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Todos os capítulos do Como odiar um CEO em 48 horas: Capítulo 171 - Capítulo 180
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Não é verdade (II)
- Me larga, porra... Agora. – Ele gritou, enquanto eu seguia segurando sua camiseta.As mãos dele retiraram meus braços com força, rasgando a camisa por completo, como se aquele tecido fosse o que eu tinha de mais importante naquele momento.Ben olhou para a roupa rasgada e depois para mim. Os olhos dele escorriam lágrimas. Balançou a cabeça e foi para a parede, dando socos contínuos, ecoando pelo corredor, soltando um grunhido de dor, feito um animal ferido, até o sangue misturar-se à tinta branca que cobria o concreto.Daniel veio até nós, já sabendo o que tinha acontecido, mesmo que ninguém tivesse lhe contado. Tentou tirar Ben dali, enquanto todas as pessoas se voltam a nós. Mas era inútil tentar tocá-lo.Ben ficou forte como uma rocha e seguiu, até não ter mais forças. Dois seguranças chegaram em seguida e o retiraram, sendo seguidos por mim e Daniel, até a porta da rua.- Acalme-se ou chamaremos a Polícia. – Um deles ameaçou.- Precisamos de ajuda... – falei, a voz quase não sai
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Thank you for loving me
Ben foi atendido, medicado, teve a mão enfaixada e levado para casa, por Daniel. Embora quisesse ficar comigo, não permiti. Ele precisava dormir e descansar. Estava muito abalado emocionalmente.Se eu estava abalada? Deus, estava completamente destruída por dentro. Mas sabia como lidar com perdas, com dores horríveis que pareciam não ter fim e com um corpo que mal conseguia parar em pé. Eu era expert em rasteiras da vida.Fiquei observando Maria Lua pelo vidro até minhas pernas não suportarem mais o peso do meu corpo. Então fui até a sala de recepção da Maternidade e sente, recostando a cabeça para trás e fechando meus olhos.Eu pensava em tantas coisas ao mesmo tempo que não conseguia focar em uma só. Aqueles olhos verdes sensuais ficavam passeando pela minha mente, quase me enlouquecendo. Eu não queria, mas conseguia ver Salma e Heitor na cama, transando. As mãos dele, quentes, passando pelo corpo dela, ansiosas. Podia ouvir os gemidos da minha amiga sob o corpo dele, enquanto senti
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Thank you for loving me (II)
- Sim. – Menti. Senti um frio na barriga ao pegar o pequeno envelope e abrir, com as mãos trêmulas, não sei se pelo medo do que tinha escrito ali ou por meu corpo estar exigindo atenção, prestes a cair a qualquer momento. Bem-vinda à Noriah Norte, desclassificada. Espero que tenha se curado da bebedeira. Podemos jantar juntos hoje? A saudade está acabando comigo. Sentei no sofá confortável, pois estava completamente fora de mim, a ponto de desmaiar. - Está pálida. – Daniel disse. – Tudo bem? Assenti, com a cabeça, incapaz de dizer qualquer palavra. - Ela passou bem a noite? – ele se referiu à Maria Lua. Confirmei com um gesto, sem palavras. Ele foi andando até o vidro e ficou ali, observando-a. Ben sentou ao meu lado: - Foi ele que mandou? - Sim. – Respondi mecanicamente, mostrando o bilhete. Ben leu e suspirou: - Sei que a mentira tem pernas curtas, mas precisa acabar de vez com isso, Babi. Mesmo que vocês fiquem juntos, criando Maria Lua lado a lado, qualquer coisa que ac
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Que porra você fez, Babi?
Meu peito se contraiu ainda mais numa dor que fodia minha mente tanto quanto meu corpo. Voltei para o vidro da maternidade, olhando aqueles dois quilos de carne com boca e nome, se remexendo, tão frágil, tão bela, tão dependente de mim. A pediatra me observou atentamente e chamou-me com o dedo. A enfermeira foi até a porta e autorizou minha entrada.Sentei numa poltrona, enquanto via outro bebê ir para o quarto, pois a mãe já havia voltado da sala de parto. Maria Lua foi trazida até mim, colocada sobre meu peito. Encarei aqueles olhinhos claros que se abriram na minha direção, parecendo sem foco, a pele enrugadinha, descascando levemente.Sim, ela valia qualquer coisa. Era um amor que eu não poderia explicar em mil anos.Ah, Heitor, abro mão de você ao mesmo tempo que aceito sua filha como minha. Quanta ironia. Quero odiá-lo pelo que fez, mas não consigo
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Que porra você fez, Babi? (II)
- Maconha. É natural e você, mais do que ninguém, sabe dos efeitos. – Sorriu debochadamente.- Os dois. – Falei nervosamente, pegando o dinheiro da bolsa com as mãos trêmulas.Assim que paguei, me dirigi à porta e ele se pôs na minha frente:- Quem diria que você apareceria aqui, depois de tantos anos... E tudo que houve?- Também me impressionei de vir parar aqui. – Confessei para mim mesma, em voz alta.Ele deu um sorriso trêmulo:- Venha sempre que quiser. Recebo coisas novas antes dos demais em Noriah Norte.- Ok.Tentei abrir a porta, amedrontada. Só estávamos nós dois ali e aquilo não era nada seguro. Por sorte, ele me deixou sair.- Pode chamar um táxi para mim? – perguntei.- Não entra táxi aqui. Pode ir na boa. Ninguém vai mexer com você. - Garantiu.Ler mais
Por que você tem que ser tão sensato?
