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Todos os capítulos do Acordo de amor com um Chevalier: Capítulo 81 - Capítulo 90
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Recepção em Avalon
Eu sorri e saí. Claro que ele percebeu que sim, eu havia ficado noiva de Andrew. Já nem sabia se ainda tínhamos este compromisso.Sentei no banco de motorista do Bugatti, com meu café fumegante. Confesso que por uma fração de segundos, senti falta do frio de Avalon, aliado ao café quente para aquecer o corpo. Mas foi só naquele momento.Fechei meus olhos e deitei minha cabeça no volante. Claro que eu lembrava de cada minuto que passei com Andrew no Bugatti. E eu não precisava estar dentro dele para isso. Simplesmente porque Andrew estava na minha mente e no meu coração o tempo inteiro.Eu não entendia exatamente o que se passava conosco. Mas uma certeza eu tinha: eu o amava. E outra: o relacionamento à distância não deu certo para nós. Talvez pelo fato de termos nos envolvido tão recentemente. Ou por minhas inseguranças com relação a outras mulheres, visto que isso sempre fez parte da vida dele.Talvez sim, eu pudesse lhe dar uma chance de explicar o que houve aquela noite no pódio. A
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O que é traição?
Ele parecia cego, pela forma como passou por mim sem sequer olhar na minha direção.- Quem é ele? – Andrew perguntou, se colocando de frente a Alexander, ainda sem olhar para mim.- Andy, não é o que você está pensando.- Quem é ele? – praticamente gritou, chamando a atenção de algumas pessoas a volta.- Sou Alex... O professor dela. – ele estendeu a mão. – Você deve ser... O noivo que a abandonou quando ela mais precisava.Andrew deu um soco em Alexander. Típico dele. Era só assim que resolvia qualquer situação: agressivamente. E por que Alexander tinha que falar qualquer coisa? Ou melhor, por que ele me beijou? Eu havia deixado claro que não queria nada além de amizade.Claro que vi o sangue escorrer do canto da boca de Alexander, que encarou Andrew sorrindo enquanto limpava com o dedo o líquido vermelho.- Andy, pare com isso. Vamos embora. – eu pedi.- Não mesmo... – Alexander disse. – Não vão embora.Foi então que Alexander revidou, com força, atingindo o rosto de Andrew em cheio
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Você é uma mentirosa
A língua dele entrou profundamente em mim, me deixando completamente louca. Andrew era minha perdição. Como eu podia amar tanto aquele homem a ponto de achar que minha vida não tinha sentido algum sem ele? O que eu estava esperando para ser feliz? Talvez fosse o momento de largar tudo para o alto e ir com ele, sem me preocupar com nada além da minha felicidade.Enquanto sua língua estava dentro de mim, o dedo me estimulava delicadamente. Eu sentia cada parte da minha pele queimando. Fechei meus olhos e me entreguei àquele momento que esperei por tanto tempo. O nosso momento...Não precisou muito para eu gozar puxando os cabelos dele com tanta força que o fez gemer de dor.Ele me olhou, ainda ajoelhado e disse:- Isso está apenas começando, Chapeuzinho.A água caía sobre seu rosto, deixando-o ainda mais lindo. Desci até ele, me ajoelhando em sua frente e tomando seus lábios, sentindo meu próprio gosto nele. Éramos dois seres completamente ansiosos um pelo corpo do outro, num box de ban
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A argola de chaveiro é eterna
- Então bem-vinda à sua infeliz vida a partir de agora.Ele virou as costas e saiu, me deixando ali, na cama, com a dor que me consumia. Não lembro de algo ter doído tanto em mim até aquele momento. Foi como se alguém tivesse cravado uma faca no meu coração e ficasse girando-a dentro dele.Ele me deixou por eu falar a verdade? Ou pelas fotos que chegaram até ele, que não significavam nada além de um abraço? Fui muito inocente em dizer o que tinha acontecido, quando poderia ter ficado quieta?Deus, eu tinha traído ele... Sim, eu beijei Sam, eu beijei Alexander, mesmo sem querer. Sam foi com o intuito de vingança... Alexander eu nem sei exatamente o que houve naquele momento, pois fui pega totalmente desprevenida. Mas eu o traí... Sim, o traí... E aquilo doía tanto, mas tanto...Corri ao banheiro e vomitei. Minha cabeça começou a doer intensamente. Eu não lembrava quando foi a última vez que me alimentei.Tomei um banho rápido e me vesti, descendo até o saguão do hotel. Ele já havia pag
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Na jukebox
- Sua presença no castelo de Avalon foi simplesmente incrível, Alexia. Você é uma pessoa especial e nunca deixe ninguém lhe dizer o contrário.- Você que é especial, Sam.Nos abraçamos. Ele beijou o topo da minha cabeça.- Quando pretende ir? Amanhã? – perguntou ainda agarrado a mim, parecendo com medo de eu escapar, ao mesmo tempo que me mandava embora.- Não... Agora mesmo.Ele me soltou e virou de costas:- Vá agora, Alexia. Antes que eu me arrependa e não a deixe sair daqui nunca mais.Eu ri. E dei adeus em pensamento. Se Andrew não tivesse aparecido na minha vida quando eu tinha dez anos de idade, certamente eu estaria hoje completamente apaixonada por Samuel Beaumont. E por incrível que possa parecer, eu tenho certeza de que seria muito feliz com ele. Tínhamos muito em comum: tranquilidade, amor de sobra, pensávamos não só em nós mesmo, mas em todos ao nosso redor e éramos extremamente apegados à nossas famílias.Eu não tinha muito em comum com Andy. Ainda assim o amava tanto qu
