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Todos os capítulos do Amnésia da doce esposa do CEO: Capítulo 31 - Capítulo 40
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Controle
A chuva não deu trégua o domingo inteiro e na segunda não foi diferente. Seu barulho tranquilizante, aliado ao clima frio, fez Sara pensar em adiar seus planos e permanecer enrolada no edredom quentinho. No entanto, um clarão, seguido de um estrondo assustador, a fez sentar na cama com o coração a mil. Amava o som da chuva na mesma intensidade que odiava trovões.Suspirou, sentida pela frustração de seus planos de dormir mais um pouco e, quando outro trovão ecoou potente, desistiu de vez de dormir e seguiu para o banheiro.Depois de um banho, que a fez lamentar abandonar a água quentinha, se secou, colocou seu roupão e seguiu até sua penteadeira para se maquiar. Destacou os olhos com lápis, os cílios com rímel e completou com um batom clarinho. Depois se concentrou no longo cabelo, penteando-os de forma a caírem em uma cascata de cachos por seus ombros e costas.No closet escolheu calças jeans skinny e camisa de gola alta e manga comprida branca com listras rosa. Duas peças do guarda-
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Só com você
Perdidos nos braços um do outro entre beijos e carícias, só perceberam a presença de uma terceira pessoa quando ouviram o barulho de algo caindo. Voltaramos rostos para a porta, vendo Marta parada no vão, fitando-os boquiaberta e com olhos arregalados.— Ah! Desculpe... Eu não... É que... — gaguejava abaixando-se para pegar sua bolsa, que caiu tamanha a surpresa em flagra o casal se agarrando em cima da mesa.“Droga, Marta sempre chega na hora errada”, pensou Sara desgostosa.Observou a empregada apertar a bolsa contra o peito, o constrangimento vibrante em suas feições. Então retornou sua atenção para Rodrigo, ainda com uma mão fechada, e paralisada, em seu seio.Ele a fitou parecendo tão insatisfeito quanto ela com a interrupção. Por um instante, ignoraram a presença de Marta e riram cúmplices, suas testas se tocando, os olhos brilhantes e contemplativos, os corações no mesmo ritmo apaixonado.Sara suspirou ao sentir a mão de Rodrigo deslizar de seu seio para sua cintura, seu lament
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Jogo duplo
Somente depois de meia hora que o casal Montenegro saiu é que Marta teve coragem de pegar seu celular. Fitou a tela do aparelho em sua mão, o dedo pairando indeciso. Não costumava, e nem deveria, pensar tanto para efetuar a ligação, afinal, só conseguiu aquele emprego porque Isabel falsificou sua carta de recomendação e vários dados de seu currículo. O único que ela pediu, que na época pareceu pouco, foi que a informasse do que acontecia no lar dos Montenegro. Sem a ajuda de Isabel permaneceria servindo drinques para um bando de bêbados tarados ou coisa pior para pagar a faculdade. Em vez disso, ganhava um salário alto para fazer quase nada em um apartamento aparelhado até o teto, recebia ainda mais dinheiro das mãos da loira e bônus quando a deixava feliz com as informações. No começo era fácil cumprir o combinado. A senhora Montenegro foi uma megera desde o primeiro dia. A azucrinava a toa, gritava sempre que se estressava - normalmente por algo relacionado com o marido -, e tinh
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Pedido
Diferente da primeira vez que entrou no hospital Santana em busca de sua madrinha, Sara foi bem recepcionada no balcão de atendimento pela mesma atendente da vez anterior. Embora a mulher ainda a mirasse com desdém, com um sorriso forçado, se prontificou a anunciar sua chegada e indicou a direção do escritório de Tatiana. Encontrou a diretora do Santana fora da sala. Ansiosa sua madrinha não conseguiu aguardar dentro do escritório, optando por ir ao encontro da afilhada para recepciona-la com um forte abraço. — Está magnífica! Finalmente trocou aqueles terninhos e vestidos de senhora por peças joviais — Tatiana elogiou ao se afastar, mantendo as mãos nos ombros de Sara ao observa-la de cima a baixo. — E a que devo a sua visita? — perguntou levando-a para dentro da sala. Sara aguardou Tatiana sentar-se, ocupou uma cadeira que a médica indicou e, inspirando fundo para juntar coragem, falou trêmula: — Quero fazer um pedido... Sei que provavelmente não deveria, mas... Curiosa com a i
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Rumo Tempestuoso
Batendo distraído o lápis na escrivaninha de mogno, Rodrigo tentava, sem sucesso, desviar os pensamentos de sua mulher, mas Sara dominava sua mente. Queria saber o que fazia naquele momento, se estava no hospital, na tal galeria de arte ou com Laura.A impressão de que havia algo errado aumentou com o passar das horas, piorando depois do horário do almoço, em que ela não apareceu e nem telefonou para avisar que não viria.Remoeu a ironia de, após anos reclamando dos telefonemas e aparições de Sara em seu trabalho, desejar tanto que ela o fizesse. Pior, se segurava para não fazê-lo e exigir saber onde estava, com quem e o que fazia.Olhou para o telefone fixo ao seu lado quando a vontade retornou, os dedos formigando de vontade de agarrar o fone e digitar o número da esposa.— Oi, Rodrigo! — Júlio o cumprimentou, entrando em sua sala seguido de perto por uma aborrecida Karen.— Eu tentei dizer a essa criatura que checaria se podia ou não entrar, mas ele se faz de surdo — reclamou a sec
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Não era assim
Robson voltava de seu horário de almoço, quando uma mulher colidiu contra ele. Automaticamente, percebendo que ela cairia, a segurou pela cintura, de forma a evitar a queda.Quando ela ergueu o rosto, surpreso e contente, a reconheceu de imediato.— Sara! — exclamou sorrindo, reclamando brincalhão. — Pensei que não viria mais.Por alguns segundos, como sempre acontecia desde seus quatorze anos, Sara se perdeu nos calorosos olhos castanhos.Houve um tempo em que pensou ser impossível atrair o olhar dele. Dois anos mais velho, talentoso e bem humorado, Robson tinha um carisma hipnótico, tornando-se popular entre as garotas de Cézario.Pensou que jamais teria uma chance, mas, para sua sorte, tinha uma amiga maravilhosa que agiu como cupido. Isabel contou sobre sua paixão para ele e conseguiu convencê-lo a sair com ela. Um encontro levou a outros e, pouco tempo depois, namoravam firme.Amar Robson lhe deu confiança, a fez se sentir a mais afortunada das garotas, ao ponto que cansava as am
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Culpa
Cansado, e com um milhão de dúvidas rondando sua mente, Rodrigo entrou no apartamento disposto a seguir o conselho de Júlio.As luzes estavam apagadas, porém, o televisor da sala encontrava-se ligado, garantindo visibilidade suficiente para que não necessitasse acende-las.Trancou a porta e caminhou devagar para o centro da sala. Viu, sobre a mesinha de centro, uma grande tigela de pipoca, uma garrafa de refrigerante e um copo com vestígios da bebida.Sara estava deitada no sofá, um cobertor a cobrindo até a cintura, a cabeça apoiada em uma almofada, os cabelos bagunçados e os lindos olhos verdes atentos na tela. Não demorou a notar sua presença e sentar, um discreto sorriso se formando em seus lábios.— Boa noite! — ela disse ajeitando os fios sem muito sucesso. — Como foi seu dia de trabalho? — perguntou desistindo de pentear o cabelo com os dedos.Rodrigo largou sua pasta na mesinha e sentou-se ao lado dela.— Bem. Mas seria melhor se tivesse me visitado — respondeu, esticando o br
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Revista
Girando sua cadeira, Isabel apreciava extasiada a nova edição da revista Famous, cuja capa estampava uma foto do casal Montenegro rasgada ao meio, abaixo da foto a legenda: “Casal Montenegro perto de um eminente divórcio?”. Nas páginas internas mais fotos, essas tão comprometedoras que deixavam claro o motivo da legenda da capa.— Está magnífica — comemorou.Apertou a revista contra o peito e forçou sua cadeira a girar um pouco mais enquanto ria divertida. Era a realização de seu maior desejo, a cartada final contra Sara. Por fim, abalaria a vida dela como a sua foi por causa do ciúme obsessivo da Montenegro.— Quanta felicidade — Gabriel resmungou, sentando na beira de sua mesa. — Não entendo esse prazer em prejudicar os Montenegro. — A fitou atento. — Continua apaixonada por Rodrigo Montenegro por acaso?Isabel bufou irritada. Pelo jeito seus colegas - um bando de fofoqueiros sem o que fazer -, andaram espalhando sua antiga paixão pelo marido da ex-amiga. Quantas vezes teria que rep
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Diferente
Olhando repetidas vezes as imagens, Karen exultava com a repercussão que aquela notícia teria em Rodrigo.Estava no mesmo nível da esposa dissimulada. Ambas o traíram e tinham as mesmas chances. Karen estava confiante de sair vencedora, pois, após ler e ver as fotos impressas na revista, era perceptível que Sara não lutaria por Rodrigo. Pelo menos uma vantagem teve com a amnésia dela.A porta do elevador a sua frente abriu-se, dando passagem para Rodrigo. Os olhos escuros evitaram mira-la ao passar pela antessala. Ciente seguiria direto para o escritório, Karen se levantou, pegou a revista e barrou o caminho do Montenegro.— Chegou uma correspondência interessante para você, amorzinho! — cantarolou com uma sórdida satisfação.— Deixe na minha sala — informou irritado por ela se colocar entre ele e sua sala.— Não, não, não, Rodrigo — disse com voz manhosa, estendendo a revista. — Tenho de entregar em mãos. Não perderei essa oportunidade por nada no mundo.Rodrigo pegou sem qualquer in
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Histórico amoroso
Após ver as fotos publicadas e ler superficialmente a matéria, Júlio entendeu o acesso de fúria do amigo e sócio. Lembrava-se de como Rodrigo ficou devastado depois da traição de Karen. Ele tomou decisões duvidosas por causa dessa raiva, uma delas sendo pedir Sara em casamento. Tudo para manter a postura de senhor de seu destino, mesmo que por dentro estivesse destruído.A vida não era fácil para o Montenegro, toda vez que se erguia orgulhoso, algo vinha lhe dar uma rasteira e lança-lo ao chão.Entrou na sala do sócio e o encontrou em pé, atrás da mesa de mogno do escritório, virado para a janela, a testa e os punhos cerrados apoiados no vidro.— É apenas fofoca — declarou depois de alguns instantes de silêncio. — Sara deve ter uma explicação.— Claro que tem. Elas sempre têm — Rodrigo riu e se voltou para o loiro, os lábios curvados em um sorriso desdenhoso. — A explicação é que insistiu em sair de casa sozinha para encontrar o amante. Enquanto isso, o imbecil aqui — apontou para o p
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