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Todos os capítulos do Crônicas & Causos Volume 2: Capítulo 1 - Capítulo 10
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"O dia que você desperdiçou hoje é o amanhã que alguém que morreu ontem tanto desejava."
           Um fortíssimo zumbido retumbou em seus ouvidos após as últimas palavras do médico e ela se sentiu como que caindo num poço escuro e sem fim, ao mesmo tempo em que surdos gemidos de sua boca saíam como se tivesse levado um fortíssimo murro no ventre e este afundara de dor, tamanha fora a violência do golpe. Repentinamente, uma névoa espessa e escura toldou completamente seus olhos e ela se sentiu pairando no ar... Sim, parecia um sonho aquele pesadelo vivo que ela estava vivendo!          Neste terrível momento, sobreveio um grito de desespero vindo – não da garganta – mas lá das suas entranhas! Ele veio crescendo, crescendo e aumentou até explodir num tremendo urro de dor!          Pas
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"Ando devagar porque já tive pressa..."
           Aproveitando este momentum tão difícil que atravessamos: pandemia, corona vírus, isolamento, bizarrices cometidas pelo nosso Supremo e por políticos do Congresso e de todas as regiões do Brasil, e até mesmo por pessoas comuns como eu e você, tudo isso agravado por tantas incertezas e dúvidas quanto ao futuro, enfim por todos esses problemas que estamos vivendo desde março passado, inspiro-me em Tocando em Frente, de Almir Sater e Renato Teixeira, um dos mais belos e significativos poemas-canção da música brasileira de todos os tempos, para refletir com vocês, meus caros e persistentes leitores desta coluna, sobre algumas questões relevantes de nossas vidas, especialmente agora quando vislumbramos uma nova perspectiva de futuro.          Com ce
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Por falta de roupa nova, passei o ferro na veia...
           Como cronista aprecio bastante o jogo de palavras, especialmente aqueles que contêm e instigam o bom humor.          Aprendi até o momento – com pessoas mais sábias que eu – ao longo desta minha passagem neste Plano, que o humor é o tempero que dá vida à vida! Vida sem humor é como comida sem sal, é como sexo sem amor, é como a Primavera sem sabiá, como vida sem fé! É como um rio sem peixes, é como Inverno sem Ipê Roxo, é como um campo de girassóis sem um único girassol! Viver sem humor é como passar o tempo e pelo tempo, aqui no Planeta, vendo este tempo se acabar sem o encantamento do Amor...          O humor nos apimenta e nos salga para que tenhamo
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Será que aprendemos?
           Olhando – aqui e agora – do alto da minha insignificância e pequenez de ser perante a magnitude deste Universo fascinante e a Onipotência de Deus, fico me perguntando se aprendemos o necessário nesta pandemia por que atravessamos há longos, amedrontadores e dolorosos 10 meses? Será que aprendemos?          Essa é a pergunta que quero refletir com vocês, caros leitores, nesta altura do ano, em que, ao nos aproximarmos do natalício do Menino Jesus – um Natal totalmente diferente de todos os natais por nós vividos nos últimos 75 anos – após o término da 2ª Guerra, penso dia e noite, noite e dia nesta questão como fosse uma inacabada sinfonia...          Por essa razão, olho à minha vol
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Me dê uma sugestão para o almoço...
                                                                                                          Um jantar árabe Nada como a palavra como uma fonte de mal-entendidos. Quantas e quantas vezes perguntamos ao nosso interlocutor:- Por acaso eu estou falando em grego? Ou...- Eu falo alhos você entende bugalhos! Ou ainda:- Você não entendeu nada do que eu falei! Frase recorrente nas discussões marido & mulher; pais & filhos; irmão & irmão; amigo & amigo.E assim vamos convivendo nossos relacionamentos, as mais das vezes, recheados muito mais de desencontros que de encontros.Ler mais
Fala, Negão!
