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Todos os capítulos do Ele é mesmo um Magnata?: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Capítulo 1
(Renata Pellegrini) Observando as nuvens, posso igualar o meu humor a elas, cinza. Parece que os dias vão passando e um vai sendo mais estressante que o outro. Preciso melhorar mais nas matérias de cálculo, não quero precisar ir para a prova final. Minha cabeça dói só de lembrar das fórmulas. "Espero não ser roubada" — penso enquanto suspiro e coloco os fones de ouvido, a música impossible de James Arthur toca e eu me permito fechar os olhos, apoiando a cabeça na janela do ônibus lotado. O trânsito hoje está como de costume, péssimo! Já são quase seis horas da tarde, e pelo andar da carruagem, só chegarei em casa por volta das sete. Que rotina horrível, levanto as quatro e meia da manhã, e só retorno às sete da noite, tudo isso apenas porque não tenho como comprar nem uma mísera lambretinha para não ter que ficar mofando no ponto do ônibus e ainda é lucro quando consigo voltar sentada.Nasci e cresci aqui, moro nessa favela há vinte e quatro anos, ela já foi um bom lugar para se mor
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Capítulo 2
(Renata Pellegrini - Estados Unidos)— Você vai se sair bem — Carol tenta me passar confiança.— Obrigada por tudo, senhorita Carol — agradeço mais uma vez, mesmo que eu não consiga passar na entrevista, o que ela e a minha professora estão fazendo por mim, não consigo encontrar uma maneira digna de agradecer.Ela pisca e caminha para longe de mim, me deixando na frente desse enorme prédio.As cores azuis dominavam, mal se podia ver as partes de metal, o vidro espelhado cobria tudo como se fosse um lençol, com certeza aqui tem mais de quinze andares.Respiro fundo, não tem nem duas horas que eu pisei em terra firme e já sinto como se estivesse me afogando. Queria que meus pais estivessem vivos, queria muito poder trazê-los comigo, dá uma vida melhor para eles. Queria muito vê-los sorrindo, nem que fosse só mais uma vez…“Não é hora de ter pensamentos tristes!” — bato em minhas bochechas e estufo o peito, agora é hora de ter coragem.Abro as portas e seguro firme as alças da minha bol
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Capítulo 3
( Renata Pellegrini) Quem diria, eu realmente estou pisando na sede da empresa Computing Diamond. Atualmente ocupando o quinto lugar no ranking das empresas mais lucrativas do mundo. E o seu dono, ocupando o primeiro lugar no ranking do homem mais rico do mundo, tendo uma fortuna com mais de US$359 bilhões. Suspeito, como a empresa dele fica em quinto e ele em primeiro? Bem, ele deve ter investimentos em outros ramos além da própria empresa. Isso não é da minha conta, já vi tantas propagandas dos computadores e seus sistemas operacionais criados aqui dentro, os celulares smartphones e as smart tv vendidas com os sistemas da Computing Diamond são umas das mais caras no mercado, meu sonho de consumo era ter um notebook da linha Diamond (tanto sua estrutura física, quanto todos os circuitos foram criados e produzidos nessa própria empresa). Quem sabe, como agora eu trabalho aqui, talvez eu tenha algum desconto na hora de comprar. A minha profissão é analista de sistemas, estudei por l
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Capítulo 4
(Renata Pellegrini) — O senhor chegou mais cedo — Verônica fala com um sorriso trêmulo no rosto. Acho que até ela sente medo dele — Por que não me avisou? — E desde quando te deve satisfação? Quem trabalha pra mim é você. Imbécil! Grosso! Babaca! Nem me surpreende, o que se poderia esperar de um magnata? Ele é só mais um no mundo. Arrogante e prepotente. Só mais um idiota que só porque tem dinheiro acha que tem o mundo sobres os pés. Talvez ele realmente tenha, é o homem mais rico do mundo, deve ter tudo o que bem entender. Desde objetos a mulheres, talvez para ele isso nem tenha diferença, homens com dinheiro pensam que mulheres são objetos, que só precisam abanar algumas notas de cem e elas são suas. "Dúvido nada Verônica ser uma das mulheres que sonham em fisgar o magnata" — reviro os olhos com esse pensamento — "Mas bem feito para ela, é exatamente como o ditado diz: Quem com ferro fere, com ferro será ferido!" — sorriu por dentro ao finalizar meu pensamento. — Desculpe senho
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Capítulo 5
(Renata Pellegrini)— S-senhor? — ela pisca várias vezes sem acreditar no que ouviu. Eu também não estou acreditando — E-eu não entendi bem o que disse, o senhor poderia…— Oddio, dammi pazienza — “ oh Deus, dá-me paciência” ele murmura em italiano, enquanto massageia as têmporas — Quero que saia da minha sala, agora!— Mas senhor, e quanto a ela? — Verônica aponta o dedo em minha direção — O senhor mandou demiti-la…— Stai zitto! — “cale-se!” ele aumenta o tom de voz, não tenho certeza se ela entendeu o que ele disse, mas ela se assusta com o tom de voz e se calou. Eu entendi o que ele disse porque sempre ouvia meu pai falando essas palavras em italianos quando eu aprontava alguma coisa — Faça o que te mandei, saia da minha sala, senhorita Verônica, não irei repetir mais uma vez.O queixo de Verônica treme de raiva, com certeza está se sentindo humilhada, ela me olha mais uma vez, consigo ler em seu olhar: “Você vai me pagar!”.Sorriu, seu rosto fica mais vermelho com a minha provocaç
