Narrado por Mason Dasílis:Cheguei ao hall da mansão, minha mente ainda vagando pelas imagens felizes de minha esposa e filha. A casa estava em um estado de inquietação incomum, e o silêncio se fazia pesado. Meus passos ecoavam pelo grande foyer enquanto eu buscava respostas. Holmes, nosso leal funcionário, me cumprimentou com uma expressão que não era tão calorosa quanto o normal. Sua seriedade me fez sentir um frio na espinha.— Boa noite, senhor — disse Holmes, pegando minhas bagagens e seguindo-me com um passo de leve ansiedade. — Que bom que está de volta.A expressão no rosto de Holmes parecia quase como um prenúncio, e eu me vi consumido pela preocupação. Sem responder imediatamente, olhei ao redor, tentando absorver qualquer sinal de que algo estava errado.— Eva, onde está? E as meninas? — Perguntei, a urgência na minha voz agora evidente. Eu precisava saber onde estava minha família.Holmes respirou profundamente antes de responder, o olhar se desviando por um momento. — A s
Narrado por Mason Dasílis:Eu me senti fora de mim, sequer havia sinais de estar esmagando o pescoço de Ezra, seu corpo sobre a mesa, fora perdendo a força, indo de vermelho para azul nas minhas mãos, os seus olhos vermelhos enquanto as lágrimas caiam, não me comoveram, eu não tive sequer a intenção de parar. Mas o toque do meu celular, para mim, parecia trazer-me notícias necessárias, larguei Ezra no ultimo momento, ouvindo o seu puxar por ar, Ezra continuou no sobre a mesa, enquanto ao ver o nome Fátima na tela do meu celular, surgiu em mim como uma luz, a lembrança de ter saído algumas dizendo-lhe que deveria me ligar em qualquer necessidade invadiu a minha memória. Me senti extremamente perturbado com a presença de Ezra, pegando o telefone. — Fátima, onde voc...— A sua respiração ofegante me chamou a atenção. — Escuta Mason, não tenho muito tempo..., Mason, não foi apenas uma expulsão qualquer. Há algo mais profundo acontecendo. Eva não me explicou nada, mas eu percebo que minh
Narrado por Eva Dasílis:A luz da manhã filtrava-se pelas cortinas da velha casa da vovó Matruska, pintando padrões suaves no piso de madeira. Os incomodaram os meus olhos, fazendo-me despertar, eu não havia dormido bem a noite, alguns momentos acordados, outros fazendo sonecas. Foi então que o bilhete chamou minha atenção. Estava repousado no braço do sofá, como um pequeno pedaço de papel que não deveria estar ali, mas de alguma forma parecia ter uma importância imensa. A caligrafia de Fátima, sempre tão fluida e expressiva, destacou-se contra o fundo simples do papel.Com o coração acelerado, peguei o bilhete e comecei a ler, as palavras de Fátima ganhando vida à medida que meus olhos percorriam cada linha:“Eva, você está estranha, não me disse o porque veio embora, deixando a nossa vida tranquila em Caerleon ao lado de Mason. Se tem algo que eu vi nestes meses, que eu poucas vezes havia visto, foram os seus olhos brilhando com tanta felicidade, fora as suas risadas ecoando por tod
Narrado por Mason Dasílis:Os dias no hotel foram um refúgio temporário, mas o peso das semanas de tensão e incerteza estava começando a se acumular. Com o passar do tempo, a necessidade de descobrir a verdade sobre Fátima, ou Valentina como ela realmente se chamava, se tornou uma prioridade inadiável. A revelação de Eva de que Fátima era uma afilhada da avó dela e o fato de ter usado um nome falso para evitar suspeitas eram apenas partes de um quebra-cabeça que ainda estava longe de se completar.Eva e Isabela haviam encontrado um pouco de tranquilidade no hotel, mas a inquietação persistia. Eva parecia estar cada vez mais cansada e sonolenta, um sinal de que o estresse e o trauma haviam tomado um preço considerável em sua saúde. A ideia de chamar um médico para avaliá-la assim que chegássemos a Caerleon se tornou uma preocupação constante em minha mente.Na manhã em que decidimos retornar, o sentimento de urgência era palpável. Eu sabia que precisava encontrar respostas e garantir qu