Olhei para Ben:- Eu sabia que isso não daria certo. – Suspirei, resignada.Sebastian veio até mim e afastou a coberta fina, que cobria parte do rosto de Maria Lua:- O que você está fazendo, porra?- Eu vou cuidar dela. Salma pediu. – Falei, tentando me justificar.- Caralho!- Não fale alto, vai acordá-la. – Pedi.Ele passou a mãos nos cabelos, o rosto avermelhado:- Quem é o pai desta criança?- Heitor. – Confessei, com a voz quase inaudível, abaixando a cabeça, envergonhada.- Não! – ele gritou. – Não é verdade!- Não grite, porra! – Fui andando com Maria Lua, aturdida, retirando-a da sala.Sebastian foi atrás de mim:- O que você tem na cabeça, Babi? Porque cérebro eu tenho certeza que não é.Ben pegou-o pelo braço e olhou-o firmemente:- Espera, Sebastian. Vamos explicar tudo. Dê um tempo.- Não tem tempo. Ou me digam agora o que está acontecendo ou anulo esta porra de certidão. Vocês enlouqueceram juntos, só pode... – Ele passou a mão com força no rosto, indo até a o queixo, en
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Por que você tem que ser tão sensato? (II)
Ficamos todos em silêncio.- Por que você tem que ser tão sensato, porra? – Ben não aguentou as lágrimas – Eu chamei você porque era a única pessoa que poderia nos ajudar e não revelar nosso segredo, em função de amar Babi. Agora você... Joga todas estas verdades sobre a gente... Quando tudo que fizemos foi querer ficar com a criança que acompanhamos toda a gestação, que enchemos de amor desde sempre, que... – ele não teve mais palavras, que embargaram junto das lágrimas.- Eu entendo que não fizeram por mal... Eu detesto Heitor e vocês sabem disso. Mas eu no lugar dele... Acabaria com vocês dois se soubesse a verdade. E os colocaria atrás das grades.- Você tem razão. – Respirei, limpando as lágrimas.Ainda tinha um grito trancado na minha garganta, uma dor horrível que eu não conseguia expor ou deixar sair.- Thorzinho não é ruim... – Ben disse. – Mas... Não queremos nos afastar da nossa filha.- Ela é filha “dele”. – Sebastian fez questão de repetir. – Não podem esconder isso para
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Eu quero você
A primeira mamadeira que eu e Ben preparamos deu o que falar. Não acertávamos a temperatura e a cada gota que ela sorvia do leite, tínhamos medo que se afogasse.A fralda que Ben trocou vazou de primeira, sendo colocada do lado contrário. Pomada de assadura? Para que serve isso? Quantas vezes ao dia usamos? Ela deve dormir de lado, de bruços ou barriga para cima? É normal ela dormir tanto? Que horas ela abre os olhos?- Vamos deixar o celular para despertar de três em três horas. Cada um levanta uma vez para preparar o leite. – Ele sugeriu.- Ok. Mas ela dorme no meu quarto até comprarmos um berço.- Isso não é justo. Por que não no meu?- Salma pediu que “eu” cuidasse dela.- Mas “eu” comprei todas as roupas que ela tem. E “eu” fui com ela no hospital, porque ela quis que fosse assim.- Mas exigiu “
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Eu quero você (II)
Parei ao lado dele, olhando para a escuridão do mar, mesclado ao céu estrelado.- Quer se matar? – perguntei.A cabeça dele virou na minha direção e não disse nada.- Vai me ignorar? – Insisti.- Vá embora, assombração.- Assombração? – eu ri. – Tenho cara de assombração para você?- Tem...- Hum, eu sou uma droga, não é mesmo? – relembrei as palavras dele. – Mas eu acho que posso ser uma droga melhor que o seu uísque, desclassificado mor.- Sai daqui, porra! Não posso nem sonhar em paz?Peguei o braço dele e o fiz virar na minha direção:- Isso não é um sonho, desclassificado. Vamos embora.- Eu odeio você. – falou, com a voz baixa.- Eu sei... Nem por isso vou deixá-lo morrer aqui.<
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Posso te beijar?
- Ok, obrigada por responder em nome de Deus. Aliás, eu acho que você não deixa de ser o meu deus... Só que grego. Quando estou ao seu lado é como se nada mais existisse, só você e eu.Ele colocou o dedo num painel na porta, fazendo com que ela se abrisse automaticamente.- Ok, devo cortar seu dedo quando precisar entrar? É isso? – comecei a rir.- Eu sou Deus! – Ele gritou, abrindo os braços enquanto entrava e as luzes se ligavam automaticamente.Fiquei parada assim que a porta se fechou, olhando tudo ao meu redor, tentando não ficar maravilhada com a vista. O lugar era simplesmente gigantesco. Uma sala com sofás em formato L e tapete branco (sim, quem, em estado normal, colocaria tapetes brancos na sala, para os outros pisarem com os sapatos?). Como o espaço era amplo, a sala, mesmo em tamanho enorme, ficava parecendo dançar sobre o piso cinza claro, que mais parecia um espelho.Atrás só se via vidros e cortinas blackout, abertas, mostrando toda a cidade. Uma escada de vidro (sim, e
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