Meu coração batia desesperadamente de uma forma muito rápida e dolorosa, nunca sentida por mim. Talvez fosse pelo fato de eu não ter vivido mais do que 22 anos ou pela falta de interesse constante em novas aventuras. Nunca, em toda minha medíocre vida, eu sentiria algo assim; minhas entranhas se contorcem em um ritmo nada sincronizado, enquanto meus sentidos faziam meu cérebro se perder em meio a todo o controle que dominava sobre mim. Todo esforço físico feito por meu corpo naquele momento era em vão, não conseguia correr, nem muito menos gritar por socorro, porque (a) minha boca e corpo estavam sendo bloqueados por dois pares de mãos masculinas, nas quais eu não tinha nenhuma chance em deter, (b) mesmo que por um milagre divino – na qual eu não fazia de acreditar – eu conseguisse gritar, ninguém naquela rua me ajudaria pois (c) gays não merecem ajuda. Mesmo desesperado por ajuda, depois de um longo período de tentativas em vão, meu corpo desfalece e meu cérebro – antes dominando,
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