Não é verdade!

- Ela só precisa disso: amor e carinho. E acompanhamento médico. Gostaria de seguir acompanhando o desenvolvimento dela.

- Maria Lua é uma guerreira, como a mamãe. – Falei.

- Ainda não chamei o pai. Ele não sabe o que aconteceu.

- Ele não é o pai – falei. – Era o namorado de Salma.

- Entendo... Então... Você é familiar?

- Amiga.

- Onde estão os familiares dela?

- Longe. E eles não tem capacidade financeira nem emocional para cuidar da bebê.

- Então eu acho que temos um problema aqui.

- Como assim? – arqueei a sobrancelha, confusa.

- Se despeça da bebê e vamos conversar um minuto ali fora. – Ela disse.

- Tudo bem. – Concordei, ainda tentando entender o que ela queria dizer.

A médica saiu e a enfermeira permanecia ali, sentada, fazendo algumas anotações.

Olhei a menina perfeita aconchegada a mim e um misto de sentimentos se apossou de todo meu ser. Era a sensação de perda com a euforia de chegada de uma criança. Eu tinha vontade de gritar, chorar e ao mesmo tempo sorrir sozinha.

- Eu vo
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