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Quem eu não quero ser
Eu queria abrir meus olhos, mas eles se recusavam a me obedecer. A cabeça doía muito. E meu coração estava tão acelerado que parecia que eu teria um infarto. Tentei puxar meu braço, mas ele não veio... Parecia estar preso.Abri os olhos com dificuldade. Minhas mãos estavam para cima, amarradas levemente. Estava deitada numa cama. Tentei olhar para trás, mas minha cabeça doía muito e não consegui. Eu estava num quarto amplo, mas levemente escuro. O teto rodava. Tentei falar, gritar, mas minha voz não saia.Me mexi e senti muita dor no corpo. O colchão era duro, mas confortável. A cama enorme. Deus, o que eu havia feito? Dormi com um desconhecido? Eu não lembrava de nada... Absolutamente nada. Ainda me vinha a cabeça a imagem de Alex. Depois disso era tudo um borrão.Consegui retirar as mãos, que estavam amarradas com um tecido fino à cabeceira. Sentei sobre o colchão. Eu estava nua... Entrei em pânico quando vi sangue na cama. Tentei levantar, mas estava tonta. Doía cada parte do meu c
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Vou ver se consigo seguir este protocolo
O voo aterrissou em Alpemburg trazendo uma Alexia sem bagagem, só com a roupa do corpo e uma bolsa atravessada no peito. Eu não era a mesma pessoa que partiu daquele lugar, meses atrás.Liguei para o motorista do castelo e pedi que me buscasse. Havia mais de 50 mensagens e ligações não atendidas no meu celular quebrado: de meus pais, Sean, Sam. E não, nenhuma mensagem de Andrew.Liguei primeiro para minha mãe. Já eliminava duas pessoas de uma vez para retornar a mensagem: ela e meu pai.- Alexia, me diga, pelo amor de Deus, que você está bem. – ouvi a voz dela ansiosa e preocupada do outro lado da linha.Não, eu não estou bem, mamãe. Eu fui vítima de uma vingança sórdida e cruel contra você. Ele me atingiu profundamente, para que você sofresse de todas as formas possíveis. Mas, mãe, você já sofre mais do que qualquer outra pessoa que eu conheço, quando nossa monstrinha segue firme e forte aguardando um doador que pode estar no confim mais remoto do mundo. Eu nunca fui de lhe contar so
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Doutor Lince
- Sam tem idade para ser seu pai.- Mas ele não é.- Alexia, você se envolver com Sam seria uma das piores decepções da minha vida.- Sam? Quem é Sam? Alexia é de Andy e Andy é de Alexia. – falou Aimê. – E eles vão ter o bebê que vai me salvar.Olhei para ela e suspirei. Como contar que eu e Andy não ficaríamos mais juntos, muito menos teríamos o bebê que ela tanto queria?- Monstrinha, Pauline e Henry tiveram um bebê. E ele vai ser seu doador. Eu tenho certeza disto.- Alexia, ninguém lhe contou que a bebê de Pauline não é compatível comigo?Olhei para o meu pai, confusa:- Como assim?- O teste é feito pelo sangue do cordão umbilical. Não é compatível. – ele abaixou a cabeça, confirmando.- Por que ninguém foi capaz de me contar?- Creio que eu tenha ligado umas vinte vezes para você. Por vinte motivos diferentes: um Bugatti queimado, um puxão de orelha por Sam, para avisar que Pauline teve uma menina e avisando que não era compatível. Você não foi capaz de atender nenhuma delas. En
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Lívia
- Mas ele tocou-a, Alteza. – o doutor me olhou por detrás do meu corpo, me observando no espelho. – E isso basta para colocá-lo atrás das grades, de onde nunca mais deverá sair.- Por que escolheu Alpemburg, doutor? Se seus amigos estão em Avalon?- O amor. – ele sorriu. – Conheci a mulher da minha vida e ela é de Alpemburg. A propósito, ela adora o rei Estevan. E foi por este motivo que decidi vir para cá. Ela se recusou a sair. E vi que este país era um bom lugar para começar a minha vida profissional. Sinto muito por seus pais e a situação da pequena princesa.- Diga para sua esposa que Alpemburg voltará a ser um ótimo lugar. Eu garanto.Me vesti e quando voltei, ele me entregou uma caixa com um comprimido:- Sugiro que tome a pílula do dia seguinte, mesmo que tenha passado um pouco do tempo recomendado para sua eficácia, Alteza.- Obrigada.Peguei o comprimido e guardei na bolsa. Tentei pagar a consulta, mas ele não aceitou. Gostei do doutor Lince e isso não me surpreendeu, pois e
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Está me pedindo perdão?
- Como assim o açúcar que Laura colocou no tanque do carro? – perguntou Henry.- Meu avô havia revisado o carro. Estava tudo certo. Como acha que ele parou no meio da corrida? Sean mandou investigar. E foi isso que aconteceu. Mas eu contei a Andrew. E ele, pelo visto, não foi capaz de compartilhar com ninguém. Mas eu não esperava nada melhor vindo dele.- Você fez isso? – perguntou o homem ao lado dela, apresentado como seu “namorado”.- Eu... Não fiz. – ela disse confusa, sem saber ao certo o que responder.- O que importa agora, não é mesmo? Eu estou fora do GP e Andrew vencendo todas as corridas. Acredito que ninguém soube porque isso é só mais uma das coisas que Andrew esconde. – olhei para Katrina e saí.Antes que eu chegasse até o fim do corredor, Andrew já estava na minha frente, impedindo-me de seguir:- Você não pode me acusar deste jeito.- Sim, eu posso. Na minha cabeça sempre acharei que foi você, junto com ela.- Logo depois da nossa conversa, eu voltei para o GP. Não fal
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