           Aeroporto de Cumbica, 08h35min de uma agradável manhã paulistana, do dia 27 de dezembro de 2015, sala de espera para o voo que nos levaria a Maceió, eu e minha, então, namorada, pois fazíamos uma viagem com conexão Curitiba – São Paulo – São Paulo – Maceió.          Enquanto aguardávamos a chamada para o voo, sentamo-nos num banco e dali, ora apreciávamos os viajantes que passavam à nossa frente num vai e vem interminável e estonteante, ora conversávamos trocando algumas ideias sobre nossas férias na agradável e calorosa capital das Alagoas, ora mexíamos no celular. E o tempo e a vida iam vivendo...          Eis que num determinado momento, passa a poucos metros do lugar em qu
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"A vida é a arte de desenhar sem a borracha."
           Sua garganta estava seca, o coração disparara e havia em seu peito uma ansiedade enorme, por isso olhava a esposa a La Capitu... Sim, Pedro acabara de mentir para sua mulher sobre onde estivera nas últimas horas em que se encontrara no Rio de Janeiro a trabalho. E esta, ao mesmo tempo em que passava lenta e carinhosamente as mãos sobre a formosa barriga de 8 meses de gravidez, olhava-o hipnoticamente entristecida, em cujo olhar também se via meio que uma névoa de raiva incontida, mas tolhida pelo seu adiantado estado de gestação do primeiro filho. Ela aparentava uns 26 anos, loura, baixinha, corpo miúdo, mas atraente a despeito da gravidez. Muito charmosa, cabelos cacheados jogados com naturalidade por sua testa. Seus olhos eram inteligentes e celestemente azuis!     &n
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Maria vai com as outras
Ouvi essa expressão – tão usada – numa missa de domingo, em janeiro de 2018.Foi usada pelo padre Dirceu, na Igreja do Carmo, em sua homilia dominical, ao interpretar o Evangelho e as leituras daquele dia.Na verdade, o Evangelho (Jo 1, 35-42) fala sobre os discípulos que seguem Jesus em busca de algo que acabam encontrando no próprio Messias.Mas, queridos leitores, não estou aqui para lhes falar de religião muito menos para evangelizar, nem catequizar ninguém. Não! O que me interessa e despertou a minha atenção foi a mensagem que o padre nos deixou ao fazer sua interpretação dando ênfase ao fato de que, durante nossa caminhada terrena, nós temos que fazer escolhas pessoais o tempo todo, sempre sustentadas em nossa individualidade e personalidade, para nunca sermos “Maria vai com as outras”, pois isso enfraquece nossa Essência, por mais
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Que o teu coração sinta a Presença secreta do Inexplicável
            Vivemos tempos jamais imaginados. Vivemos tempos inconstantes, incertos e, pior, incoerentes. Muitos não conseguem aprender nem apreender o que significa tudo isso. Vivem um caos interior jamais imaginado! Muitos de nós vivemos o caos da negação! Negação de tudo, até mesmo dos fatos.           Então o que fazer diante disso tudo? Como agir? A quem e a que recorrer? São tantas as perguntas... são tantos porquês... são tantas interrogações que muitos de nós nos perdemos nesse emaranhado de questionamentos qual nau sem rumo em mar revolto pela terrível tempestade!           Eu mesmo: sempre que estou perto de fechar os olhos para dormir, minha mente começa a bailar num imenso salão de pares de dúvidas: viver o aqui e o agora – o que já faço há anos por convicção pessoal
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O toque dos Anjos...
           As duas garrafas – as últimas daquele estoque – uma, vinho bordô; a outra, vinho branco, me encararam, sensuais, visivelmente felizes, tão realizadas que quase saltaram da prateleira e se jogaram em cima de mim, pois afinal lá estava eu, seu próximo dono, pronto para retirá-las de onde se encontravam. Era como se sempre tivessem sido minhas e de mais ninguém. Assim, peguei de uma à direita – um Lambrusco Rosso – e carinhosa e orgasticamente a coloquei embaixo do braço esquerdo; peguei da outra, à esquerda – Bianco, também Lambrusco – com o braço direito, este livre, e me afastei vagarosamente feliz daquele corredor onde se localizam vinhos e assemelhados, ou seja, bebidas em geral. Estava feita a compra para a qual eu me propusera logo após o almoço desta qua
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