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Capítulo II: O Jogo de Máscaras

Narrado por Mason Dasílis:

Meu escritório, o famoso Blackwood, localizado no topo de um elegante edifício de vidro, é um refúgio de luxo e sofisticação. Com paredes revestidas de painéis de madeira escura, móveis de couro e uma vista deslumbrante da cidade, o ambiente reflete perfeitamente o status e a riqueza que possuo. Sou um homem de negócios, que muitos consideram astuto e calculista, e já estou acostumado a lidar com situações complicadas. No entanto, hoje me preparo para algo fora do comum.

A reunião com a família Muller estava marcada para a tarde. Quando os Muller entraram no escritório, foi como se uma nuvem de desespero e tensão pairasse sobre eles. O pai, Walter Muller, estava visivelmente nervoso, enquanto a esposa, Ivone, mantinha uma expressão de resignação. A filha, Ezra, parecia inquieta, tentando não olhar para mim. Sentado atrás de uma grande mesa de mogno, eu os observava, intrigado e um pouco surpreso.

— Boa tarde, Sr. e Sra. Muller, senhorita — cumprimentei, levantando-me e oferecendo um sorriso cortês, mas sem calor genuíno. — Por favor, sentem-se. Compreendo o seu desespero, já que a dívida é exorbitante.

Os Muller tomaram seus assentos, cada um revelando sua apreensão pela postura. Eu me acomodei em minha cadeira, cruzando as pernas e estudando-os com um olhar perspicaz.

— Como sabem, estou ciente da situação financeira complicada em que vocês se encontram — comecei a falar, com palavras precisas e controladas. — A dívida com meu escritório é substancial e temos discutido as opções de pagamento. Eu sabia que eles não tinham nada a não ser trabalhar para mim, e não havia outras maneiras de pagar.

Walter Muller limpou a garganta tentando falar, mas foi Ivone quem tomou a frente.

— Senhor Dasílis, queremos resolver isso da melhor maneira possível — disse a senhora Muller, com a voz trêmula. — Estamos dispostos a negociar qualquer coisa para quitar a dívida.

Isso foi um alívio, pensei comigo mesmo, mas meus olhos permaneceram frios e calculistas.

— Eu aprecio a disposição de vocês para negociar, mas, infelizmente, a situação é mais complicada do que parece — respondi diretamente, tomando toda e qualquer contramedida que eles pudessem oferecer. — Precisamos de uma solução que seja benéfica para ambas as partes.

Foi então que a jovem Muller pigarreou ao lado da sua madrasta, tomando a minha atenção, pegando na mão da sua mãe substituta, erguendo um pouco o toráx, com a intenção de exibir um par fartos de seios, no vestido rosa claro, franzi um pouco o cenho buscando compreender a sua intenção.

— Eu tenho uma proposta. — Sussurrou apesar da sua postura, me deixando um pouco intrigado, que proposta uma jovem teria a fazer como solução dos problemas financeiros da sua família, pela maneira que olhou para os seus seios, e em seguida olhou para mim, não pude deixar de observar o seu rosto, a pele clara, os olhos incrivelmente pretos, tão redondos, quanto graúdos, os cílios grandes, evidentemente marcados pelo excesso de maquiagem.

O Nariz extremamente fino, os lábios cheios e vermelhos por causa do batom. Ergui uma das minhas sobrancelhas, mas não fiz comentários, a suposta jovem, parecia-me um pavão, ao exibir sua calda, mas o seu charme, eram definitivamente o seu par de seios bem fartos, quase a saltar do vestido.

Em vez de continuar a olhar, indiquei uma cadeira para a jovem Muller, e ao sentar, a observei com interesse.

— Ezra — disse o seu pai, um pouco surpreso.

—Que proposta você pode ter para o senhor Dasílis? — Disse ele demonstra tão surpresa quanto eu, a jovem Ezra segura da mão da madrasta sorri fraco.

Ezra assentiu e, em seguida, se voltou para os Muller.

—Papai, Ivone— começou Ezra, sua voz firme e controlada. — Tenho uma proposta que pode resolver a situação de forma rápida e eficaz.

Os Muller olharam para Ezra, confundidos e curiosos.

— Do que você está falando? — perguntou Walter, a preocupação evidente em sua voz.

Ezra olhou para mim, novamente e então se voltou novamente para os Muller.

— O senhor Dasílis e eu podemos chegar a um acordo — disse Ezra. — Estou disposta a assumir a dívida da família Muller, sob uma condição. Ergui ambas a sobrancelhas, sem imaginar qualquer condição possível, o que ela poderia fazer?

