Ouvi essa expressão – tão usada – numa missa de domingo, em janeiro de 2018.
Foi usada pelo padre Dirceu, na Igreja do Carmo, em sua homilia dominical, ao interpretar o Evangelho e as leituras daquele dia.
Na verdade, o Evangelho (Jo 1, 35-42) fala sobre os discípulos que seguem Jesus em busca de algo que acabam encontrando no próprio Messias.
Mas, queridos leitores, não estou aqui para lhes falar de religião muito menos para evangelizar, nem catequizar ninguém. Não! O que me interessa e despertou a minha atenção foi a mensagem que o padre nos deixou ao fazer sua interpretação dando ênfase ao fato de que, durante nossa caminhada terrena, nós temos que fazer escolhas pessoais o tempo todo, sempre sustentadas em nossa individualidade e personalidade, para nunca sermos “Maria vai com as outras”, pois isso enfraquece nossa Essência, por mais
Vivemos tempos jamais imaginados. Vivemos tempos inconstantes, incertos e, pior, incoerentes. Muitos não conseguem aprender nem apreender o que significa tudo isso. Vivem um caos interior jamais imaginado! Muitos de nós vivemos o caos da negação! Negação de tudo, até mesmo dos fatos. Então o que fazer diante disso tudo? Como agir? A quem e a que recorrer? São tantas as perguntas... são tantos porquês... são tantas interrogações que muitos de nós nos perdemos nesse emaranhado de questionamentos qual nau sem rumo em mar revolto pela terrível tempestade! Eu mesmo: sempre que estou perto de fechar os olhos para dormir, minha mente começa a bailar num imenso salão de pares de dúvidas: viver o aqui e o agora – o que já faço há anos por convicção pessoal
As duas garrafas – as últimas daquele estoque – uma, vinho bordô; a outra, vinho branco, me encararam, sensuais, visivelmente felizes, tão realizadas que quase saltaram da prateleira e se jogaram em cima de mim, pois afinal lá estava eu, seu próximo dono, pronto para retirá-las de onde se encontravam. Era como se sempre tivessem sido minhas e de mais ninguém. Assim, peguei de uma à direita – um Lambrusco Rosso – e carinhosa e orgasticamente a coloquei embaixo do braço esquerdo; peguei da outra, à esquerda – Bianco, também Lambrusco – com o braço direito, este livre, e me afastei vagarosamente feliz daquele corredor onde se localizam vinhos e assemelhados, ou seja, bebidas em geral. Estava feita a compra para a qual eu me propusera logo após o almoço desta qua
Que tal falarmos de amor? Do amor? Gostam da ideia?Então viajemos um pouco no tempo, mais precisamente para as 23h40min do dia 14 de abril de 1912... Há exatamente cem anos e alguns dias.Naquela noite, o Totem da ousadia humana, orgulho da engenharia náutica, o colosso de 269 metros de comprimento e 46 mil toneladas, obra-prima de 7,5 milhões de dólares, O RMS TITANIC, tido e havido como inexpugnável pelos mais insuspeitos e respeitados especialistas, soçobrou em sua viagem inaugural. Ao colidir com um iceberg, nas últimas horas daquele 14 de abril, o navio afundou e levou consigo a vida de mais de 1.500 pessoas para as profundezas das águas gélidas do Atlântico Norte.Muito bem, diletos leitores! Daquela tragédia nascia o épico e belíssimo amor entre Jack e Rose, na extraordinária criaçã
Há momentos na vida de um poeta e prosador em que ele é tocado pela mais singela das emoções: uma frase lida aqui, uma palavra ouvida ali, uma cena colhida lá ou um pequeno incidente ocorrido acolá! Pode ser num quadro, num livro, em algo que alguma pessoa tenha dito “en passant”, ou no gesto de uma criança que, em sua beleza pueril, faça algo engraçado, por exemplo, umas molecagens, coisas típicas do universo infantil. Enfim, são tantas e tão riquíssimas fontes que não escapam à percepção do poeta e prosador e que abastecem sua veia poética, sua imaginação e estimulam sua criatividade. Conheci São João Del Rei – a terra onde os Sinos falam –
Assim se expressou a “doutora” em diagnósticos, mal entrara na sala do consultório médico. Este, a princípio, quis se zangar e dar uma bronca naquela que era sua paciente já há mais de dez anos, mas esboçou um largo sorriso e comentou entre irônico e sério: – Mas isso é muito grave, Maria! Vamos precisar internar. Vou fazer a guia... A essa altura, Maria, a paciente sessentona, especialista em se autodiagnosticar, um tanto mais calma, mas nem por isso menos aflita e nervosa, joga-se literalmente na confortável poltrona que o doutor reserva para seus pacientes idosos, dá um longo suspiro, volta-se para o médico e diz mais uma vez:&
Meus queridos leitores, acredito cegamente que muitas pessoas fazem algo parecido – como este hábito praticado por mim desde tempos imemoriais. Digo isso com toda convicção, baseado nessa mística que permeia os costumes, as crendices, as superstições e o modo de viver dessa brava gente brasileira. Todas as noites, ao longo da minha vida, antes de ir definitivamente para a cama dormir, vou até a porta da sala e a da cozinha ou área de serviço, pego uma cadeira e a encosto junto a elas...! Sim, há muitos anos pratico esse sagrado ritual e estranha superstição (afinal todas são!), que atravessou meus relacionamentos, em especial o meu casamento com minha ex-esposa. Entre espanto e admiraç&atild
Há um ano, mais precisamente no dia 23 de março, quando, aqui no Brasil, entrávamos na 1ª fase e no primeiro ano dessa pandemia, ainda não avaliada muito menos sentida em toda a sua dimensão e plenitude, li o Artigo “O fim de uma Era” de Antônio Scurati. À medida que lia o premonitório artigo do escritor italiano, milanês – autor do premiadíssimo romance “M. O Filho do Século” – ia me inteirando do cruel e doloroso momento por que passava a Itália e os italianos naqueles dias, no auge da pandemia em seu país. Desse modo, passei a refletir e a sentir como era estar no epicentro desse terrível mal – como nos mostrou Scurati – dilacerado pela dor e pela impotência diante daquela tragédi
Março de 2020... a pandemia chega ao Brasil. E traz a tiracolo com ela esse vírus, um ente maléfico e, em minha opinião, com um propósito. Então, o país sofre uma ruptura em tudo na sua normalidade: no trabalho, nos negócios, no comércio, na indústria, no entretenimento, nas férias, nas viagens, no namoro e no romance de amor, nos hábitos e na vida simples do homem e da mulher comum, na vida escolar de milhões de crianças, jovens e universitários, ou seja, esse tsunami do mal afetou totalmente a vida de todos nós – brasileiros. Iniciava-se assim o fim de uma Era. Como consequência do rompimento de tudo que era normal, minha vida de poeta e prosador se quebrou. Partiu-se em centenas de milhares de vazios de