Narrado por Eva Solis: Era mais um dia comum de semana, trabalho e escola, e, por mais que tudo parecesse costumeiro, as folhas de outono cruzando o chão cinza de pedras nova-iorquino, as misturas de aromas de café, flores e cigarros, não consegui ignorar como meu coração batia pesado enquanto seguia o caminho habitual para a escola de Isabela. A rotina matinal era uma espécie de rito, um momento de tentativa de conexão com minha filha de três anos, mas a comunicação, como sempre, se limitava a sorrisos e palavras sem muito sentido. Apesar disso, a sua companhia me deixava muito feliz. — Olá, querida, como está o dia hoje? — perguntei a Isabela, tentando capturar a sua atenção, com um tom animado, mas o sorriso, como sempre, não veio de volta, e seus olhos buscavam por todos os lados, como se procurassem uma fuga dos meus. Seus olhos são grandes e curiosos, mas ela não me responde. O que me fez apenas sorri, tentando manter o clima leve. O silêncio de Isabela, porém, era uma const
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