Os seus olhos brilharam com um brilho calculista. Ela havia planejado algo mais complexo e oportuno do que parecia.

— Qual é a condição? — perguntou sua madrasta, seu tom revelando a mistura de esperança e ceticismo.

Ezra respirou fundo antes de revelar o que parecia ser a solução para o problema.

— Soube que o senhor Dasílis esteve procurando uma esposa recentemente, ele deseja ter um herdeiro — anunciou ela, sua voz implacável.

A notícia me deixa desconfortável, era algo sigiloso, como essa mulher poderia saber disto?

— Como soube disto? — Indaguei notando que pela expressão frígida em seu rosto, também era de conhecimento de sua madrasta. A verdade é que eu não desejava realmente uma esposa, mas sim ter um herdeiro.

—Notícias correm, boatos, senhor Dasílis. — A sua madrasta interviu pouco sorridente.

— Eu me proponho a ser sua esposa, lhe dar um herdeiro, como quer, mas num acordo, o acordo é que, como parte desse casamento, a dívida da família Muller será quitada.

A revelação caiu como uma bomba. Walter e Ivone olharam para Ezra com uma mistura de choque e confusão.

— Casamento? — Walter repetiu, sua voz cheia de incredulidade. — Como isso resolve nossa situação?— Eu havia oferecido uma boa quantia em dinheiro para possíveis mulheres que o fizesse o proposto, mas até o momento nenhuma havia se comprometido para isto.

— Com um casamento, o senhor não precisará de uma barriga de aluguel, nem comprar uma esposa, senhor Dasílis. — A boca do seu pai ficou entreaberta com tal proposta, em silêncio mantive-me, a proposta não era de tão mal ou ruim.

Ezra continuou, com uma frieza calculista.

— O senhor e eu teremos um acordo formal, e como parte disso, a dívida da família Muller será cancelada. O casamento será um meio de assegurar que a dívida seja liquidada e que nossos interesses mútuos sejam protegidos.

Mantive-me apenas, observando a reação dos Muller, não pôde deixar de sentir um certo prazer ao ver a perplexidade em seus rostos. Para mim, o casamento com Ezra era uma oportunidade de resolver um problema financeiro com algo muito desejado, mas a oferta era boa demais.

— Portanto, — disse-lhe, interrompendo o silêncio que se seguiu —, se vocês aceitarem o acordo, a dívida será totalmente quitada, e vocês poderão começar de novo sem esse peso. Caso contrário, continuaremos a buscar outras formas de resolução.

Os Muller estavam atônitos, sem saber como reagir. Ivone olhou para o marido, e Walter, embora ainda visivelmente perturbado, parecia estar considerando a proposta.

— Mason, Ezra — disse Ivone, sua voz agora um pouco mais firme —, precisamos de um tempo para pensar sobre isso. Essa proposta é inesperada e complicada.

Apenas acenei com a cabeça, compreendendo a necessidade de um tempo para reflexão, uma boa investigação sobre aquela jovem.

— Claro, — digo-lhe com um tom compreensivo, mas com um sorriso que não alcançava seus olhos —, tomem o tempo que precisarem. No entanto, peço que façam uma decisão o mais breve possível, para que possamos seguir com os próximos passos, a dívida deles estava prestes a vencer, algo deveria ser feito sobre isto.

Os Muller levantaram-se lentamente, ainda processando a proposta. Ezra observou-os sair do escritório, seu olhar firme e determinado. Eu permaneci na cadeira, processando o desenrolar dos eventos. Até que sem muita cerimonia, a jovem levantou-se em seguida. — Até mais senhor Dasílis.

Disse, ganhando a porta, por trás daquela mente havia algo, o que não demorei tanto a descobrir. Iniciando uma investigação minuciosa sobre a mesma, uma mulher de cunho interesseiro que se envolve com homens por interesse, sem ao menos importa-se se são casados, o sorriso lascivo brotou em meus lábios a cada informação que obtive sobre Ezra e sua madrasta.

Afinal, ela é a candidata perfeita, casar, engravida-la e ao ter meu herdeiro, qualquer quantia seria suficiente para me livrar dela sem problemas.

******

— Parece que temos um acordo, então — digo-lhe ao encontrar-mos outra vez. Ezra sorri, e diz sim sua voz baixa e cheia de significado.

Ezra me olha com um brilho de satisfação em seus olhos, mas nada parecia mais radiante que o seu pai e sua madrastra, o casamento lhe beneficiaria de alguma maneira, já que estão na lama.

Reunindo-me com advogados, não fora díficil elaborar um contrato, tudo estava indo bem, mas do que o esperado.

— Sim, parece que temos. Agora, vamos garantir que tudo corra como planejado.

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