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Capítulo 6
(Renata Pellegrini)Merda! Eu esqueci o carrinho de faxina lá na sala do senhor Filippo, espero que isso não vire um problema mais tarde. Apresso meus passos e sigo para o vestiário, quando cheguei notei que as recepcionistas também tem uniformes, mas irei procurar pela Amanda vestida com a roupa que eu vim e devolver esse uniforme e a chave para o armário de origem.Agora de roupa trocada, dou uma ajeitada no cabelo e me olho pela última vez no meu espelhinho de bolsa. Guado tudo e saio do vestiário, a passos lentos volto para o balcão de recepção.Sinto que me olham de cima a baixo, engulo seco, por que nesse mundo é tão difícil ser simpático com quem não esbanja dinheiro?Respiro fundo mais uma vez e me aproximo de um dos recepcionistas.— Bom dia! O senhor pode me dizer como eu encontro a Amanda, por favor?— Ela está no vestiário — reponde.— Eu acabei de sair do vestiário e não tinha mais ninguém lá — explico.— O vestiário do setor de recepção é daquele lado, gata — ele fala e a
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Capítulo 7
(Renata Pellegrini) Estou com tanta fome e minhas pernas estão tão doloridas que tenho a impressão que ouvi errado, é sério isso? Realmente o homem mais rico do mundo está me oferecendo uma carona? — N-não, mas o senhor poderia me dizer onde fica o ponto de táxi? Será que esse dinheiro dá para pagar o taxi? Sei que as coisas aqui são mais em conta que no Brasil, seria melhor um ônibus, mas só para disfarçar pergunto do ponto de táxi e lá, com as pessoas que provavelmente nunca mais verei na vida, pergunto onde fica o ponto de ônibus. — Você não vai pegar o táxi — afirma olhando dentro de meus olhos. — Vou sim — minto — Eu só não sei onde o ponto fica. — Sta mentendo per me, ragazza? — “está mentindo para mim, garota?”, ele fala em italiano, seu tom me diz que essa pergunta é mais como um aviso, tipo: continue mentindo, e você verá. Minhas bochechas queimam, como ele pode ter tanta convicção que estou mentindo? Sou tão transparente assim? Eu nunca consegui esconder nada de me
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Capítulo 8
(Renata Pellegrini) Filippo não me responde, apenas dá partida no carro mais uma vez e volta para a estrada. Foco minha visão para a paisagem noturna além da janela, estou sem coragem de olhar em seus olhos, confesso que apenas o encarava para não parecer uma covarde, mas agora, estou com vergonha. — O que achou de trabalhar lá na empresa? — ele quebra o silêncio. — Achei interessante, sempre foi meu sonho trabalhar na maior empresa de tecnologia do mundo, e confesso, tirando a parte do vestiário do setor de faxina, todo o resto é um sonho de lugar — confesso. — O que tem de errado com o vestiário do setor de faxina? — ele pergunta me olhando com o cenho franzido. — Bem, é pequeno e parece fazer parte de outra empresa, em todos os lugares que estive hoje, lá é o único que cheira a mofo, é apertado, mal iluminado, as paredes estão descascadas e… — Amanhã investigarei isso — me corta abruptamente e volta a encarar a rua. Não digo mais nada, entrelaço meus dedos sobre meu colo, eu
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Capítulo 9
(Filippo Valentini)Antes de entrar no carro, verifico se tem alguém suspeito me olhando pela extensão da rua, tudo aparenta estar normal. Entro e dou partida. A lembrança do cheiro doce que Renata tem me vem à mente, me segurei para não jogá-la de bruços sobre aquela mesa e fode-la até que ela não sentisse mais as pernas.Além de um rosto e um corpo bonito, ela tem dotes culinários, senti como se estivesse comendo uma macarronada saindo direto de uma cozinha italiana, gostei da nostalgia.Eu queria ter feito mais perguntas a ela, mas ela notaria que investiguei sobre sua vida, eu esperava que ela interagisse mais e também me perguntasse alguma coisa, assim ficaria mais natural a conversa e eu poderia questionar com a desculpa de que apenas bateu curiosidade com o rumo da conversa, mas ela apenas comeu calada após falar que seu pai estava morto.Na pesquisa, o nome do pai dela não consta em seus documentos, apenas o nome da mãe, Sandra Moreira Pellegrini. Observei a foto da mulher, e e
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Capítulo 10
(Filippo Valentini)Abro os olhos, não reconheço onde estou, tento puxar o ar com mais força, mas o pano em meu nariz dificulta a passagem do ar, passo a mão por meu rosto, ainda estou usando a máscara. Desgraça! Como eu fui deixar isso acontecer!? Burro! Burro! Burro!Sento seja lá onde eu estiver e olho ao redor, paredes brancas e várias camas, aqui é a enfermaria da base. — Pensei que não ia mais acordar — Camily aparece no meu campo de visão.— Alguém viu o meu rosto? — vou logo ao ponto, não posso deixar ninguém desnecessário saber minha identidade, vai dar muito trabalho depois matar tantos.Se bem que não vou conseguir matar todos, mas enfim, se não matar a maioria, vou ter sério problemas com as outras famílias, por isso não quero que saibam. Antes da morte do meu pai, eu planejava fugir, iria viver uma vida de fugitivo, mas qualquer coisa era melhor do que continuar vivendo lá. Mas aí o Senhor me ajudou levando aquele desgraçado, meu irmão ocupou o seu lugar. Seria muita in
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