Capítulo XXII – A resposta final Leela suspirou, ciente de não poder alongar indefinidamente o seu tempo de fuga. Havia parado de chorar, mas sua voz ainda denotava tristeza, ao dizer:– Quero saber como termina a vida de meu pai, antes de voltar a pensar na minha. Pode me contar?– Naquele tempo tecnológico, ele viveu toda uma vida e, consequentemente, encontrou aquilo que chamam de morte. O corpo do século XXI viveu o máximo que pôde, mas não era um corpo destinado a viver séculos – respondi. – Enquanto o elo de vida, entre a consciência e aquele corpo, se desfazia, seu pai sentia pequenas lambidas em seu rosto. Ao abrir os olhos, viu, primeiramente, o céu. Em seguida, o par de olhos felinos se colocou entre ele e o imenso azul. Entendeu as pequenas lambidas a despertá-lo. Era uma gata,
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