Narrado por Eva Solis:O sol da tarde banhava o jardim com uma luz suave, e o ambiente estava tão tranquilo que parecia um sonho. Mason e eu estávamos caminhando ao ar livre, como uma orientação médica, ainda me sentindo muito cansada, exausta, o jardim, cercados pela beleza natural que nos cercava. Isabela estava ocupada brincando com seus brinquedos no gramado, sua risada ocasional se misturando com o som dos pássaros cantando. A serenidade do momento me oferecia um breve alívio do estresse constante que havia dominado as últimas semanas.O motorista Endricks apareceu com um ar formal, interrompendo a tranquilidade com sua presença. Ele carregava um papel impresso, dizendo que fora busca no laboratório no dia que pedi, eu fui lembrada do momento, havia me esquecido de papel, e da possibilidade da gravidez, ao nos aproximarmos, percebi que a mensagem estava endereçada a mim. Havia algo sobre aquele papel que chamou minha atenção, e, com um misto de curiosidade e apreensão, eu o pegue
Narrado por Mason Dasílis:A noite havia caído sobre Caerleon, e o ambiente na mansão estava impregnado com uma mistura de tensão e expectativa. A luz suave das luminárias criava um brilho acolhedor no escritório, mas a atmosfera estava carregada com a seriedade do que estava prestes a acontecer. Com a reunião marcada para discutir as provas contra Ezra, cada detalhe estava sendo cuidadosamente preparado.Eu me encontrava de pé, diante de uma mesa cheia de pastas e documentos, minha expressão refletindo a determinação que me guiava desde o momento em que descobri a verdade sobre Ezra. A equipe de advogados e investigadores estava reunida ao redor da mesa, ansiosa para examinar as evidências que eu havia coletado. Era o momento de levar a justiça a sério e fazer com que aqueles que ameaçaram nossa paz enfrentassem as consequências de seus atos.Abrindo uma pasta colocando as provas sobre a mesa — Aqui estão as evidências contra Ezra. O envolvimento dela com a máfia é claro e documentad
Narrado por Eva Dasílis:Era um dia comum, mas a casa estava em um estado de agitação alegre. O sol brilhava forte, filtrando-se pelas janelas da mansão e criando padrões de luz que dançavam nas paredes. Eu estava na cozinha, imersa no aroma do bolo de aniversário que estava preparando para Isla. A nossa pequena de nove anos estava ao meu lado, de avental, tentando ajudar com a decoração, enquanto Igor, com seus três anos, estava em uma de suas fases mais travessas, derramando mais farinha do que realmente ajudava.As risadas das crianças e o som de seus passos apressados criavam uma melodia harmoniosa que preenchia a casa com uma sensação de felicidade e normalidade. Isabela, agora com treze anos, estava estudando em seu quarto, seus amigos a acompanhando online, o que era uma de suas atividades preferidas.O ritmo da cozinha foi interrompido por um toque discreto na porta. Holmes entrou com um envelope em mãos, o selo da prisão de Caerleon claramente visível. Eu reconheci imediatame
Narrado por Eva Solis: Era mais um dia comum de semana, trabalho e escola, e, por mais que tudo parecesse costumeiro, as folhas de outono cruzando o chão cinza de pedras nova-iorquino, as misturas de aromas de café, flores e cigarros, não consegui ignorar como meu coração batia pesado enquanto seguia o caminho habitual para a escola de Isabela. A rotina matinal era uma espécie de rito, um momento de tentativa de conexão com minha filha de três anos, mas a comunicação, como sempre, se limitava a sorrisos e palavras sem muito sentido. Apesar disso, a sua companhia me deixava muito feliz. — Olá, querida, como está o dia hoje? — perguntei a Isabela, tentando capturar a sua atenção, com um tom animado, mas o sorriso, como sempre, não veio de volta, e seus olhos buscavam por todos os lados, como se procurassem uma fuga dos meus. Seus olhos são grandes e curiosos, mas ela não me responde. O que me fez apenas sorri, tentando manter o clima leve. O silêncio de Isabela, porém, era uma const