo de conhecimento. Talvez por causa do seu humor ácido e sua total imunidade ao meu charme. Talvez eu esteja precisando de alguém que não cai aos meus pés a cada palavra dita, para variar.

Olho para a aliança no meu dedo e percebo o quanto ela é presente, tão presente que pode ser notada de longe.

– Será que meu pai vai gostar? – questiono para mim mesmo e meu celular toca na mesa de cabeceira. Puxo-o para mim e olho no visor. – Falando no diabo. Alô?

– Finalmente resolveu me atender – Teodor, meu pai, resmunga do outro lado da linha. Ele está sempre resmungando e reclamando, nunca é um tom ameno.

– E você acabou de me lembrar o motivo pelo qual eu nunca atendo – rebato. Ele é um grande bundão, mas prefiro não dizer isso em sua frente.

– Não tenho tempo para as suas birras. Amanhã teremos um
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