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Todos os capítulos do Acordo de amor com um Chevalier: Capítulo 71 - Capítulo 80
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POV SATINI I
Assim que Pauline e Alexia se foram, eu sentei na poltrona e deixei as lágrimas mais uma vez invadirem meus olhos, escorrendo quentes pela minha pele. Mandá-las para longe doía tanto quanto saber que Aimê estava doente e o tratamento poderia não dar certo. As chances dela, embora existissem, eram poucas.Estevan trancou a porta da sala de estar do hospital com a chave e ajoelhou-se no chão, deitando a cabeça sobre minhas pernas e chorando feito uma criança. Minhas lágrimas se misturavam às dele e não tenho certeza de quanto tempo ficamos ali, cada um sofrendo sua própria dor, sabendo exatamente o quanto doía em cada um de nós.- Acha que fizemos o correto? – ele me perguntou, passando o braço no rosto, tentando secar as lágrimas.- Nunca vamos saber.- Elas estão indo para longe de nós... Como nunca estiveram antes, Satini.- E pela primeira vez estamos separados... Sinto como se nossa família...- Estivesse se perdendo. – ele me olhou, alisando meu rosto.- Estevan, conversamos sobre
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Avalon
Não consegui dormir durante o voo. Estava tensa e preocupada. E ainda incrédula com tudo que estava acontecendo comigo e com minha família.Assim que o jato aterrissou, fui recebida por um motorista, que me conduziu ao carro, juntamente com meus pertences. Eu sequer sabia o que havia nas malas.Como eu não tinha interesse em conhecer Avalon, pouco me importei em olhar pela janela para ver como era o país. Estava muito escuro e eu nem sabia que horas eram. Olhei meu celular e percebi que estava sem sinal.- Meu celular está sem sinal. – falei ao motorista. – Sabe me dizer o motivo?- Os telefones não funcionam muito bem em Avalon. Como o rei Stepjan era contra a tecnologia, acabamos ficando um pouco privados disto por um tempo. Embora a rainha ainda tente nos colocar no mesmo patamar que os demais países com relação a isso, caminhamos a passos lentos. – ele explicou.- Então... As pessoas não usam celulares?Ele sorriu e me olhou pelo retrovisor:- Eu disse sinal ruim e às vezes sem si
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O professor
Despertei com a claridade do sol invadindo a cama. Abri meus olhos e olhei para a mulher parada ao meu lado, me observando atentamente.Dei um salto na cama, preocupada:- Quem é você?- Bom dia para você também. – ela ignorou minha pergunta, pegando uma cadeira e sentando de frente para mim.- Eu... Fiz algo errado?- Eu estou aqui tentando entender como Sam deixou você vir para cá. E sinceramente, não consigo chegar a uma conclusão.- Eu juro que não estou entendendo. – falei completamente confusa.A mulher tinha olhos claros e cabelos castanhos. Era bonita e aparentava ter uns trinta anos.- Eu sou Emília Beaumont. Irmã de Sam.- Emília? Prazer conhece-la. – estendi minha mão, incerta se ela aceitaria.Mas ela pegou minha mão, cumprimentando-me ainda compenetrada nas minhas atitudes.- Por que Samuel não deveria ter me deixado vir para cá? Sinceramente... Eu não sei nada sobre este lugar... Ou a sua família.- Sua mãe nunca lhe contou sobre o envolvimento dela com Sam?Olhei-a e nã
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Também sou comprometido
Alex era um ótimo professor, embora a história de Avalon pouco me importasse, mesmo sabendo que minha mãe fazia parte dela. Prestei muita atenção a tudo que ele falou e fiz minhas anotações. De certa forma voltar a estudar me fez esquecer um pouco os problemas que existiam ao meu redor.- Já estou apaixonada por este professor. Dá para ter aula de História todos os dias? – Mirella me olhou, rindo.- Não basta ser bonito... Ainda é um ótimo professor. – observei.- É impressão minha ou ele olha para você mais do que deveria?- Impressão sua... – falei confusa.Mas passei a prestar mais atenção. E sim, enquanto ele falava por vezes eu sentia o olhar dele sobre mim. Certamente estava reconhecendo meu rosto de algum lugar. Duvido que lembraria de mim em Noriah, a garota que perdeu o celular.Assim que a aula encerrou, guardei meu material e coloquei a mochila nas costas quando ele me chamou:- Alexia... Poderia vir aqui um minuto?Ele estava a guardar seu material. A maior parte dos meus
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Obrigada pela gentileza
A semana passou voando. Realmente estudar me ocupava bastante a mente e embora eu estivesse com muita saudade da minha família, Avalon e a faculdade havia feito bem para mim.Emy e Emília eram bastante ocupadas. Eu as via somente durantes as refeições, quando eu participava. Costumava almoçar e jantar algumas vezes na faculdade. Em poucos dias me aproximei de Mirella. Fazíamos várias aulas juntas e conversávamos um pouco, embora nada importante ou comprometedor. Até porque eu não podia ser tão sincera com ela como ela era comigo.Sam sempre tinha tempo para mim. Diariamente me perguntava como havia sido o meu dia e se importava se eu estava gostando dali. Tive pena da minha mãe se um dia ela teve que escolher entre Sam ou meu pai. Porque ele era simplesmente encantador. Sempre que eu olhava para ele, me perguntava se eles tinham dormido juntos alguma vez e eu corava só de pensar. Claro que não perguntaria para ele. Mas sim, eu perguntaria para ela. Ou a curiosidade me mataria.Eu fala
