Não é verdade (II)

- Me larga, porra... Agora. – Ele gritou, enquanto eu seguia segurando sua camiseta.

As mãos dele retiraram meus braços com força, rasgando a camisa por completo, como se aquele tecido fosse o que eu tinha de mais importante naquele momento.

Ben olhou para a roupa rasgada e depois para mim. Os olhos dele escorriam lágrimas. Balançou a cabeça e foi para a parede, dando socos contínuos, ecoando pelo corredor, soltando um grunhido de dor, feito um animal ferido, até o sangue misturar-se à tinta branca que cobria o concreto.

Daniel veio até nós, já sabendo o que tinha acontecido, mesmo que ninguém tivesse lhe contado. Tentou tirar Ben dali, enquanto todas as pessoas se voltam a nós. Mas era inútil tentar tocá-lo.

Ben ficou forte como uma rocha e seguiu, até não ter mais forças. Dois seguranças chegaram em seguida e o retiraram, sendo seguidos por mim e Daniel, até a porta da rua.

- Acalme-se ou chamaremos a Polícia. – Um deles ameaçou.

- Precisamos de ajuda... – falei, a voz quase não sai
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo