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Todos os capítulos do Pecado Divino: Capítulo 1 - Capítulo 10
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Raposa Branca
— Está tudo bem, Tenshi, eu posso ir sozinho. — Está escuro, Alteza, e o caminho é acidentado. — Tudo bem, tudo bem. — Shu abanou a mão, num sinal de dispensa enquanto descia da carruagem. — Não quero ocupar mais do seu tempo, sei que você é um oficial muito requisitado.— Fui eu quem pediu pra vir, Alteza. — Tenshi soltou-lhe a mão direita assim que o Deus chegou no chão em segurança. Aquelas carruagens reais eram altas demais para um Deus com tão baixa estatura. — Eu insisto em acompanhá-Lo até o templo. — Já disse que não precisa. — Shu sorriu-lhe, aquele Seu belo sorriso de rosto inteiro
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Desconhecidos
Tanto Tenshi quanto a raposa arregalaram os olhos: o oficial celeste impressionado pela possibilidade nunca ter lhe cruzado a cabeça, e o animal com os olhinhos negros brilhando, refletindo perfeitamente o Deus que voltava pra mesa, pondo duas tigelas do ensopado sobre ela e um prato raso no chão, só com a carne. — Né, Tenshi... — Ele se sentou. — ...o meu tempo já passou... as pessoas não bebem mais por alegria e nem acreditam na boa sorte, além do mais, despreocupação não é uma palavra que combine com esse mundo. — Olhou pela janela sem persianas ali ao lado: o céu estava limpo, e o sol brilhava intensamente. — Eu fico pensando... se eu deveria agradecer à raposa por ter alongado meus dias protegendo o templo, ou se eu devo lhe pedir desculpas. Ler mais
Flores pro Altar
Graças a um presente do Deus da Fortuna, deixado sobre o portal do seu templo no outro dia, Shu foi capaz de descer o morro pra fazer compras no centro comercial da cidade. — Shu, você também precisa comprar comida. — Kitsune alertou, percebendo que já estavam há muito tempo numa casa de vinhos.— Tudo bem, tudo bem. — Shu abanou a mão pra ele, ainda distraído com o rótulo da garrafa que estava segurando. — Cerveja também alimenta."Mas nós não compramos cerveja", pensou, olhando para a sacola com um licor de ameixa que estava segurando. — Oh, esse deve ser bom, é importado de Portugal... Kitsune? — Shu olhou pros lados. — U&eacut
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Cerimônia de Familiar
Na semana que se seguiu, Kitsune ficou mais recluso. "Ele é introvertido, parece", Shu pensava, vendo-o sair todas as manhãs em sua forma animal e voltar com uns gravetinhos na boca pra depois ficar sentado nos degraus do templo os raspando com uma faca. Ficava concentrado nisso até uma hora antes do meio dia, quando saia de novo como raposa pra floresta e voltava com algum tatu ou outro animal pequeno para fazer o almoço.— Né, Konkon... você não precisa comer, precisa? — Perguntou uma vez, tentando abrir uma garrafa de vinho enquanto ele punha a mesa. — Não. — Ele respondeu, simples. — Mas você precisa. — Pegou a garrafa da sua mão, abrindo-a ele mesmo com facilidade. — Se não se cuidar pode perder esse corpo, Shu: deuses costumam ser des
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Pecado
— Neeeeeeeeee... Kitsuneeeeeeee!... O Deus do Sake estava bêbado: grande novidade. Mas também, depois de secar toda a garrafa de licor de ameixa com Kitsune, não se podia esperar menos. — Diga. — O Tenshi está bravo comigo, agora! — Reclamou, fazendo cara de choro. — De quê adianta recuperar meus poderes se meus amigos ficarem bravos comigo? — Está realmente preocupado com isso? — Estou! Estou! — Ele bateu a mão na mesa fracamente. — Não quero que ninguém fique bravo comigo! E ele está bravo comigo!— Eu não estou brav
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Visita do Deus Supremo
— Minhas congratulações, Shu. — O Deus Supremo cumprimentou, assim que foi recebido no salão principal do templo do Deus do Sake. — É ótimo que o caso tenha se resolvido e que tenha recuperado sua força de outrora.— Uhm, tudo graças ao Kitsune. — Shu concordou, sorrindo de canto para o espírito da raposa, sentado ao seu lado; ele lhe sorriu de volta. — Kami, eu gostaria de pedir para que o favorecesse por isso. — É justo. — Kami sorriu, percebendo Tenshi revirar os olhos ao seu lado. — Como Deus Supremo não posso negligenciar o favor concedido por um espírito tão forte a um dos meus tão amados deuses; no entanto, Kitsune... — Voltou-se a ele. — ...mesmo eu ainda estou surpreso, já que é
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Chega o Deus da Beleza, Kirê
O deus aprendiz chegou ao templo um mês depois que Shu devolveu a carta de recomendação aceitando-o como pupilo temporário. — Esse Templo ta um lixo, com todo respeito. — E essa foi a primeira coisa que ele falou, tirando os óculos escuros pra dar uma boa olhada na fachada. — Valei-me! Eu não fico aqui desse jeito nem que me paguem. — Esse é o tal do Kirê? — Yurei murmurou no ouvido de Shu, cobrindo a boca com o leque. — Aproveita que ele quer ir embora e expulsa esse fresco.— Aha, tudo bem, tudo bem. — Shu murmurou de volta. — Primeiras impressões não são as que ficam, né? — Será que não? — Y
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Só o que eu tenho feito...
— Pêssego? Aonde você achou um pé? Nesse morro aqui não tem. — Não interessa aonde eu achei. — Tirou sua faquinha de dentro da roupa: uma de cabo de metal e pedras de rubi rosa com a qual ele estava sempre em mãos. — Yurei, pegue um prato limpo pra mim. — Pra já! — Hum. — Kirê cruzou os braços enquanto o outro se levantava da mesa prontamente. — O pêssego é uma fruta muito elegante, e que exige muito cuidado ao servir... um cuidado que duvido que um demônio tenha.— E eu pedi sua opinião, por acaso? — Tch.—
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A Conferência da Corte
Assim que chegaram à Conferência da Corte perceberam que a estrela principal do evento era Kitsune: o rei demônio que se tornou serviçal de um Deus quase esquecido."É aquele rei demônio?""Sim, aquele...""Que ficava ao pé de um templo! Ele fez um escândalo!""Templo, que templo?""De um Deus...não lembro o nome.""Um Deus esquecido! Foi com ele que fez o contrato!""Foi?!?""Sim, sim, com ele mesmo!""Por que faria isso?""Com um Deus em ru
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Só agora...
— Uff... — Shu suspirou cansado assim que voltaram pro quarto. "Eu sou do tipo que gosta de beber com os amigos...uns quatro ou cinco, à meia luz num barzinho... não num salão gigantesco cheio de gente importante."— Ainda bem que por hoje acabou, né, Konkon?— Mh. — Vai continuar dizendo "Hm" pra mim? — Tirou a túnica de cima, se virando pra ver o familiar, já de costas pra ele, passando pro outro lado da divisória. — Kitsune! — Alcançou seu braço e segurou firme. — O quê? — Olha pra mim. — Disse, usando a autoridade sobre familiar: não queria recorrer àquilo, mas foi o único jeito de fazer a raposa
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