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Samuel Beaumont
- Não... Nada além de eu estar morrendo de saudades.- Eu também liguei para você e não fui atendida. Mandei mensagens que sequer foram visualizadas.- Ei, Chapeuzinho... Acalme-se.- Você está calmo, Andy?- Me desculpe, Ale... Você não está bem?- Deveria estar?Houve um silêncio que pareceu uma eternidade do outro lado da linha, quebrado por Andrew:- Desculpe não ter atendido ou respondido as mensagens. Tenho uma corrida importante neste final de semana. Tenho treinado intensamente.- Eu sei, Andy. Mas eu sinto saudade... Muita saudade. Eu estou sozinha aqui.- Também estou sozinho, Ale. Mas sabíamos que seria assim. Combinamos que quando Aimê melhorar nos casaremos.- Daí você achará viável eu largar tudo e ficar com você?- Ale, eu juro que estou tentando entender a sua fúria, mas não consigo. O que você quer de mim?- O que “você” quer de mim, Andy?- Eu só quero você, Ale. E estou disposto a tudo, inclusive esperar enquanto estamos a milhas de distância...- Me sinto só... Sem
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Mais mentiras
- Gosto quando você se mostra forte. – ele disse.- Talvez eu seja mais forte do que imagino, Alex. Estou aqui em Avalon sozinha há tanto tempo... Nunca imaginei que conseguiria.- Não está sozinha... – ele colocou a mão sobre a minha.Alisei a mão dele:- Obrigada por ser meu amigo.Ele sorriu:- Bebe algo?- Água.- Não... Você precisa provar uma cerveja deste lugar. São fabulosas.- Realmente não bebo. Sinto muito.- Não gosta? Ou não lhe faz bem?- Acho que as duas coisas.De repente me veio à mente os momentos com Andy no iate. Meu corpo se arrepiou com as lembranças quentes e ao mesmo tempo maravilhosas. A quem eu queria enganar? Eu só tinha espaço para ele na minha vida.- Sobre amores do passado... Eu já tive um grande amor. – ele confessou.- Jura?- Parecido em partes com sua história com Andy. Mas sem um final feliz.- O que houve de errado?- Com o perdão da palavra, mas ela era uma “vagabunda”.- Ela deve ter magoado muito você... Para dizer isto dela.- Eu gostava dela d
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Está tentando me seduzir, garotinha?
Assim que cheguei em frente ao prédio onde Alexander morava, ele já estava me esperando na calçada. Estacionei e assim que desci, o abracei com força. Eu precisava de um abraço... Só isso.- Está tudo bem? – ele perguntou enquanto afastava meus cabelos do rosto e me encarava.- Alex... Quantas mentiras... Eu estou farta.- Andrew novamente? Eu vou mata-lo com minhas próprias mãos, eu juro...- Não... Na verdade eu e Andrew estamos bem.- Como assim “estamos bem”? Fizeram as pazes?- Sim... Andy vai vir me ver.- Ele vai vir vê-la? Quando?- Por mais que eu tente mentir para mim mesma, Alex, eu amo Andy... Só ele. Sou incapaz de sentir algo por qualquer outra pessoa.Ele me abraçou novamente e disse, alisando meus cabelos:- Eu queria tanto xingá-la e chamá-la de burra... Mas eu entendo perfeitamente o que você está dizendo, Alexia. O amor é assim... E infelizmente não o que possamos fazer. Por mais que ele faça mal a você... Estará sempre com esperanças de que possam ficar juntos.- E
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De volta pra casa
Eu percebi todos os olhares sobre mim.- Acho que Andrew Chevalier machucou a mão... Está enfaixada. – observou Emília, tentando focar em outra coisa.Ele já estava sem a garota neste momento. Saiu, sem dar entrevistas desta vez. Realmente a mão estava enfaixada. E eu torci para que ele tivesse machucado da última vez que nos falamos, quando ele socou algo no quarto de hotel. Não queria que ele tivesse arrumado briga em algum lugar.A raiva que eu sentia dentro de mim era simplesmente insuportável.- Eu... Vou me recolher. Estou cansada. – falei, quase fugindo dali.Antes que eu chegasse na porta, Sam estava atrás de mim. Me disse:- Se precisar de mim... Estou aqui.- Obrigada.Não adiantava nenhum tipo de gentileza naquele momento. Nada apagaria a imagem que eu vi. E não tinha o que ele pudesse dizer para justificar eu ser traída em rede nacional.Tomei um banho enquanto me derramava em lágrimas. Era tão irônico saber que minha mãe não chorava enquanto eu chorava por qualquer motiv
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Antes que eu esqueça, beijei Sam
- Sim, eu vou fazer um baile de máscaras para você em Alpemburg, monstrinha. E nele comemoraremos a sua vida.- Eu amo você, Alexia Chapeuzinho Vermelho.Comecei a rir, ao mesmo tempo que sentia meu coração doer:- Amo você, Aimê Monstrinha.Assim que desliguei o telefone, fechei meus olhos e respirei fundo, para não chorar novamente. Temia não ter mais lágrimas algum dia... Que secassem de tanto que as derramei.Pensei em mandar uma mensagem para Alex e Mirella, avisando que eu estava em Alpemburg. Mas preferi não. Não tinha certeza de quanto tempo ficaria no meu país. Talvez fosse melhor falar com eles somente quando eu tivesse certeza que Alpemburg voltaria a ser meu lar.No início da noite, minha mãe veio para casa, como combinou comigo. Eu estava com saudades de meu pai. Mas ele ficaria com Aimê naquela noite, então eu só o veria no dia seguinte.Eu estava deitada na minha cama quando Satini chegou, vestida de pijama. Os cabelos dela estavam bem penteados, mas ela estava abatida
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