Que porra você fez, Babi?

Meu peito se contraiu ainda mais numa dor que fodia minha mente tanto quanto meu corpo. Voltei para o vidro da maternidade, olhando aqueles dois quilos de carne com boca e nome, se remexendo, tão frágil, tão bela, tão dependente de mim. A pediatra me observou atentamente e chamou-me com o dedo. A enfermeira foi até a porta e autorizou minha entrada.

Sentei numa poltrona, enquanto via outro bebê ir para o quarto, pois a mãe já havia voltado da sala de parto. Maria Lua foi trazida até mim, colocada sobre meu peito. Encarei aqueles olhinhos claros que se abriram na minha direção, parecendo sem foco, a pele enrugadinha, descascando levemente.

Sim, ela valia qualquer coisa. Era um amor que eu não poderia explicar em mil anos.

Ah, Heitor, abro mão de você ao mesmo tempo que aceito sua filha como minha. Quanta ironia. Quero odiá-lo pelo que fez, mas não consigo

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